SEIS - decore o nosso (seu) quarto

18 1 0
                                    

baseado em:

- Dinda, o que você acha de branco e azul? - Giovanna perguntou, mostrando o enorme catálogo de cores da revista

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Dinda, o que você acha de branco e azul? - Giovanna perguntou, mostrando o enorme catálogo de cores da revista. - Ou roxo?

Ayana mordeu os lábios, balançando Matteo suavemente em seu colo.

- Acho que não. De branco e azul já basta o quarto de Matteo e roxo é um pouco enjoativo. Eu gosto do contraste preto e branco e algumas cores pastéis junto, talvez.

- Eu gosto da sua paleta de cores. - a menina disse, suspirando. - Talvez pudéssemos fazer esse contraste: as paredes brancas, uma cômoda da mesma cor, mas uma cadeira preta. Você pode colocar o computador ali, assim como os seus projetos de arquiteta.

- Você é boa nisso.

Ela sorriu.

- Obrigada, madrinha. Acho que você pode colocar aquelas prateleiras de parede, também da cor preta. A cama você disse que não ia trocar, então é só comprar algumas almofadas e lençóis novos. E um travesseiro novo, o seu já afunda de tanto que foi usado. - ela riu e Ayana a acompanhou. - E você pode ir comprar algumas coisas para decorar no centro, eu vou junto, preciso de algumas coisas para o meu quarto.

- Bem, vamos. Precisamos comprar os pincéis e a tinta também.

-

O centro do Rio de Janeiro sempre parecia assustadoramente grande para ela. Haviam lojas espalhadas por todos os lado, mas ambas decidiram que o shopping era uma boa parada para encontrar as decorações, assim como a 25 de março.

Decidiram comprar uma luminária primeiro. Ayana não pensou duas vezes antes de levar LED de lua que achou, para colocar em cima da escrivaninha. Achou também quadros decorativos da lua, das estrelas e dos planetas, assim como algumas almofadas pretas.

Pegou um espelho redondo e mais um abajur dos tradicionais, assim como uma caixinha de jóias e um banco estofado na cor rosa claro. Caminhando pelas lojas, achou vários pequenos potes: levou dois, um na cor verde claro e outro azul claro, para colocar, respectivamente suas maquiagens e canetas.

Comprou tantas coisas que precisou de ajuda para colocá-las no carro. Giovanna disse que a vida era dela e que Ayana merecia.

Ela concordou.

-

Ayana suspirou.

Depois de três horas seguidas arrumando o quarto, finalmente conseguiu deixar tudo do jeito que queria.

A cama estava centralizada na parede oposto a porta. Os lençóis escuros contrastavam com a brancura das paredes. As almofadas variavam em cores e desenhos, afinal, preto e branco combinavam com qualquer cor.

Haviam também duas cômodas, uma em cada lado da cama. Ambas eram brancas. A escrivaninha ficou de frente para a parede, ao lado da porta e sua penteadeira ficou do lado contrário. As prateleiras foram colocadas acima da escrivaninha, om alguns objetos de decoração.

Por fim, as decorações compradas foram as mais fáceis: os abajures tradicionais sob as duas cômodas e a luminária de lua ao lado do computador na escrivaninha.

Comprou também alguns quadros e os pendurou. Logo abriu a gaveta da cômoda que ficava a esquerda e colocou carregadores, fones de ouvido, carregadores portáteis e também o tablet que havia comprado na viagem aos Estados Unidos.

- Acho que está pronto. - murmurou ela, pegando os remédios que ficaram em caixas organizadoras e os pondo na outra cômoda.

Colocou um quadro em cada lado, o da direita sendo ela e Gerson e o da esquerda, ela com Matteo e Giovanna. Para finalizar, colocou uma poltrona preta em um canto livre do quarto.

Suspirando alto, Ayana se atirou na cama, finalmente descansando os músculos doloridos.

- Ficou lindo. - Giovanna disse, escorada na porta. - A sua cara.

Ayana sorriu.

- Não seria assim se não fosse por você.

- Eu sei, obrigada. - riu

Giovanna se atirou ao seu lado, levando as mãos atrás da cabeça assim que achou uma posição confortável.

- Eu acho essa foto sua com o meu pai linda. - ela disse, de repente. - Vocês estão sorrindo, é uma foto tão genuína que eu fico boba de ver. Espero ter um amor como o de vocês.

- Você vai. - Ayana disse, pegando sua mão e a apertando. - Pode demorar, sim, mas você encontrar alguém que faça o seu coração bater mais forte do que o normal, que faça as borboletas crescerem no seu estômago e que faça você ver o mundo colorido e não preto e branco. Mas antes, você sabe que a vida vai fazer muitas coisas para impedir isso e o que importa é as superar.

Giovanna sorriu.

- Eu sei e espero que você esteja pronta para quando eu vier pedir conselhos a você. E espero que quando você se recuperar da perda dele, encontre alguém que faça você ver o mundo colorido de novo. Mas sabe o que eu acho. - perguntou e Ayana ergueu as sobrancelhas em questionamento. - Que você já encontrou essa pessoa, só não percebeu ainda.

Deixando um beijo em sua bochecha, a adolescente saiu do quarto, dizendo que iria ligar para a melhor amiga para fazerem uma maquiagem.

Ayana foi até o quarto de Matteo e o pegou, levando-o para seu próprio quarto. Sentou-se na poltrona, embalando o bebê que dormia pacificamente em seus braços.

A mulher, então, pegou o telefone e ligou para quem já queria falar a um bom tempo.

- Stephen, você pode falar agora?

-

- Confesso que fiquei surpreso quando me ligou. - ele disse pela chamada de vídeo. - Geralmente sou eu quem faz isso.

Ayana riu baixo, evitando acordar o pequeno em seus braços.

- Você acha que consegue vir para o Brasil em janeiro? - pergunta, mordendo os lábios.

- Acho que sim. Por que?

- Quero conversar com você e precisa ser pessoalmente e como já estamos em dezembro... - ela disse, deixando o resto da fala para sua imaginação.

- Verei o que consigo fazer. - ele disse, rindo. - Preciso ver meu afilhado também.

- Bem, te encontro em janeiro, então. - ela disse, encerrando a conversa com um sorriso.

Agora a mágica estava sendo feita e ela finalmente poderia colocar em prática sua conversa com Giovanna.

Afinal de contas, o que seria dela se só desse conselhos amorosos e não os seguisse?

Os setes desejos - Gerson SantosOnde histórias criam vida. Descubra agora