Meu vizinho de janela

Capítulo 3

Izuku Midoriya

Tranquei a porta da minha casa subindo as escadas pro meu quarto rapidamente.

— CHEGUEI MÃE! — Gritei já me jogando em cima da minha cama, havia se passado quase três semanas que aviamos se mudado pra Tokyo.

Eu estava me adaptando muito bem a minha nova vida.

Tinha meus amigos e também era auxiliar da aula extra-curricular da U.A.

Vi meu celular apitar e logo abri o grupo no Whatsapp.

[Ura]
Não se esqueça de vamos amanhã no parque.
E Iida, você disse que tava passando no supermercado né?
Compra sete-belos pra mim???
Porfavorzinho :(((((

Dei risada, rodei na cama vendo que Iida estava prestes a responder.

[Iida]
Ok.

Ele disse, quem não conhecesse ele com certeza diria que o azulado foi seco. Mas era o jeito dele.

Abri a câmera e foquei na sacola de fine em minha frente, mostrei um joia e logo tirei a foto.

[Eu]
*FOTO*
Comprei fine.

[Ura]
OH DELÍCIAAAAAAA.

[Iida]
Muito bom ;)

[Ura e Iida] digitando...

— Oi filho! — Vi minha mãe entrar no quarto. Desliguei o celular indo de encontro com a mesma.

Abracei ela sendo apertado de volta, sorri.

— Tudo bem? — Ela perguntou fazendo um carinho em minha cabeça.

— Tudo e com a senhora? — Disse saindo do abraço para olhá-la, ela sorriu grande fazendo suas bochechas subirem.

— Tudo certo — Sorri — Ah, antes que eu esqueça. Yagi vem jantar aqui hoje, tudo bem?

Olhei pra ela sorrindo maroto, vi ela bufar revirando os olhos. Yagi, Toshinori Yagi.

Ele era um amigo do trabalho de mamãe, ela acha que eu não sei mas tenho certeza que eles estão se conhecendo.

— Sem problemas — Falei sentando na cama novamente — Eu gosto dele.

Disse a verdade vendo ela por a mão na cintura. O loiro magro era um cara legal.

Era emocionante ver mamãe segundo em frente. A morte de meu pai foi muito dolorosa.

— Sei que gosta — A mesma veio até mim e puxou meu nariz me fazendo rir — Sem gracinhas, hein!

— Eu não disse nada... — Falei sorrindo — Senhora Inko namoradeira!

— IZU!

Gargalhei vendo o rosto de minha mãe vermelho, gostava de zoar com ela.

— Brincadeirinha!

Ela me mostrou a língua e saiu do quarto fechando a porta. Gargalhei.

Puxei meu celular de novo vendo que Ura e Iida estavam em uma discussão afobada entre Coca-Cola ou Guaraná.

Olhei para as conversas arquivadas e suspirei.

Eu estava ignorando aquele episódio, não havia contado a ninguém o que aconteceu, nem a minha mãe.

Nem iria contar, ela iria se preocupar.

Ele não iria voltar, não depois daquilo. Eu nunca fiquei tão envergonhado em minha vida.