Capítulo 5

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Izuku Midoriya

Observei minha mãe e Yagi conversarem alegremente.

Os dois estavam vestidos socialmente e eu não estava diferente.

Olhei para os lados vendo aquele monte de gente segurando taças com champanhes, estávamos na inauguração de um novo setor do hospital.

Me sentei na cadeira meio entediado, minha mãe havia me obrigado a vir...literalmente. Não que eu esteja reclamando mas poxa, são quase dez horas e tenho certeza que está longe de acabar.

Liguei meu celular abrindo no Whatsapp, Ura e Iida não me respondiam.

A morena com toda certeza estava fazendo sua skin care diária e Iida pelo horário já estava no décimo sono.

Pensei em Katsuki.

Minha cara esquentou na hora, eu só passava vexame perto dele, era impressionante.

Eu não sei se agradeço a Deus ou jogo pedra na cruz por não lembrar de nada da festa.

Nada é uma palavra muito forte. Mas flashes podem ser considerados como nada.

Eu não conseguia distinguir muito bem o que foi realidade ou o que era inventado da minha cabeça, o rosto de Katsuki perto do meu foi uma alucinação ou não?

O medo de perguntar era ainda maior, por que não tinha motivos plausíveis para estarmos tão perto assim.

Eu com certeza nunca mais tomo aquela bebida, sinceramente.

Eu tinha dormido na casa de Katsuki...misericórdia. Aja coragem.

E sim, foi meu primeiro PT também. Foi horrível. Eu só dei trabalho...

Que vergonha. Que humilhação, meu Deus.

O meu celular brilhou e começou a vibrar, na tela apareceu um número desconhecido.

Como eu odiava telemarketing, pensei em desligar mas...

Mas não desliguei, cliquei no botão verde e coloquei o aparelho no meu ouvido.

— Alô? — Disse esperando a outra pessoa falar algo, o silêncio durou no máximo dois segundos.

Deku? — Prendi o ar, eu reconhecia esse apelido sem sentido. Era Katsuki.

Ai, meu Deus.

— Oi.

Oi — Ele disse de volta, a voz abafada e grossa soou pelo meu ouvido.

A chamada ficou silenciosa e eu mordi meu lábio inferior.

Onde você está? — Ele disse.

— Ah! Em uma confraternização — Disse rápido levantando da cadeira, procurando um lugar mais quieto.

Hm...Foi mal, não queria atrapalh-

— Você não está atrapalhando! — Caramba Izu, se controla...isso deve ter soado muito desesperado — E-eu quero dizer, aqui e-está entediante, então...

Ouvi a risada dele do outro lado da linha me fazendo rir também.

— Está fazendo o que? — Perguntei enquanto empurrava a porta de uma das salinhas do hospital, ali estava quieto.

Nada, acabei de tomar um banho — Ele falou e eu suspirei.

— Que inveja — Decretei — Era tudo o que eu queria agora.

Tomar banho ou tomar um banho comigo? — Ele disse risonho e eu me segurei muito pra não gritar, ele vê dois sentidos em tudo!

— Cala a boca! — Ouvi ele rir — Você ve malícia em tudo, Katsuki.

Meu vizinho de janela Onde histórias criam vida. Descubra agora