Quando iriam apenas andar pela escola para passar o tempo, acabaram se encontrando com seus amigos e Nott junto. Os Grifinórios pareciam um pouco nervosos por estarem rodeados de Sonserinos.
Mas ao mesmo tempo, pareciam curtir a presença deles. Theodore ao ver Draco há quinze passos deles, andou na frente de todos para dar o recado que Snape havia lhe pedido para passar.
No entanto, quando se aproximava, observou que Draco estava de mãos dadas com o menino que sobreviveu. O modo como o grifinório lhe olhava, era como se tentasse falar para não se aproximar de seu príncipe.
"Depois ele diz que esse leão territorial, não tem sentimentos por ele. Se isso não é uma forma de demonstrar, então não sei qual melhor forma." Pensou Nott.
- Amor, preciso falar com você. - Foi o primeiro a falar, lhe chamando pela forma carinhosa que se chamavam para ver se saía alguma reação do moreno.
E obteve o que queria. Harry pareceu não gostar nem um pouco daquele apelido, tratou de fechar sua expressão e inconscientemente puxar Draco para mais perto de si.
- Fala, amor. - O loiro lhe respondeu sentindo sua mão praticamente quase ser esmagada pela de Potter.
- Severus, pediu para avisar a ambos que vão ter que fazer a poção e explicar o porquê saírem da aula sem permissão. Mas adiantamos um pouco e dissemos que não se sentia bem, isso foi o suficiente para acalmar... - Se interrompeu olhando para os lados e chegou perto o suficiente da orelha de Draco para sussurrar o resto. - Seu pai, ele ficou preocupado. Tente explicar com mais calma, acredito que ele já tenha notificado ao tio Lucius.
Draco congelou e mesmo sem perceber, pareceu ter apertado um pouco a mão de Harry, que finalmente havia o esquecido para conversar com o resto do grupo. E quando conseguiu, sentiu um aperto.
- Ele já deve ter avisado? Impossível ele nem ao menos... - Não terminou sua frase ao ouvir a voz de seu pai atrás de si.
- Draco? Você está bem? - Poderia ser alucinação, ou algum efeito colateral da poção da verdade, ou estavam em outro universo. Mas os Grifinórios ali presente, podiam jurar que a voz de Lucius Malfoy soou preocupada ao ver o filho à sua frente. O mesmo suspirou e riu pela cara que os Grifinórios fizeram.
- Sim, pai. Acredito que tenha ficado sabendo pelo... - Não pode terminar.
- Sim, foi Snape que me avisou. Quero conversar com você. - Estendeu o braço lhe chamando. - Você também, senhor Potter.
O moreno se arrepiou, não esperava ser chamado também. E pela primeira vez, teve medo de Lucius Malfoy.
Apenas os seguiu em direção ao escritório que é de seu professor de poções. Observou o modo como os dois loiros interagiam como se tivessem medo de demonstrar afeto.
- Sr.Potter, por que não se aproxima? - Lucius perguntou ao observar como o moreno andava atrás.
- Quero dar espaço para ambos.
- Não precisamos disso, se junte a nós dois. - O Malfoy mais velho o convidou parando de andar para o esperar.
- Obrigado, Sr.Malfoy.
- Sem problemas, Potter. Bom, fiquei sabendo que é ótimo em tudo... Como faz? - Perguntou o mais velho, Harry perguntaria onde ouviu isso, mas só olhando para Draco pode ver de onde.
- Acredito terem aumentado algumas coisas, não sou bom em tudo. Em poções, por exemplo, tenho um pouco de dificuldade. Os únicos realmente bons nessa matéria, são Draco e Hermione. - Se explicou, observando um levantar de sobrancelha discreto de Lucius.
- Suas notas dizem ao contrário, Sr. Potter...
- Por favor, apenas Harry. - O Grifinório pediu.
- Tudo bem, Harry. - Lucius concordou. Mas iria falar mais alguma coisa, notou estar de frente ao escritório de seu esposo, se virou para seu filho. - Vamos entrar, você me explicará tudo, Draco.
- Sim, Senhor. - Draco concordou vendo seu pai entrar primeiro, olhou para Harry. - Se quiser, agora é sua chance de fugir. Corra, se esconda no seu dormitório.
- Por que deveria? - Perguntou após soltar uma risada pelo o que seu amigo falou. - Não é como se tivéssemos cometido algum crime, estou com minha consciência limpa. Então, não há nada para temer. - O assegurou, abrindo a porta deixando o mesmo passar.
- Essa é a famosa coragem Grifinória? Oh, céus. - Draco balançou sua cabeça de um lado para o outro ainda desacreditado.
Entraram no escritório. Logo dando de cara com Lucius olhando fixamente para Snape que havia se levantado, mas no momento que avistou Harry, ele se sentou.
O Grifinório estranhou aquilo. Afinal, um comprimento entre amigos não é algo vergonhoso.
- Tinha mesmo que contar para ele? - Draco questionou quebrando o silêncio.
- Se eu não contasse, você iria? - Snape devolveu a pergunta, fazendo com que o loiro sentisse vontade de revirar os olhos.
- Não. - Disse Draco. - Mas não era nada demais, apenas uma enxaqueca. E o senhor fez meu pai vir aqui para ver se estava tudo bem.
- Olha o modo de falar, Draco. - Lucius o repreendeu. Logo se virou para Harry que estava apoiado na parede com braços cruzados, esperando tudo acabar para poder ir embora.
Lucius riu, fazendo com que os dois que discutiam olhassem para ele e o único Grifinório da sala ficasse surpreso.
" É só a expressão de bobo mesmo, ele já descobriu em poucos segundos." Lucius pensou.
- Pai? Qual o problema? - Draco perguntou.
- Nada, apenas que Harry Potter é bastante esperto. Deveria ter sido classificado para a sonserina, seu modo como observa secretamente é ótimo, mas aprenderia a disfarçar muito mais na casa das serpentes. - O Malfoy mais velho o deu fala.
- Então... é realmente o que estou pensando? - Potter falou e ali Draco entendeu.
- Sim, aparentemente é um bom observador. Mas não confia em suas provas, muito menos afirmações. - Malfoy o respondeu.
O moreno franziu o cenho em demonstração que não havia entendido a fala do outro. Apenas estava suspeitando e guardaria aquilo para ele, mas aparentemente estar em uma sala com três sonserinos não iria ser tão fácil.
- Vocês estão casados, ou já tiveram algo e por isso esse enorme carinho que tem nos olhos um do outro. - O moreno finalmente disse.
- Xeque-mate, Harry. -Draco afirmou a suposição dele. Se aproximou e sorriu bem próximo de seu rosto, logo chegando os lábios perto de sua orelha. - Agora me diga... Qual delas é a certa?
- A primeira.
- Parabéns, acabou de descobrir o segredo da família Malfoy! - Draco o parabenizou, mas havia o notável sarcasmo em sua voz.
- Desculpe, eu não queria ser invasivo. - Abaixou a cabeça e pode ouvir a risada divertida de Lucius, o mesmo se aproximava dele cada vez mais.
- Está tudo bem. Não é como se sentíssemos vergonha de nosso relacionamento, mas estamos aguardando até que Draco se forme. - o explicou. - Pode nos ajudar guardando segredo?
- Não se preocupe, mesmo que não tivesse me pedindo, já guardaria mesmo. - Sorriu minimamente.
- Obrigado. - Malfoy mais velho agradeceu, logo se virando para os dois que observavam tudo. - Draco, diga o que aconteceu.
O loiro olhou para Harry como se suplicasse por ajuda. O moreno andou até ele e colocou a mão em seu ombro para lhe dar força.
- Fale uma parte e eu direi a outra, Está bem? - Potter questionou.
- Sim. - Concordou Draco, olhou para seus ambos pais e suspirou se preparando para falar. - Alguém tentou fazer oclumência em mim. - soltou tudo de uma vez.
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Please don't judge me!
FanfictionAs vezes algumas pessoas podem não ser o que aparentam, devemos ter cuidado com nossas palavras. Mesmo não conhecendo a pessoa, sua fala pode machucar ao ponto de demorar para cicatrizar. Tente ler o livro, antes de o julgar pela capa!