8: O ninho: Pt 1

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Enquanto os cavaleiros de dragões se divertem pelo céu com seus dragões. Stoico e Soluço "criavam" um plano para conseguirem deter a rainha.

— Então, quantos navios será o suficiente para vencermos?

— Não precisamos de um exército gigante, só precisamos do suficiente para carregar no máximo cinco catapultas.

— Por quê não iremos levar todos? Nós iremos lutar contra uma fera gigante.

— Se formos em grande quantidade, a chance de alguém se ferir será alta ou até pior, e eles só irão atrapalhar.

— Está bem, providenciarei um pequeno número de viking para irem na frota.

— Ótimo, também irei discutir um plano com os cavaleiros.

— Tudo bem, quando tudo estiver pronto eu irei lhe chamar.

Soluço monta em Banguela e vai até os cavaleiros que se divertiam sobrevoando Berk.

— Cavaleiros, — Chamou a atenção de todos. — Eu irei falar o plano.

Pousando todos sobre um morro, eles desmontam e se aproximam de Soluço.

— Então, como iremos derrotar o alfa? — Perguntou Perna-de-peixe.

— Irei explicar tudo, seus pontos fortes e pontos fracos.

— Estou ansioso para saber.

— O Morte Rubra possui seis olhos, porém são muitos pequenos para o seu tamanho, e por serem muitos pequenos faz ela ter uma péssima visão, como também são sensíveis, se atacarem diretamente nos olhos podemos fazer ele perder o equilíbrio.

— Que detalhado, como sabe sobre tudo isso?

— Eu fiquei observando ela por muito tempo, continuando, como ela tem uma visão ruim, ele só consegue se locomover com a audição e com o olfato.

— Então está ensinuando que nós façamos barulho perto de seu ouvido, sendo ele um dragão gigante? — Questiona Melequento — Igual nós fizemos no treino contra um gronkel?

— Não, ele possui mais tímpanos, se fizer barulho conseguirá o desequilibrar, porém seus dragões serão afetados primeiro, causando a queda de vocês.

— Eu já sabia disso. — Comenta se achando o sabe tudo. — Eu só queria saber se você sabia.

— Sim, eu sabia, agora presta atenção no plano.

— Tá.

— Sua pele é resistente, tanto para ataque físico quanto para as chama de um dragão, porém percebi que suas asas são finas iguais às dos outros, acho que posso as ferir com uma chama bem poderosa e destrutiva, sendo uma delas o plasma de um fúria da noite, o Banguela.

— Tem certeza disso? Não querendo ser pessimista, mas não há certeza de que irá funcionar. — Comentou Perna-de-peixe.

— Só há um jeito de nós descobrirmos.

— Entendo, está arriscando em um plano baseado no que você sabe, não na verdade.

— Isso mesmo, agora preste atenção. Não possuindo um ponto cego, já que ele se locomove com o olfato e audição, ele sentirá o nosso odor ou qualquer som que fizermos.

— Se ele sentir o fedor da Cabeça quente é capaz dele morrer antes de nós chegarmos no ninho. — Zomba o irmão.

—Meu fedor não é tão ruim assim, sente só. — Ao expirar na cara de seu irmão para mostrar seu hálito. Cabeça dura acaba passando mau e tendo ânsia de vomito.

— Credo. — Comenta Astrid.

— Alguém vai ajudar ele? — Perguntou Perna-de-peixe.

— Não, deixem esses bobões aí. — Respondeu Melequento.

— Chega de brincadeiras, voltando ao Morte Rubra, ele é capaz de dar oitos disparos e vocês gêmeos vão faze-lo disparar até sobrar o mínimo de gás.

— Por que não tudo? Assim não precisaríamos nos preocupar. — Pergunta Astrid.

— Em uma vez no ninho enquanto o estudava, um dragão não levou comida o suficiente e ele disparou contra o dragão, errando sete vezes e vendo o dragão fugir por cima do vulcão, ele carregou todo seu gás e um turbilhão de fogo saindo do vulcão encostou no céu de tão poderoso, se ele não acertar nenhum de nós, é capaz dele carregar todo seu gás e em um único ataque dizimar todos nós.

— Entendi.

— Além de seus olhos sensíveis, ele tem um outro ponto fraco como todos os dragões, seu interior, quando os gêmeos terminarem o serviço, se afastem que eu irei cuidar do resto.

— E o que irá fazer? — Perguntou Astrid.

— Uma baita loucura.

O olhando e sabendo que ele irá fazer isso mesmo, ela não podia deixar de escapar um sorriso.

— Entenderam o plano? — Pergunta Soluço.

— Sim. — Responde os cavaleiros.

— Então, qual o plano? — Perguntou Cabeça dura se levantando.

— É sério isso?

— Tô zoando, eu sei o que é para fazer.

— SOLUÇO, — Chama Stoico — OS NAVIOS JÁ ESTÃO PRONTOS.

— Vamos lá.

Montando nos dragões e pousando no porto, eles já estavam prontos para partir.

— Esperem aí, esqueci algo na ferraria

Montando em Banguela, ele voa até a ferraria do Bocão e pega uma cauda preta, como também Tempestade pousa e Astrid entra.

— O que é isso?

— É uma cauda feita com às escamas do Banguela, ela é resistente contra fogo.

— Quando você criou isso?

— Eu a fiz a noite enquanto todos estavam dormindo, eu vim para a ferraria e refiz a cauda usando as escamas do Banguela como base.

— Uau, eu não sabia que você era tão inteligente a ponto de criar algo assim, como também feito tudo sozinho.

— Obrigada, querid... OBRIGADA. — Virando o rosto de vergonha, Astrid o olha confusa.

— Por que virou o rosto?

— É que eu vi um terror terrível passar voando pela janela. — Respondeu ainda envergonhado.

— É sério!? Eu não o vi.

— Ele passou muito rápido, agora vamos voltar ao trabalho.

Levando a cauda até Banguela, ele a acopla e observa que não há muita diferença.

— Prontinho.

— Para enfrentar um dragão classe Brasa, essa cauda será muito útil.

Após o comentário de Astrid, Soluço se lembra da primeira vez que enfrentou a rainha como também de sua perna que foi decepada no fim da batalha.

— Sim, muito útil. — Afirmou olhando para sua perna esquerda.

— Já que terminou, vamos indo?

— Sim.

Ao voltarem para o porto, os cavaleiros e a frota partem em direção ao ninho.

Continua

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