6: A decisão

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Após o encontro inesperado, eles se encaram surpresos enquanto mil e uma possibilidade de como a convencer sem a sequestrar passa na cabeça do jovem.

— Soluço, você está do lado dos dragões?

— Astrid, olha, não é o que você pensa.

— Então naquele dia ele não fugiu, você que o libertou da rede.

— Veja, eu soltei ele da rede, mas ele é meu amigo. — Diz se aproximando da jovem em fúria.

— E você me diz isso na maior cara de pau? — Ela ergue seu machado e o aproxima do pescoço do jovem, o afastando. — Por anos os dragões atacaram nossa aldeia, levaram nossos animais e mataram milhares de nós.

— Nós também matamos milhões deles, Astrid, ele não é mal, eles não são feras sanguinárias.

— Diz isso para aqueles que perderam a família para essas bestas, acha que eu vou cair nesse papinho?

— Não, por que sei o quanto é destemida e esperta, porém deve olhar o outro lado e o motivo dessa guerra estar acontecendo.

— Feras irracionais atacando seres mais fracos, eles apenas esqueceram que quem está cuidando do gado são vikings.

— E há um motivo para isso.

— CALADO, CHEGA DESSA BESTEIRA. — O empurrando, ela mantém o machado pressionando contra seu pescoço, impedindo que ele se levantasse.

— Não faça isso, por favor.

— POR QUE? ESTÁ COM MEDO?

Sem perceber, próximo a ela, o fúria caminha ao redor deles, rosnando com suas presas a postas.

— Banguela se afaste, está tudo bem. Astrid, largue o machado, está assustando ele.

— Assustando ele? Não sabia que o fúria era tão fraco assim. — Retirando lentamente de seu cinto, Soluço percebe a mesma segurando sua própria adaga pela a ponta da lâmina.

— EU FALEI PARA NÃO FAZER ISSO. — Usando suas pernas para agarrar as de Astrid, ele gira e derruba a jovem.

— O que pensa que está fazendo?

Indo em direção ao seu machado, o jovem o pega e o arremessa em direção ao lago, afundando por causa de seu peso.

— NÃO, VOCÊ VAI PAGAR CARO POR ISSO.

— Dá para você me escutar? Eu quero que tudo fique bem e você continua estressando o Banguela.

De pé, sem poder agir por causa do fúria ao lado do jovem, a mesma percebe que os dois são próximos, como se Soluço estivesse certo já que a fera sanguinária não queria atacar.

— Então, é por esse motivo que você não me deixou matar o nadder?

— Sim, eu não poderia deixar você matar nenhum dos dragões da arena.

— Por que?

— Olha, eu sei que vikings e dragões são inimigos mortais, mas vocês não sabem a causa. Venha comigo, eu posso te mostrar o porquê, mas deve confiar em mim, por favor.

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