Just think of the fun things we can do

51 3 0
                                    



O quarto estava escuro, e Kyungsoo não ousou acender a luz. Baekhyun já havia tirado os sapatos quando entrou, então agora foi a vez das meias pretas. Ele estava descalço no chão de madeira, e Kyungsoo podia sentir os olhos dele observando cada centímetro daquele quarto.

A atmosfera ainda pesava, e a tensão sexual parecia crescer a cada segundo. Kyungsoo estava perdido o tanto quanto estava excitado. Sentia-se como se estivesse preso no armário com Kim Junmyeon depois do almoço da escola, há quase 12 anos atrás. O mesmo frio na barriga, o mesmo suor no pescoço e as mesmas orelhas vermelhas: estava tudo ali. E tudo era por causa dele.

Sentiu, mais do que ouviu, a presença do corpo de Baekhyun atrás de si. O cheiro do perfume almiscarado o nocauteou mais uma vez, e ele sentiu um frio passar pelas costas. As mãos finas deslizaram pelos seus ombros, procurando um caminho em que pudessem descansar.

— Devo confessar pra você, Kyungsoo, que não é a única pessoa nervosa aqui — ele sussurrou de repente, bem perto do seu ouvido.

Kyungsoo ficou surpreso com aquelas palavras. Virou-se para encará-lo, mas deu de cara com os olhos dele sob os seus. Baekhyun sorriu, tocando o rosto de Do com os dedos finos.

— O que está dizendo? — Kyungsoo perguntou.

Ele passou a língua pelos lábios, e delineou com o polegar a boca farta de Kyungsoo. Ele parecia um tanto fissurado com os lábios redondos, algo que Kyungsoo tinha percebido desde o dia da entrevista.

— Eu te disse antes, mas posso reiterar: eu realmente gostei muito de você. Inclusive tomei atitudes que nunca imaginei, simplesmente por ser... você. Você é a pessoa mais interessante que eu já conheci, Kyungsoo, e estou um pouco encantado.

Kyungsoo arregalou os olhos. Ele era a pessoa mais interessante que Baekhyun já havia conhecido? Ele? Um gayzinho do interior? Meu deus... só podia estar delirando.

— Está surpreso? Ou assustado? — ele perguntou, notando sua reação.

— Surpreso.

Baekhyun sorriu de lado.

— Bom. Então não preciso parar por aqui.

Baekhyun de repente moveu o dedo que estava embaixo dos lábios de Kyungsoo, até se posicionarem no centro da boca. Nervoso, Kyungsoo ficou congelado sem entender nada.

— Abra — ele ordenou baixinho.

Kyungsoo abriu a boca, enquanto ele afundava o polegar entre os seus lábios. Baekhyun sorriu, e apoiou o dedo indicador sob o queixo para facilitar o encaixe mais profundo. Ele encarou Kyungsoo nos olhos, parecendo um pouco mais sério do que outros momentos que interagiram antes.

— Estou feliz que você confiou em mim tão prontamente, Soo.

O apelido apareceu de novo. Kyungsoo se perguntava se ele percebia a mudança ou se realmente fazia de propósito.

— Agora chupe pra mim. Devagar.

Kyungsoo fez como ele pediu. Começou com a língua primeiro, e pode sentir a mão dele acompanhar o ritmo dos movimentos lentos. Por mais simples que fosse aquele gesto, seu corpo o sentiu por todos os lugares. Não deixaram de se encarar, e quanto mais o chupava, mais duro o seu pau ficava dentro do shorts de pijama.

Kyungsoo gemeu baixinho sem querer, e foi quando Baekhyun facilitou mais um dedo na boca dele. Foram acelerando aos poucos, e Kyungsoo fechou os olhos involuntariamente por conta do prazer que estava sentindo.

— Você gosta disso? — ele perguntou baixinho.

Kyungsoo concordou com um breve aceno, fazendo-o sorrir.

DelicateOnde histórias criam vida. Descubra agora