Enquanto Do Kyungsoo ajeitava os pratos que seriam servidos para as crianças da ONG onde Sehun trabalhava aos sábados, ele sentia os músculos dos braços doerem. Já estava quase na hora do almoço, e Sehun logo faria a sua aparição como estrela do dia. Era um tanto engraçado de se pensar que uma pessoa como ele fosse apaixonado por crianças, mas Sehun era realmente uma pessoa muito julgada pela sua aparência, o que não condizia com a pessoa que ele era de verdade.
Quando se conheceram, Kyungsoo estava vomitando no banheiro da balada. Tinha bebido muito mais do que o seu corpo jovem aguentava, e Sehun foi o primeiro a se importar o suficiente para ajudá-lo a não morrer de desidratação — e também ensiná-lo a se comportar numa noitada.
Eles tinham uma amizade duradoura, daquelas que o tempo não consegue apagar e nem mesmo as dificuldades são capazes de enfraquecer. Sehun tinha um coração de ouro, e Kyungsoo soube disso no segundo que o conheceu. Ele sabia que, a partir dali, lutaria pelo privilégio de ganhar sua amizade.
Então foram anos em que passaram juntos, um ao lado do outro como verdadeiros irmãos. Sehun era mais novo, mas tinha uma sabedoria de vida bem diversificada pela sua idade. Foi expulso de casa muito cedo por ser quem era, e sempre trabalhou com o que encontrava para se sustentar sozinho. E por mais que Kyungsoo não pagasse aluguel, e tinha se oferecido no passado para que morassem juntos, Sehun não aceitou. Ele tinha orgulho do seu esforço, e fazia questão de se lembrar disso diariamente.
Por isso, quando contou sobre a ONG de crianças que estavam na mesma situação do seu passado conturbado, Kyungsoo não pensou duas vezes para se oferecer e ajudar. Foi uma atitude genuína, e Sehun ficou muitos dias comovido pela sua atitude. Principalmente, porque Kyungsoo estava lá todas as vezes em que Sehun também estava. Eram como um só na instituição.
— Hey, Do Kyungsoo. Vamos, ande logo com esses pratos. Até você terminar já vai estar na hora do jantar — Sehun gritou, acordando-o de seus devaneios.
Kyungsoo pulou assustado. Tratou de terminar as preparações e fechou a primeira leva dos pratos que eles iam entregar. Sehun se juntou a ele, e ambos levaram várias das marmitas até a mesa de distribuição. Arrumaram tudo como devido, sem deixar que nenhuma parte ficasse com espaço sem comida. Era realmente incrível que haviam conseguido juntar tanto alimento assim, Kyungsoo estava orgulhoso.
— Sehunnie, estou orgulhoso de nós dois.
— Fizemos um bom trabalho, sim, mas ainda não acabou. — Sehun o encara com um sorriso — Eu também estou curioso pra saber de onde veio esses chupões todo do seu pescoço. Vai dizer pra mim que deu tudo certo então? Perdeu a virgindade?
Kyungsoo arregalou os olhos, encostando o dedo indicador contra os lábios do amigo, que ria de sua reação.
— Shhhh! Tá maluco? Fale mais baixo!
Sehun riu novamente, movendo a mão do amigo para longe.
— Só fiquei pensando. Sabe, você não me ligou depois para a fofoca da semana passada, eu sou curiosa meu bem! Como é que foi com o bofe?
Kyungsoo cruzou os braços, tentando não deixar que as imagens mentais o deixasse quente novamente.
— Foi... bom. Do tipo que eu jamais pensei que seria. Mas eu não "perdi a minha virgindade", — Kyungsoo faz as aspas com os dedos, olhando para Sehun — Quer dizer... não dava pra dizer que eu sou um virgem, né?
— Kyungsoo, meu amor, você é muito virginzinha sim. Mas não há problema nenhum nisso, não tem porque se envergonhar.
— Cala a boca!
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Delicate
Fanfictionbaeksoo | red collection | smut | bondage Onde Byun Baekhyun, o dono da maior empresa de produtos eróticos do país e precursor da desmistificação da sexualidade é entrevistado pelo tímido radialista Do Kyungsoo, e acaba se apaixonando pelas coradas...