Colecionador não! Enzo Gabriel sim!

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- Olá eu sou Enzo Gabriel mais conhecido como o colecionador e príncipe do décimo quinto inferno - se apresentou o Cole... Enzo...

- Capullo - revirei os olhos e me joguei no sofá.

É obvio que algo assim aconteceria, como foi ordenado por mim Catra finalizou o serviço com primor e agora o Colecionador tinha um corpo adorável de uma criança morta, e logo que despertei essa manha ele já estava aqui todo encantado com as coisas mais simples do mundo humano como espelhos, lanternas e interruptores de luzes.

E agora ele se intitulava como "Enzo Gabriel", já que as roupas que ele agora usava tinham esse nome, tentei convencê-lo que isso era ridículo e que esse nome era besta, mas ele se virou para mim e disse: - Mas você literalmente se chama "Luz", e é escrito e falado como a palavra luz - com está simples frase ele me fez perder qualquer argumento.

E assim que Amity e Luna despertaram, ele se apresentou só que eu não contava com um pequeno detalhe.

- É normal a pele dele ser azul? - Amity apontou para Enzo. - E de cabelos brancos...

Ele é muito suspeito. - Sim é perfeitamente normal para o tipo tão único que é ele - digo tentando me manter confiante.

- E ele ser uma criança também é normal? - ela pergunta descrente, enquanto Enzo ronda elas cheio de energia.

- Eu tenho dez mil e cinco anos - ele refuta.

- Oh... - ela se surpreende. - Ok, me desculpa

- Eu sei o que parece, mas te garanto não há outra criatura infernal mais poderosa e caótica quanto ele - eu digo apontando para o ser de extremo poder que estava se divertindo com a própria sombra.

- Tão assustador - ela diz com sarcasmo.

- Colecionador - o chamei. - Mostre a Amity com muito cuidado uma pequena amostra do seu poder - ordenei, mas ele nem se moveu.

Amity arqueou uma sobrancelha e deu um sorriso presunçoso, estava estampado na cara dela que ela queria dizer "então é contra isso que você ficou lidando por dois anos?!". Admito me senti constrangida.

- Colecionador, Colecionador, Colecionador - continuei o chamando sem muita paciência, mas nada dele se mexer, respirei fundo e revirei os olhos tentando manter a calma. - Enzo - chamei entre os dentes.

- Sim? - ele se virou finalmente.

- Como eu estava dizendo com cuidado mostre a Amity uma fração do seu real poder

- E a palavra mágica? - ele perguntou.

Não vai ser necessário nenhum Arcanjo pra lidar com ele, pois antes disso eu vou matá-lo.

- Por favor - pedi entre os dentes quase salivando de raiva.

- Ok - ele disse empolgado e estalou os dedos atingindo tudo em sua volta, transformando toda a matéria em cinza, isso incluía Amity, Luna e eu. Ele gargalhava enquanto movia tudo ao seu redor da maneira como queria, e nós não conseguíamos nos mover.

- Muito obrigada Enzo, mas já deu - digo com dificuldade, até eu sofro com o tamanho poder desse garoto estelar.

Mesmo eu pedindo ele não parou. - Enzo - digo de novo e nada, Amity e Luna estavam paralisadas a ponto de nem terem expressões faciais. Mas qué mierda, ele se empolgou. - Enzo! - gritei com minhas forças restantes.

- Hã? - ele olhou confuso.

- Para agora! - ordenei.

Ele ficou desanimado, mas parou e tudo a nossa volta voltou ao normal.

- Acho que mi empolguei um tiquinho - ele diz sem jeito.

Eu o ignoro e vou até Amity. - Você está bem? - pergunto preocupada.

Ela demora alguns segundos, mas responde um pouco fraca. - Sim, claro eu... Estou bem... E isso foi - ela respira com dificuldade. - Impressionante e assustador

- Eu te disse que ele era poderoso - dou de ombros. - E com esse poder ele vai proteger nossa bebe de qualquer coisa - garanto.

- Claro. Sim, sim - ela estava visivelmente desnorteada ainda.

- Amor eu sugiro você ir descansar um pouco - digo pegando a coisinha no colo.

Ela me olha meio desconfiada, mas segue a passos lentos para o quarto e antes de entrar diz: - Foi um imenso prazer te conhecer Enzo, e conto com você para proteger minha bebe - ela acena gentilmente para nós e Enzo copia o movimento, mesmo sem entender o que aquilo significa.

Assim que ela entra no quarto eu me viro pra ele.

- Que? - ele pergunta inocente.

- Se contenha da próxima vez - digo indo em direção a cozinha.

- Mas você pediu para eu demonstrar um pouco da minha força - ele argumentou.

- Sim, mas você se empolgou

- É que estava divertido - ele deu de ombros.

- Você poderia ter derretido o celebro delas ou algo assim - retruco colocando Luna no carrinho de bebe.

- Poderia, mas não fiz - ele deu de ombros.

Bufei irritado e coloquei o carrinho na frente dele. - Coisinha, Colecionador - apresento Enzo para Luna. - E Colecionador, Luna - apresento Luna para Enzo.

Enzo se aproxima bem do carrinho o suficiente para Luna conseguir tocá-lo com delicadeza e o cumprimentar com um sorriso angelical. E Enzo por sua vez fica maravilhado com ela.

- Oi - ele diz timidamente, o que é estranho, pois ele nunca foi tímido antes. - Eu sou Enzo Gabriel e vai ser um prazer lhe servi princesinha

Um estava se encantando com o outro, achei fofo toda aquela pura interação entre crianças, mas algo dentro de mim estava me alertando que isso poderia ser um futuro problema, mas que se dane isso vai ser problema pra futura Luz.

Deixei as duas crianças se divertindo e fui preparar meu café, e quando eu menos esperava as folhas de orégano que estavam no armário saltam pra fora e formam uma espécie de montinho com boca, e o cheiro de orégano me dava fome.

- Chefa - o montinho falou.

- Oi montinho - respondo.

- Chefa sou eu Willow

- Ah, oi Willow

- Oi chefa

- Por que você é um montinho de orégano? - pergunto curiosa.

- Por que assim é mais fácil do que me teleportar até ai - ela responde. - Mas isso não vem ao caso agora, seu pedido está pronto madame

- Excelente, então amanha mesmo já estaremos partindo

- Sim chefa

- E Willow - chamei a atenção dela.

- Sim?

- Fique de olhos abertos em caso de caçadores e Arcanjos - digo com tom serio.

- Pode deixar senhorita

O montinho com boca se torna só um montinho de orégano.

Perfeito a casa já está pronta e Enzo já está disposto a cuidar da coisinha, falta pouco para nossas vidas voltarem ao normal.

Mommy is devilOnde histórias criam vida. Descubra agora