E agora que o show começa

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- Finalmente - respirei aliviada assim que pisei em terra novamente. - Que saudade que eu estava de terra firme

- Somos duas, querida - Amity passa por mim com Luna no colo. - Então pra onde agora?

Olhei para os lados na esperança daquelas infelizes já estarem aqui, mas nada.

- Então o que a gente vai fazer agora? - pergunta Enzo animado olhando para o porto.

- Vamos indo para estrada e esperar por uma pessoa - digo dando as costas para os três e seguindo.

- Legal!

Rapidamente Enzo me passou e seguiu correndo.

- Espera garoto! - gritei, mas ele não parou.

Troquei olhares com Amity que deu de ombros e depois olhou para Enzo que corria para longe, a olhei sem muito animo e ela arqueou uma sobrancelha e de novo olhou para Enzo.

- Coño! - exclamei e corri atrás daquela peste.

Minha troca de olhares com Amity poderia ser facilmente, traduzido como:

"Me ajuda"

"Ele é sua responsabilidade"

"Serio?!"

"Muito, agora vai que ele está se afastando cada vez mais".

Corri em alta velocidade atrás do Enzo, mas o problema é que aquele pilantra também tinha vantagens sobre humanas.

- Enzo, volta aqui! - gritei.

- Não, você vai ter que me pegar primeiro - ele diz correndo para longe.

Bufei raivosa e acelerei mais ainda, e um pouco distante vi aquela praga caindo de cara no chão, geralmente eu iria ri muito, mas como aquela peste é literalmente um ser de poder quase infinito e extremamente mimado, eu temi pelo pior. Ótimo agora ele vai chorar e destruir o sol no processo.

E de fato ele começou a chorar, mas uma senhora se colocou ao lado dele e o acalmou, eu fiquei perplexa, geralmente aquela peste é tão mimada que não para com o drama por nada. Agora mais relada cheguei perto do mini capiroto.

- Eu falei pra você não correr Enzo - o advertir.

- Então você é mãe desnaturada que deixou o garoto correr perto da avenida - um cara surgiu do outro lado apontando para a avenida quase morta, pela falta dos carros. E mesmo se fosse uma avenida movimentada isso não seria um problema.

Queria ver se ele soubesse que os carros deveriam ter medo de atropelar ele não o contrario.

- Ele não tem mãe, eu sou apenas a irmã dele - digo sem muita animação.

- Mesmo assim isso foi perigoso - ele continuou a advertência.

Revirei os olhos. - Foi mau tio, te garanto que não ira acontecer novamente

- Tiê - ê me corrigiu. - Prefiro o pronome neutro - explicou.

- Pronome neutro? - perguntei descrente, já tinha ouvido falar dessa coisa, mas não imaginava que tivesse um trouxe que realmente usasse isso, no nosso idioma ainda. - Oh... Ok - dei um falso sorriso, não posso começar uma briga já de cara. - Eu sinto muito, mas eu não sei muito como conjugar corretamente com esse tipo de pronome

- Nhen é "difil" - disse Enzo se levantando como se nem tivesse caído.

É claro que essa peste não acha difícil ele já fala todo errado mesmo, então não deve nem percebe o quão grande fica os erros gramáticos.

- Vamos Enzo - o puxei pela mão. - Obrigado pela ajuda, agora "bye" - disse levando ele.

- Chefa - Willow chamou minha atenção.

- Vocês demoraram - reclama Catra.

- Calada Elizabeth - a cortei e entrei no carro e praticamente joguei o Enzo para o outro lado. - Você... Você - eu tive que respirar fundo pra não estrangulá-lo ali mesmo.

- Respira amor - aconselhou Amity.

- Tá difícil - senti meu olhar queimar. - Eu fui repreendida porque esse pivete tava fazendo "merda" - bufei.

- Entendo, mas para visão de todos os outros o Enzo é só uma criança - Amity argumentou.

- Tá, mas eu não sou a mãe dele

- Mas é o responsável

- Meias - reviro os olhos e encosto no banco pra relaxar.

- Olha pelo lado bom Luz, você está indo pra casa - Catra me confortou.

- Tudo que falta é o cão e o gato - diz Willow.

Dei um sorriso de canto, está quase tudo nos conformes como deveria ser.

- Você acha que vamos ver a Eda e Raine de novo - pergunta Enzo.

- Quem?

- As pessoas que me ajudaram quando eu cai

Então ele já sabe o nome delas.

- Eu espero que não - respondi seca.

- Por que não? - pergunta o Enzo.

- Por que eu não "tô" afim de interagir com ninguém

Enzo fez uma carinha triste, mas eu não me importei nem um pouco.

Senti Amity juntar nossas mãos. - Se acalme, amor - ela me deu um beijinho na bochecha.

- Eu sei... Eu sei... - a abracei de lado.

- Chegamos chefa - anunciou Willow depois de parar o carro.

- Nossa! - exclamou Amity com um sorriso no rosto.

O terreno era enorme e a casa bem grande, não tão enorme quanto a nossa antiga, mas ainda sim grande e luxuosa.

- Então gostou? - perguntei avaliando cada centímetro da casa. - Por que se tiver uma imperfeição - olhei para minhas subordinadas. - Eu mesma garantirei que isto não se repita - rosnei para as duas.

Willow abaixou o olhar e Catra revirou os olhos.

- Que casarão - Enzo observou com um grande sorriso.

- Ok, pode ir explorar lá dentro - autorizei e ele correu como um raio.

- Isso... Isso... Está perfeito - Amity anunciou olhando fixamente para casa. - Muito obrigada Willow e Catra

- Hã... De-de nada madame - agradeceu Willow sem jeito.

- Se você gostou daqui de fora deveria dar uma olhada lá dentro - sugeriu Catra.

- Então vamos finalmente virá a pagina e começar nossa nova vida? - estendi meu braço para ela.

Ela respirou fundo e com um sorriso sincero disse: - Claro, te sigo a onde for

- E eu jamais vou te deixar - depositei um beijo em sua mão estendida e fomos para nossa nova casa.

Finalmente agora sim as coisas vão ficar interessantes, nem anjo nem caçador me para. Agora vamos dar inicio a um plano de duas etapas simples, a etapa social, vou transformar esse terreno em uma parte uma enorme fazenda, e a outra parte do terreno que Amity nem imagina que é nossa vai ser terreno da etapa profunda, que consistirá em cassinos, hotéis, casas noturnas, boates, e claro uma ou duas substancias ilícitas, ou não já que os mortais desconhecem o poder dessa droga.

Mommy is devilOnde histórias criam vida. Descubra agora