Harry acordou em uma névoa de agonia. Cada músculo de seu corpo queimava, sua perna pegava fogo, e seu rosto e crânio doíam. Uma forma escura percorreu o comprimento de seu corpo, lançando feitiços em uma voz instável. Cada um acrescentou uma nova camada de angústia, e Harry soluçou.
"Pare, por favor."
Snape encontrou seus olhos."In-Inviolatus."
A agonia aguda e gritante atravessou o traseiro de Harry, e ele se arqueou com um grito estridente, tanto pela dor em seu traseiro quanto por sua perna que não podia apoiá-lo. Oh Deus. Ele tinha sido esfaqueado? Dividido em dois? Ou isso foi...? Ele soluçou quando seu corpo bateu em um colchão duro e implacável, e outro grito deixou sua garganta.
A voz de Snape cortou como um chicote. "Esta é apenas uma fração da dor que você conhecerá se continuar resistindo, garoto! Aceite como um homem."
Harry se encolheu. Não, agora não. Não com seu corpo sangrando e dolorido e rasgado de dentro para fora. A varinha do homem sacudiu, e o corpo de Harry estremeceu. Ele não conseguiu segurar um grito.
"P-pare, por favor!"
"Você vai aguentar até que eu termine com você, garoto!"
Outro feitiço fez a cama tremer, e Harry começou a soluçar. Por que torturá-lo assim? Isso só o faria desmaiar se Snape realmente... se ele...
Harry tinha pensado que poderia ser um sobrevivente? Ele estava errado. Oh, foda-se, ele já esteve errado.
Snape deu um gemido baixo e pairou sobre ele. Harry gritou e recuou, mas Snape não o tocou a não ser quando a cama desequilibrou os dois.
"Isso... é isso. Assim... oh, Deus."
Harry estremeceu e tentou rastejar para o espaço seguro de sua própria mente. Para o armário. Nada ali para machucá-lo, a não ser poeira e aranhas.
Ele não tinha ideia de quanto tempo estava perdido na escuridão quando uma mão gentil tocou sua bochecha, quebrando sua ilusão de segurança.
Harry estremeceu e jogou a cabeça para trás. "Agh! Não, não. Eu-"
Duas gotas molhadas caíram em seu rosto, e ele olhou para cima para perceber que Snape estava chorando. Que porra?
Snape sussurrou outro feitiço, seu rosto contorcido em agonia, e algo molhado atingiu o traseiro machucado de Harry, então jorrou sobre sua virilha e barriga. Ele gritou com uma nova onda de dor e tentou se contorcer para longe da queimadura.
"Perdoe-me," Snape engasgou e deu um passo para trás. Só então Harry percebeu que o homem estava nu da cintura para baixo e...
Harry vomitou. Ah, Merlim, não. Por quê? Por que assim?
Snape acenou com o pulso, e a porta se abriu. Riddle entrou, expressão fria e satisfeita.
"Bem, bem, Severus. Eu sei que você é um amante cruel quando tem permissão para reinar livremente, mas isso é realmente inspirador." Voldemort agarrou a perna quebrada de Harry e a empurrou.
Harry lutou para não gritar, mas não conseguiu evitar.
"Você nem mesmo curou a perna dele? Adorável, adorável." Riddle deu uma risada sombria. "Oh, Harry Potter, eu não seria você nem por todo o mundo." O bastardo cruel deu um tapinha na coxa quebrada, e Harry conteve um grito. "Muito bem, Severus. Ele é todo seu no futuro próximo. Não me decepcione."
Snape curvou-se. "Meu senhor é muito gracioso."
"De fato." Com um último olhar malicioso, Riddle saiu e fechou a porta atrás dele.
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Come What May (Tradução)
Ficção AdolescenteQuando Vernon quebra as barreiras da Rua dos Alfeneiros mais cedo, Harry se vê prisioneiro involuntário de seu pior inimigo. Snape o assusta, mas neste inferno de morte e destruição, ele pode ser a única esperança de sobrevivência de Harry. Créditos...