capítulo 6: Churrasco.

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Não revisado

𝐎𝐥𝐢𝐯𝐢𝐞𝐫

ai ─ digo automaticamente quando fui empurrado pro chão, cai de barriga para cima então pude ver quem me empurrou

Também né, quem mais seria? É óbvio que é a Amélie, pelo amor de Deus eu não posso nem mais dormir em paz.

─ vamo, conta tudo. ─ ela fala sentando na cama enquanto cruza as pernas, eu acabo bocejando e arqueando uma sombrancelha

─ contar o quê? ─ pergunto, não vou me levantar do chão, estou cheio de preguiça nesse momento.

─ contar o quê? ─ ela faz uma voz fina como se quisesse me imitar, oque obviamente não da certo. ─ e aquele flertasso com o Milo ontem? Quero saber de tudo! ─ ontem? Acho que eu realmente dormi muito.

─ que flerte? ─ perguntei bocejando novamente, ela fez uma careta e eu olhava para ela confuso.

─ gatinha rica, príncipe. ─ ela disse, ooh ela está falando disso.

─ príncipe pebleu no caso ─

─ A-ha! Você lembra ─ ela apontou para mim, bocejei de novo ai meu Deus eu só queria dormir.

─ eu nunca disse que não lembrava ─ me levanto do chão deitando na cama. ─ o que você quer que eu diga? Apenas fizemos apelidos um pro outro. ─ dou de ombros, ela faz um biquinho

─ apenas apelidos? Olivier pelo amor de Deus, você só deu um apelido pra mim e você nem usa ─ ela realmente falou o "nem usa" mais alto dando destaque nele, é verdade, eu só chamei ela de francesa chata uma vez - que foi no dia que eu fiz o apelido -

─ Olha... ─ eu desvio o olhar para a parede umidessendo os lábios, eu não tenho argumentos. ─ abafa. ─ fiz o movimento da mão em frente a minha boca igualmente ao meme, ela riu e eu também, isso nunca vai perder a graça.

─ mas sério, nada, nada, nada mesmo? ─ ela me pergunta, penso um pouco.

─ depende de que forma você está perguntando... ─ penso um pouco nas palavras para usar, relacionamento, somos amigos.

─ nem vem emo boy, você entendeu ou você é burro pra caralho mesmo? ─ me sinto levemente ofendido por realmente não ter entendido, penso mais um pouco.

─ somos amigos, já te disse. Não é como se fosse anormal o fato de eu ter algum amigo, dar um apelido a ele, beijar a bochecha dele e... ─ faço uma pausa, sim, é anormal. ─ bem... E badum. ─

─ badum? ─

─ badum ─

─ que merda é badum? ─ ela pergunta, fala sério, que idiota não sabe o que é badum?

─ É tipo... Como explicar pra gente burra? ─ brinco, recebo um soco fraco no braço em resposta. ─ é tipo badum porra tem explicação não, barulho de coração badum, badum, badum. ─

─ e por que sua relação com o Milo teria... ─ ela para de falar, um sorriso enorme aparece em seu rosto ─ seu coração acelera quando você vê ele? Tipo, fica com vergonha e tenta fazer o máximo para agrada-lo? ─ específico, eu diria.

Bem, a um tempo atrás eu desisti de sair da casa dele pra gente poder conversar porque eu queria que ele ficasse feliz, e as vezes meu coração acelera quando ele dá aquele sorriso, eu acho ele fofo, gentil também. Ele é extremamente... NÃO

─ Não, é só... Badum. ─ minto, viro para o lado escondendo meu rosto no travesseiro. ─ agora vai embora, eu quero dormir. ─

─ credo só dorme, não vai dormir não caralho, tem um churrasco e tão esperando a gente pra ir. ─ ela segura o meu braço começando a me arrastar, sim, eu cai no chão. E sim, ela não ligou nem um pouco.

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