capítulo 13: hora do Adeus.

959 91 246
                                    

Capítulo curto comparado aos outros

Aproveitem a música e a história, boa leitura. :)

𝙉 𝙖 𝙧 𝙧 𝙖 𝙙 𝙤 𝙧 𝙖

Nem na primeira vez que Olivier olhou para aquele quarto ele estava tão bagunçado como naquele momento, algo estranho, já que a única coisa que ele tinha levado era uma mochila.

Por algum motivo tinha duas malas em seu quarto, ele julga que seja de Angelina. O que é bem provável, já que a mulher está praticamente andando de um lado para outro.

─ Mãe, calma, você não vai esquecer nada. ─ Olivier dizia tentando acalmar a mulher, o que obviamente não funcionou. O medo da mais velha era esquecer alguma roupa, uma mala ou qualquer outra coisa. Até mesmo de perder seus filhos, Olivier suspirou enquanto fechava a própria mochila.

Já Montel observava os quadros uma última vez, Olivier poderia apostar que o homem iria querer trocar qualquer coisa para levar os quatros. O que também era óbvio, sua admiração pela arte já não era segredo.

Amelie ela estava sentada na cama de Olivier, observava algumas fotos tiradas no dia que foram ao lugar com sinal. A felicidade dela estava estampada em seu rosto, não por ir embora, e sim por ter lembranças boas. O que ela pensava que seria uma ilha sem graça acabou se tornando um pedaço seu, uma grande memória que ocuparia seu coração.

Olivier não estava diferente, ele sorria pelas lembranças, especialmente pelas do dia anterior. Disse que amava Milo, Milo disse que o amava. O que era melhor do que isso? Seu primeiro amor foi recíproco, quantos deram essa sorte? Olivier se sentia sortudo, mas azarado por ter se apaixonado logo por alguém de uma ilha isolada.

Não poderia entregar seu celular, ou poderia? Não, Milo não iria caminhar todos os dias apenas para conversar com ele.

Por fim Olivier fez uma escolha, abriu novamente sua mochila. Puxando com força o caderno de desenho e uma caneta qualquer, se sentou na cadeira começando a escrever, estava escrevendo uma carta.

Fez questão de desenhar as flores que Milo havia o dado, bem no cantinho da folha. Assinou com algo que talvez fosse fazer Milo sorrir, por fim a dobrou e colocou no bolso de seu moletom.

─ Vamos! Melhor já esperar na praia, não quero ficar presa aqui não. ─ Angelina disse afobada, Olivier sentiu um medo enorme se expandi por seu corpo, mas mesmo assim concordou.

Colocou a mochila nas costas e desceu as escadas, não conseguia pensar direito. Era a última vez que iria descer aquelas escadas, por um rápido segundo decidiu que iria sentir falta daquilo. Um pouco de falta da quantidade exagerada dos quadros que tinha pela mansão, iria sentir falta da cozinha onde se divertiu com seus amigos.

Amelie pulou quando estava no último degrau, passou o braço pelo pescoço do irmão tentando o dar o mínimo de ânimo. O sorriso da irmã entregava que não estava tão animada com a idéia de deixar a ilha para trás, não tanto quanto imaginou quando pisou os pés aqui pela primeira vez.

Montel ajudava Angelina com as malas, uma sensação estranha preenchia Olivier naquele momento. Vazio, sozinho. Se sentia assim novamente, iria se sentir assim novamente assim que fosse embora. Ele sabia, ele tinha certeza.

Olivier abriu a porta pela última vez, odiaria admitir que iria chorar quando se lembrasse até da porta, era estranho, mas até lembranças na porta ele tinha. Afinal, foi ali que Milo entregou as flores.

Segurava o pote com as flores na mão, Bárbara estava saindo da casa bem na hora, olhou os Florence. Seus lábios tremeram e seus olhos se arregalaram, por que tão cedo? Por que teria que dizer adeus tão cedo?

A coisa mais legal dessa ilhaOnde histórias criam vida. Descubra agora