capítulo 8: amor-perfeito

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Valha, que tanto de olhinhos vendo essa fic é esse?

Prometo nada pra entregar nada. 🙌

𝐎𝐥𝐢𝐯𝐢𝐞𝐫 𝐅𝐥𝐨𝐫𝐞𝐧𝐜𝐞

Acho que eu mal abri os olhos e Amelie já estava me enchendo de perguntas, perguntas que eu não estou prestando o mínimo de atenção para responder. Eu ignorei completamente ela indo pro banheiro e começei a escovar os dentes, Amelie obviamente me seguiu.

─ fala porra! ─ ela me balança e eu quase engasgo com a pasta de dente, cuspo a pasta na pia e me limpo.

─ falar o quê? Nem acordei direito. ─ blá, blá, blá. Estou me sentindo naquela série... Visões da Raven, algo assim.

─ detalhes do encontro! Eu quero detalhes. ─ seu sotaque faz meu cérebro balançar de um lado pro outro, talvez seja ela me balançando.

─ tá... Mas você pode, por obséquio esperar eu terminar de me arrumar? Vai pro meu quarto, vai. ─ digo respirando fundo, ela vai parecendo o flash pro quarto.

Paz.

﹟ ˒ 🍓 ᵕ̈ ˒


Sento na cama, Amelie movimenta as mãos em um sinal pra eu começar a falar, penso por onde começar e por onde terminar. Eu falo do beijo? Eu tenho que falar, é minha obrigação como irmão mais novo.

─ bem, primeiro a gente parou no meio do caminho porquê eu estava cansado, nada fora do normal. A gente conversou e eu fiz carinho no bisteca, o gato no caso. Ai a gente foi pra praia, conversamos mais, mais, mais e... ─ a cena do nosso beijo se repete mais uma vez, meu rosto esquenta e as palavras param de sair da minha boca.

─ e o que? Fala caralho! ─ as vezes a paciência dela me surpreende muito, eu tento achar palavras que possam ser calmas, umas que não sejam tão impactantes.

─ eu e o Milo... ─ dessa vez foi proposital, ela tá quase surtado e eu acabo sorrindo. ─ ok, ok, parei. Eu e ele nos beijamos, trocamos saliva uau pow pow. ─ faço barulho de fogos de artifício, a cara que Amelie faz é surpreendemente estranha mas engraçada.

─ VOCÊS SE BEIJARAM? ─ ela grita tão alto que eu julgo que até Bárbara ouviu da casa dela.

─ anuncia na rádio porra. ─ meu olho faz alguns tics, estranho eu diria. Abaixo a cabeça e começo a mexer nos meus próprios dedos, solto um longo suspiro. ─ foi tipo do nada, sabe? Só fomos, um clima rolou eu acho, mas foi estranho porquê o Bartô chegou bem na hora... ─ digo, eu não sei a cara que o Bartô fez, eu não sei se o Bartô aceitou bem isso, eu nem sei como o Milo está nesse momento, eu posso ter metido ele em confusão, eu deveria parar de pensar nisso. ─ bem, depois que ele ficou todo nervoso e saiu bem rápido mas a gente tava tão, aaaaah! Que decidimos encerrar o encotro ali mesmo. ─ finalizo.

─ eu ainda to na parte que meu irmãozinho beijou. ─ ela diz em choque e eu acabo rindo baixo negando com a cabeça, parece a vez em que eu disse que iria sair com alguém pela primeira vez. ─ Ai meu Deus, você realmente beijou o pobre! ─ ela coloca as mãos no meus ombros e me balança, eu sorrio fechado.

─ qual é, é tão assustador a imagem de mim beijando alguém? ─ digo entre uma risada

─ assustador é você querer beijar alguém. ─ ela diz, bem, assustador é alguém querer me beijar.

Eu paro de rir, não de uma vez mas aos poucos. Assustador é alguém querer me beijar, é verdade. Não foi meu primeiro beijo, mas todos os outros que eu tive vamos dizer que não foi tão... Bom, bom? Quero dizer...

A coisa mais legal dessa ilhaOnde histórias criam vida. Descubra agora