Prólogo

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Meu nome é Amélia Roux-Leblanc e sou a Imperatriz de Callisto.

- Merda - Xingo sem perceber e os Nobres que estão na reunião me olham chocados - Lorde Cedric, será que posso saber o por que de meu casamento estar em pauta na reunião do Conselho?

Cedric Romanov, Visconde e líder dos Nobres, me olha como se eu estivesse louca.

- Com todo respeito Vossa Majestade, faz um ano desde que a Senhora subiu o Trono e nós estamos preocupados com a falta de um Herdeiro Imperial - Os demais Nobres acenam em concordância com as palavras de Cedric.

'Esses idiotas só pensam em mim como uma vaca reprodutora.'

- Sem contar que Vossa Majestade já passou da idade de casar e que Vossa Alteza, o Príncipe, costuma ser muito protetor com Vossa Majestade - Conde Audrey Atkinson completou.

- Então está decidido, assim que meu irmão voltar da subjugação dos Piratas no Sul vocês falarão com o Príncipe sobre a seleção dos candidatos para Consorte Imperial, afinal ele parece ser o maior impedimento para que um Casamento Imperial ocorra - Sorri internamente e sai da sala de reuniões deixando para trás o protesto dos Nobres, nunca fale da idade de uma Dama.

Mas como eu cheguei nessa situação? Bem, vamos voltar alguns anos no passado...

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- Mamãe por favor.... - Uma pequena Amélia de oito anos estava chorando segurando a mão de sua mãe.

A mãe de Amélia era uma empregada estrangeira no Palácio Real que certo dia chamou a atenção do Rei e foi tomada à força, depois de um tempo ela descobriu que estava grávida, assim que o Rei soube a tornou sua concubina e a confinou em um Palácio abandonado e isolado dentro do Território Real. A Rainha, uma mulher cruel e ciumenta, tentou de tudo para se livrar das duas mas, por na época precisar ser cuidadosa, seus planos não funcionaram e então, em um dia frio de inverno enquanto uma violenta tempestade caía, Amélia nasceu.

Mas 8 anos depois, quando a empregada e a pequena Princesa caíram no esquecimento, a Rainha voltou a atacar, assim sua mãe sucumbiu ao veneno e estava morrendo, nenhum médico foi autorizado a tratar a concubina e os Magos estavam proibidos de visitar seu Palácio. Então, um dia antes do aniversário de 9 anos de Amélia, a jovem concubina morreu.

Depois disso a Rainha não deixou Amélia em paz, ordenou que as empregadas lhe dessem todo tipo de veneno, mas o corpo da Princesa era imune a eles, por isso os abusos físico e psicológico se tornaram sua estratégia, as empregadas batiam em Amélia todos os dias e diziam o quanto ela era feia e nojenta, que ninguém jamais a amaria e que a única saída desse inferno seria a morte.

A pequena Amélia tentava ser forte e não se abalar, mas como perdeu a única pessoa que já lhe deu amor, aos poucos foi perdendo sua vontade de viver e sucumbindo ao plano da Rainha. Um dia, quando escapou dos maus tratos das empregadas, saiu de seu Palácio no meio da noite e se escondeu no Jardim Real, se encolheu em um canteiro de arbustos e começou a chorar tudo o que tinha acumulado nos 9 meses que se passaram da morte de sua mãe.

- Quem está aí? - Amélia ouviu uma voz perto de onde estava escondida - Saia se não quiser morrer!

A voz era gelada e ameaçadora, mas Amélia saiu de seu esconderijo e encontrou um jovem bonito mas de aparência ameaçadora olhando para ela. Amélia soube no momento em que o viu, cabelo dourado e olhos vermelhos, era seu irmão mais velho, o Príncipe Herdeiro, filho da Rainha. Pelo que ela se lembrava ele deveria ter 14 anos, mas por ser mais alto que os meninos de sua idade dava a impressão de ser mais mais velho, o que também a deixou com medo.

Um marido para AméliaOnde histórias criam vida. Descubra agora