Capítulo 23

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Amélia estava liderando o caminho e despistando seus atacantes com Magia de camuflagem, enquanto Abel estava tentando atacá-los, mas por serem muitos e também estarem se camuflando, esta tarefa não era fácil. Depois de se afastarem de seus oponentes, Abel e Amélia, ficaram lado a lado, ela pode perceber que o braço do Duque, onde uma flecha havia passado de raspão, estava sangrando.

Você está bem? - Amélia estava preocupada, pois a flecha poderia conter veneno.

Estou bem, apenas vamos em frente - Abel não deu muita importância ao corte, pois ele sofreu vários ferimentos no campo de batalha antes - Como eles conseguiram nos encontrar?

- Não tenho certeza, mas desconfio que haja um traidor entre os meus. Suas habilidades também são boas, pois nem percebemos quando se aproximaram - Amélia estava começando a demonstrar sinais de cansaço, pois vinha usando Magia por um longo período de tempo.

Vendo isso, o Duque estava prestes a falar que assumiria seu lugar, a fim de esconder seus passos, quando uma forte dor rasgou seu corpo. Amélia, percebendo o que estava acontecendo, parou seu cavalo e fez o do Duque parar.

Parece que você foi envenenado - Ela pegou as rédeas das mãos do Duque, que não apresentou nenhuma resistência, e os conduziu para outra direção - Eu poderia nos teletransportar, mas em minha condição atual, não garanto que conseguirei ir muito longe ou cobrir nossos passos, por isso estamos indo até uma caverna da região, você me entende?

O Duque apenas fez que sim com a cabeça, pois estava sendo varrido por ondas de dor por todo o seu corpo. Por Amélia ter uma ideia de que tipo de veneno fora usado nas flechas, ela achou que o Duque estava resistindo bem, outros em seu lugar já estariam convulsionando ou desmaiados.

Enquanto conduzia os cavalos, Amélia avistou uma planta que poderia ser usada como amenizador dos sintomas, até que fosse possível a obtenção de um antídoto eficiente, ela desmontou e guardou algumas folhas em seu bolso, ela os daria a ele somente depois que chegassem a caverna, pois um de seus efeitos colaterais era deixar a pessoa desinibida, como se estivesse bêbada, também houve casos em que as pessoas tiveram alucinações e ela não sabia se, em seu estado atual, conseguiria lidar com o Duque se ele ficasse fora de si.

Eles conseguiram chegar a entrada da caverna em pouco mais de dez minutos, assim que Amélia desmontou e foi ajudar Abel, percebeu que este estava suando frio que estava tremendo de dor, devido a entrada da caverna ser baixa e estar escondida, ela não conseguiria fazer o cavalo levá-lo até interior desta, por isso ela teve que ajudar o Duque a descer e também teve que apoiá-lo com seu corpo quando ele quase caiu, assim que recuperou o equilíbrio, Abel retirou parte de seu peso de cima de Amélia e andou, ainda apoiado nela, até o interior da caverna.

Assim que entraram, Amélia o fez sentar escorado em uma das paredes da caverna, ela se agachou em sua frente e falou, tomando o cuidado para que soasse o mais clara possível.

Duque, você está me ouvindo? - Após não perceber nenhuma reação de reconhecimento por parte Duque, Amélia tentou novamente, enquanto tocava em seu queixo com o dedo e erguia seu rosto em sua direção - Abel?

Ao ouvir seu nome, Abel ergueu os olhos que estavam abaixados e falou:

Amélia... - Ele tentou erguer a mão para tocar seu rosto, mas foi varrido por outra onda de dor e, quando falou, seus olhos estavam cheios de preocupação - Você está bem, não está ferida?

Apesar de sua voz estar baixa e rouca, ela pode ouvi-lo bem no interior silencioso da caverna.

Eu estou bem, o único ferido aqui é você - Assim que ela falou que estava bem, a preocupação nos olhos do Duque foi amenizada - Me escute com atenção, eu peguei uma erva que pode amenizar os efeitos do veneno enquanto a gente não tem o antídoto, ele poderá causar alucinações, por isso não se surpreenda. Você entendeu? - O Duque acenou em concordância - Ótimo, você terá que mastigar as folhas, pois no momento é o único meio que resta, você deve tomar a polpa das folhas e cuspir o bagaço, entendeu?

Um marido para AméliaOnde histórias criam vida. Descubra agora