Capítulo 14

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Assim que Amélia entrou em seu escritório, encontrou Alice e a pessoa encarregada de ficar de olho nos movimentos de Brianten, Sir Oliver.

Vossa Majestade, desculpe incomodá-la mas o assunto é urgente – Oliver falou enquanto fazia uma reverência, após Amélia se sentar atrás de sua mesa – Nós detectamos uma movimentação estranha do exército de Brianten perto da fronteira e, quando questionados, nos informaram que estavam realizando um treinamento militar.

– Qual é o número de soldados realizando esse "treinamento militar"? – Amélia perguntou de modo sarcástico, enquanto apoiava o queixo nas mãos que estavam cruzadas sobre a mesa.

Nossos espiões estimam cerca de cinco mil homens.

– Cinco mil homens para um simples treinamento na fronteira sem avisar a outra nação? Eles realmente esperam que a gente acredite nisso? – Alice mostrou sua descrença – Vossa Majestade quais são as suas ordens?

Sir Oliver, vá e relate tudo isso para o Comandante Paznic e para o Príncipe – Amélia delegou suas ordens – E Alice, se eles querem treinar, deixe-os treinar – Uma aura gelada irradiou dos olhos da Imperatriz, causando um arrepio em quem os encarasse.

Como desejar, com sua licença – Tanto Alice quanto Oliver saíram da sala após uma breve reverência.

Do lado de fora Sir Oliver perguntou a Alice:

Lady Burn, o que Sua Majestade quis dizer com deixá-los treinar?

Sir Oliver era alguém simples e direto, por isso tinha dificuldades em entender o que a Imperatriz realmente quis dizer com isso.

Sir Oliver, daqui a alguns dias o Senhor entenderá o que ela pretendia dizer com isso.

Ao chegarem do lado de fora do prédio, ambos seguiram caminhos opostos a fim de cumprir suas respectivas missões. Parece que algo divertido está prestes a acontecer.

Enquanto isso, Amélia estava sozinha em seu escritório, perdida em pensamentos. Não era à toa que ela teve um sentimento de familiaridade quando encontrou o Duque Von Norden pela primeira vez, eles realmente já haviam se encontrado antes.

Naquele dia ela estava voltando da aldeia onde foi treinar e se deparou com alguém em perigo, normalmente Amélia levaria uma pessoa ferida para se tratar na aldeia, mas como percebeu que suas roupas eram caras, Amélia deduziu que ele só poderia ser alguém importante, por isso mandou uma de suas escoltas levá-lo para ser tratado por um médico na Capital. Ela não deu muita importância para este assunto e, até mesmo, o havia esquecido.

"Porque desde a primeira vez em que a vi me senti perdidamente fascinado por você..."

Ao se lembrar das palavras do Duque, Amélia sentiu suas bochechas queimarem. Sim, era melhor ter um Consorte que a amasse do que alguém indiferente e que poderia traí-la com mais facilidade, pois amor não garantia fidelidade.

Amélia parou de devanear e se concentrou nos documentos que estavam sob sua mesa, muitos deles eram relatórios que seu pessoal havia feito sobre seus inimigos, outros eram questões relacionadas ao banquete e alguns problemas de Estado, nada que chamasse sua atenção por muito tempo.

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Maximilian acabara de ser avisado sobre situação na fronteira com Brianten quando uma das empregadas que estava servindo no jantar entre a Imperatriz e o Duque, reportou sobre os acontecimentos da noite.

O que você disse? – Maximilian perguntou incrédulo.

Vossa Graça confessou estar apaixonado pela Imperatriz.

Um marido para AméliaOnde histórias criam vida. Descubra agora