Capítulo 21

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Assim que Bennett soube que eles eram o Conde e a Condessa Bernard, descobriu que se tratavam de convidados importantes.

Condessa Bernard me desculpe pela grosseria de meu empregado, é um erro grave que um de meus subordinados não reconheça uma convidada tão importante - O gerente falou enquanto fazia uma reverência profunda - Por favor, dá próxima vez avise que estará vindo para que possamos preparar um atendimento adequado.

- Senhor Bennett, se eu devo ou não perdoá-los irá depender se eu encontrar o que procuro - Amélia falou enquanto batia repetidamente com o leque na palma da mão.

Claro, claro, por favor entre - O gerente falou enquanto limpava o suor da testa com um lenço.

Querido, vamos - Amélia falou para Abel enquanto batia com o leque em seu ombro.

Assim que passaram pela porta, Amélia e Abel se viram em um corredor e, a sua frente, havia uma escada que os levaria ao porão do Cassino, onde tudo acontecia. Abel que vinha andando atrás não conseguiu entender a reação do gerente e por isso, quando foram deixados a sós em uma sala privada ele não pode deixar de perguntar:

Quem exatamente são o Conde e a Condessa Bernard? - Ele abaixou a voz para ninguém o escutar.

- Há algum tempo eu espalhei rumores sobre a Condessa Bernard ser uma pessoa ativa no mercado de escravos, além de ser uma pessoa extremamente cruel, já o Conde é alguém que obedece sua esposa acima de todos, ou seja, ele é um homem submisso e mal visto por seus pares.

Por essa ser uma missão importante, até os mínimos detalhes foram cuidados, mesmo a reputação de seus personagens foi criada cuidadosamente para esse dia. Após comprar o título do verdadeiro casal de Condes, uma de suas subordinadas se passou pela Condessa e compareceu a vários mercados de escravos e também mostrou sua crueldade em público, criando assim, a imagem de uma pessoa que combinava com esse tipo de atividade.

Logo que terminaram de falar, uma empregada entrou e serviu chá para ambos, assim que a xícara foi pousada sobre a mesa, Abel a pegou e ofereceu para Amélia, sua postura era e de um servo servindo a seu Mestre, já Amélia o ignorou e, depois de fazê-lo ficar nessa posição por um tempo, pegou a xícara e a levou aos lábios, logo após o primeiro gole Amélia atirou a xícara no chão e falou:

É isto que este estabelecimento tem a oferecer? - Amélia aprendeu muito com sua madrasta na infância, por isso ela sabia como se comportar de modo tirânico - Absurdo! Conde, vá até a cozinha e prepare meu chá, e certifique-se que seja do meu agrado, se não você receberá sua punição.

- Sim Senhora - Abel falou enquanto fazia a empregada guiá-lo pelos corredores.

Primeiro a empregada ficou relutante, mas como eles aparentavam ser clientes importantes ela não teve escolha a não ser guiá-lo pelos corredores do Cassino. O objetivo de Abel era encontrar algo que pudesse ser de ajuda para o plano e, enquanto o Duque estava em sua missão, Amélia estava sendo entretida pelo gerente que havia retornado à sala.

Onde está o Conde? - O gerente perguntou após ver a xícara quebrada no chão.

Ele foi fazer meu chá, afinal o que vocês oferecem é repulsivo e ordinário.

- Lamento que o chá não esteja à altura de Vossa Graça, peço que seja benevolente e perdoe nossos erros.

- Como eu disse antes, tudo dependerá se eu ficar satisfeita com os produtos que verei hoje.

Depois disso, um silêncio desconfortável se estabeleceu na sala, nesse meio-tempo uma empregada entrou na sala para limpar os cacos e o chá do chão, assim que ela terminou de limpar, Abel entrou na sala carregando uma bandeja com um bule e uma xícara, ele a pousou em cima da mesa e derramou chá na xícara.

Um marido para AméliaOnde histórias criam vida. Descubra agora