Um marido para Amélia

Capítulo 13

A notícia de que o Duque Von Norden e a Imperatriz iriam ter um jantar privado se espalhou pelas ruas da Capital como um raio. É claro que isso causou muito ciúme e inveja entre os competidores, o único que se encontrava tranquilo e, até mesmo feliz, era o Príncipe Muhammad. O sorriso que não deixava seu rosto fazia com que os outros competidores sentissem vontade de socá-lo e, o que passava por suas cabeças era:

'Por que ele está sorrindo tanto? É como se ele tivesse ganhado a competição'

Do lado do Duque, seus assistentes estavam em frenesi, correndo para preparar tudo a tempo do jantar, desde as roupas de seu Mestre até o presente que ele os incumbiu de preparar.

Já do lado da Imperatriz, suas Damas de Companhia estavam extremamente animadas e despreocupadas, basicamente tudo já havia sido preparado para o jantar e, agora que o acompanhante de Amélia estava definido, restava apenas definir o cardápio para que estivesse de acordo com as preferências do Duque.

Enquanto tudo isso acontecia, Maximilian se dirigiu ao campo de treinamento, pois foi proibido por sua irmã de comparecer neste jantar, então Max precisava descontar seu mau humor em alguém e os escolhidos da vez foram os soldados.

Quando a hora do jantar chegou, o Duque e seu secretário foram conduzidos para a estufa da Imperatriz, onde uma mesa foi preparada para o jantar. Em suas mãos o Duque carregava um buquê de rosas brancas e roxas, este fato surpreendeu as Damas de Companhia que os serviriam durante a noite, essa surpresa se devia ao fato de que rosas roxas são extremamente raras e só crescem em clima extremamente frio, sem contar que era a flor favorita da Imperatriz.

É claro que, depois de processarem esta informação, notaram como o Duque estava vestido e ficaram estarrecidas perante sua aparência, suas roupas eram pretas e havia uma capa sobre seu ombro esquerdo além de que, sua roupa tinha detalhes em ouro que destacavam seus penetrantes olhos, seu cabelo estava penteado para trás, deixando a vista sua testa e, as Damas de Companhia, também notaram que ele não estava usando luvas.

'Realmente não seria um sacrifício vê-lo todos os dias'

Alguns segundos após a entrada de Abel, Amélia adentrou a estufa, ela estava usando um vestido azul escuro que destacavam tanto seus olhos quanto sua pele branca, ao vê-la entrar Abel ficou sem ação por um momento imperceptível aos demais, mas logo se recuperou e foi saudar Amélia.

– Vossa Majestade, que a Deusa lhe abençoe – Ele ficou sob um joelho e lhe estendeu o buquê de rosas – Espero que a Imperatriz goste deste humilde presente.

– Obrigada Vossa Graça, seu presente será muito bem apreciado.

Amélia aceitou o buquê o passando em seguida para Jhulia que estava logo atrás dela, enquanto Abel se posicionava ao seu lado estendendo o braço para escoltá-la até seu assento. Amélia não pode deixar de se surpreender com a aparência do Duque e, por algum motivo, ela se sentiu ansiosa durante todo o tempo antes do jantar e ao ver Abel seu coração começou a bater mais rápido do que o normal.

Como um bom cavalheiro, Abel puxou a cadeira para Amélia se sentar e somente depois se acomodou em seu lugar, que estava localizado no lado oposto ao de Amélia.

– Vossa Graça, espero que o local escolhido seja do seu agrado – Amélia iniciou a conversa.

– Esse lugar é realmente lindo, soube que ele lhe foi presenteado pelo Príncipe – Após uma curta pausa ele continuou – Vossa Majestade, se me permite a ousadia por favor me chame de Abel.

Neste momento o Duque não pode ver o rosto de seu secretário, mas se pudesse veria o choque e a surpresa estampados nele, depois que o Duque e a Duquesa anteriores morreram ninguém ousou chamar seu Mestre pelo primeiro nome e, todos aqueles que tiveram a ousadia de fazê-lo, foram severamente punidos.