Alerta: Está história contém elementos que podem servir de gatilho para certas pessoas, se você é sensível à temas como depressão, suicídio, automutilação e etc, recomendo que não leia.
[P.O.V Autora]
Minho sempre foi o garoto certinho da família. Suas notas no final do ano sempre agradavam aos pais e traziam aquela frase tão sonhada: "Eu tenho orgulho de você"; Seu comportamento era exemplar, sempre seguindo exatamente cada uma das regras de etiqueta básica; Quando saia para eventos ou aparecia na mídia, nenhum fio de cabelo estava em pé; Sua bondade era enorme, sendo alguém carismático e generoso. Bom, o que mais poderia se esperar de um filho de pessoas tão ricas como seus pais? Lee Minho tinha que ser perfeito, sua vida era fotografada desde o primeiro suspiro neste mundo, e desde então, teria que agir com perfeição.
Mas é o que dizem, ninguém é perfeito, nem mesmo o impecável Lee. Durante o dia, sua performance era muito bem calculada, no entanto, de noite ele era uma bagunça. Minho se perdia em sua mente na calada da noite, chorava por horas à fio, querendo que um "Eu te amo" vindo de seus pais não viesse em troca de seu bom desempenho na mídia ou que não precisasse fingir ser alguém que não era em todos os dias de sua vida infernal. O rapaz não sabia mais quem era, apenas fingia ser um boneco de plástico sem graça o tempo todo, mas ali em seu quarto, questionava sua própria existência. Os anos passaram, e o garotinho angustiado com problemas pessoais virou o rapaz suicida que tentou resolver eles.
Minho deveria ter pensado melhor em sua tentativa de suicídio, é claro que tentar se enforcar não daria certo, aquela maldita mansão tinha câmera até nos banheiros e guardas noturnos com audição muito apurada, e em menos de dois minutos, já estava sendo retirado de sua forca e levado ao seu quarto. Seus pais gritaram com ele a noite toda, dizendo que estava possuído por um demônio. Aquele era outro fato que o atormentava, a família do Lee era muito religiosa e sempre tentava fazer com que ele seguisse a religião, por mais que não quisesse e não concordasse. E na manhã seguinte, o jovem estava sendo levada para um manicômio... Digo, uma clínica de tratamento, e para os mais chegados, a Clínica Smile.
O Lee entrou naquele lugar com medo, seus pais o seguravam pelos braços tão forte que chegavam à machucar, ele só queria estar bem longe dali agora, talvez no lugar que seus pais chamavam de Paraíso ou Céu, mas segundo eles mesmos, seu caminho para o Inferno estava reservado. Enquanto seus pais faziam sua internação por "Tempo Indeterminado", Minho admirava a entrada do local. Não se parecia nada com os manicômios que vira nos filmes, as paredes eram coloridas e cheias de cartazes motivacionais, e as roupas dos funcionários não eram tão assustadoras, eram brancas e cheias desenhos bordados, um lugar realmente tranquilizador.
Quando menos esperava, seus pais já não estavam mais no local, apenas o haviam jogado lá e ido embora sem dizer um adeus, entretanto, não era como se o Lee sentisse falta daquilo, a frieza deles já era mais que comum em sua vida. Uma doce mulher apareceu na sua frente pedindo que o acompanhasse. Ela se identificou como Sulli, e cuidaria dele até que estivesse melhor e pronto para voltar para sua casa. Minho foi levado até seu quarto e se surpreendeu com o local: Era um quarto em tons de azul diversificados, e apesar de pequeno, era bem mobilhado, com uma cama de solteiro um pouco maior, um guarda-roupa e uma cômoda pequena, aonde todas as quinas eram protegidas e o quarto não possuía nada cortante para evitar... Acidentes.
─ Seus pais trouxeram algumas roupas suas, elas já estão em seu armário. ─ Disse a mulher com um sorriso gentil. ─ Se quiser colocar uma roupa mais confortável, eu estarei te esperando lá fora. Você irá passar por uma breve consulta para sabermos como te medicar, já recebemos seu prontuário médico, mas achamos melhor avaliarmos você de novo, Minho.
─ Obrigado, senhora Sulli. ─ Se curvou para a mulher, ainda tentando parecer aquele garoto perfeito das telas, ele simplesmente não conseguia parar de usar sua máscara polida. Pelo menos havia gostado de Sulli. ─
─ Não há de que. E aliás, pode me chamar só de Sulli, não sou tão velha assim. ─ Brincou enquanto abria as janelas do quarto e o Lee pode notar algumas grades em sua janela, mesmo que se quarto ficasse no primeiro andar do local, á cima da recepção e as demais áreas comuns da clínica. ─ Depois podemos ir ao refeitório se estiver com fome.
Minho assentiu e ela saiu em seguida, assim podendo estar sozinho, não havia percebido, mas ainda estava disfarçando seu verdadeiro eu. O verdadeiro Lee Minho é apenas um garotinho quieto, que detesta ficar com muitas pessoas ao seu redor, que gosta de se perder em seus próprios pensamentos e viajar em seus sonhos. O verdadeiro Minho tem pavor de câmeras e simplesmente odeia ter que fingir carisma com quem não quer... O verdadeiro Minho nem se quer gosta de mulheres, como seus pais sempre o ensinaram e como o fizeram paquerar dezenas de mulheres...
Finalmente Lee Minho poderia ser seu mais puro e verdadeiro eu.
Continua...
Espero que gostem da minha mais nova obra, estou entusiasmada com ela e quero trabalhar bem o sentimento que desejo transmitir. Amo vocês, kissus ❤️✨
Capa por @_jaemsfairy
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Mask [MinLix - Stray Kids]
Fanfic[CONCLUÍDA] "Por quanto tempo você pode segurar sua máscara? Por quanto tempo você vai fingir que está tudo bem e que não está se afundando em um mar de melancolia?" Iniciada: 01 de Agosto de 2022 Postada: 12 de Abril de 2023 Finalizada: 24 de Maio...