Quando a chuva passar...

Capítulo 6

Olá amores... desculpe algum erro e pela demora. Capítulo sem revisão!

2/5/2015

-Vamos lá, respire fundo! Você não é uma covarde... Mostre pro bastardo que você tem sangue correndo nas veias...

Clara falava para si, enquanto tomava coragem diante da situação. Estava uns bons segundos na frente da porta do escritório do seu adorável-esposo-cretino-filho-de-uma-mãe. Ela não aguentaria mais aquilo. Não, já era hora de dar um basta em tudo aquilo.

Sem esperar mais nenhum minuto, ela entrou com tudo no escritório. Quando entrou, a primeira coisa que viu foi seu odioso marido sentado na sua cadeira de couro legítimo e se sentido o rei do mundo. Babaca. Seu sócio e sua assistente estavam sentados do outro lado da mesa enquanto Luca estava na videoconferência. Ele iria saber com quem estava se metendo. Ela não o deixaria mais controlá-la. Daria um jeito de mudar sua vida, não ficaria mais um minuto na sua gaiola de ouro.

Em passos largos ela se dirigiu a sua mesa. Eles estavam tão concentrados na reunião que não perceberam sua entrada triunfal. Aproveitando o momento, ela baixou a tela do computador com tamanha força que sentiu o vidro estralar sob sua mão. Ops! Não era aquilo que ela queria fazer, mas em uma guerra alguns saldados são feridos e o pobre computador portátil foi a vitima da vez.

-Preciso conversar com meu marido... –a voz chamou sua atenção. Atônito, ele subiu seus olhos para ver o furacão que tinha entrado em sua sala e encontrou o olhar nada amigável da sua não tão doce esposa. Se olhar matasse, ele estaria mortinho da silva. E mesmo zangada, ela era a mulher mais linda que ele já tinha visto. Aqueles lábios tremendo em cada respiração, os cabelos desalinhados e as bochechas vermelhas pelo acumulo de adrenalina na sua corrente sanguínea a deixava mais adorável ainda. Oh Cristo, ele estava perdido. Como conseguiria se manter longe dela?

-Mas senhora... –sua assistente tentou falar, mas foi cortada com um simples gesto da mão de Clara. Sem ao menos se virar para a pobre garota ela falou: - Por favor, senhorita Melo retire-se. E isso não é um pedido é uma ordem! –Interessante, a gatinha tinha garras! Pensou Luca. Sua assistente ficou sem reação, ela olhou em sua direção esperando alguma ação por parte dele. Pobre garota! Essa luta era de Titãs e sua esposa iria engolir a pobre garota e cuspir fora. Se engava quem via aquela camada de garota doce, aquilo só era uma camada superficial. Luca apenas assentiu para que sua assistente saísse. A garota bufou, pegou suas coisas e saiu do escritório.

-Eu... Eu acho que vou me retirar também... –Luca ou viu os gaguejos do amigo, mas não conseguiu desviar o olhar da mulher que estava bem na sua frente. –Bela bun... hum... bela entrada, quero dizer.

Pela primeira vez depois da entrada estrondosa, Luca viu o resquício de um olhar envergonhado. Pois o bastardo estava olhando para a bunda da sua esposa e era como se ela estivesse percebendo agora os seus trajes nada conservadores.

-Desculpe-me por isso Caleb, mas eu preciso falar com Luca... -finalmente ela tinha desviado o olhar.

-Sem problemas, estou saindo. E não se preocupe Luca, falarei com o nosso cliente. Direi que houve um pequeno problema com a conexão e remarcarei a reunião. –Caleb pegou suas pastas e se levantou.

-Obrigado e Caleb...

-Sim?-Ele se virou antes de sair.

-Se você olhar para bunda dela de novo, furarei seus olhos com estes grampos. Estamos entendidos? –Luca falou segurando o grampeador na mão. Seu amigo apenas deu um sorriso.

-Entendi senhor-sou-todo-possessivo-com-minha-esposa. Mas algumas visões vale apena correr risco. Parabéns senhora Ferraz, você tem uma abundante beleza. –Disse lançando um olhar apreciativo para a esposa do amigo e antes de Luca reagir o bastardo saiu do escritório sorrindo.