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Pesadelo

Acordei com as os feixes de sul na minha cara, xinguei baixinho sentindo um desconforto e a noite passada veio com tudo em minha mente, me sentei na cama vendo que estava vazia e fui tomar um banho gelado pra acordar, minha mente já estava a milhão e eu tentei não ter uma crise de pânico durante o processo até descer para comer alguma coisa, eu só realmente esperava que  a Laura estivesse certa e que eu não traumatizei minha irmã ou a forcei de nada

Vinte minutos depois eu descia as escadas só com um short de malhar enquanto ajeitava meus cabelos ainda molhados com os dedos, escutei o barulho de televisão ligada e alguns pedreiros já trabalhavam no quarto de hospedes, cheguei a sala tendo a visão da Giovanna em pé atrás do balcão tomando um café, seus olhos estavam vermelhos e visivelmente inchados, só a sensação dela ter chorado partiu meu coração no bagulho,  mas ontem eu não ia conseguir encara-la, precisava de um tempo para por a cabeça no lugar

Giovanna: Dani-ela sussurou com a voz baixa enquanto descia do banco e vinha correndo em minha direção, escutei seus soluços e a peguei no colo enquanto acariciava seus cabelos

Pesadelo: Calma-a acalmei afagando seus cabelos

Giovanna: Me desculpa Dani, eu sei que fiz merda-soluçou enquanto se agarrava a mim

Pesadelo: Vamos subir para conversar-murmurei enquanto ela escondia a cabeça no meu pescoço, subi com ela no colo igual quando ela chegava bêbada e dormia no sofá, fechei a porta do quarto com o pé e ela se sentou na cama em posição de buda

Giovanna: Deus, eu não consigo te olhar-me sentei encostado na cabeceira de maneira que ela ficasse de frente pra mim

Pesadelo: Eu que devia me sentir assim, a culpa foi  minha-falei já sentindo o gosto amargo em minha boca e ela me encarou sem entender

Giovanna: Como assim?-perguntou confusa

Pesadelo: Eu devo ter forçado a barra de alguma maneira

Giovanna: É isso que você pensa?-senti ela se aproximar de mim sentando entre as minhas pernas

Pesadelo: Sim, por qual outro motivo você me beijaria?-perguntei como se fosse óbvio

Giovanna: Por que eu quis Dani, foi esse é o motivo de eu ter te beijado, você não me forçou ou obrigou a nada-foi como um balde de água gelada em meu corpo

Pesadelo: Como assim?-foi a vez de eu perguntar

Giovanna: Eu não sei, só...-ela parou para pensar-Parecia certo

Parecia certo, a frase ecoou em minha mente e eu realmente achei que tivesse em um sonho

Giovanna: Me desculpa se eu te magoei ou te traumatizei-disparou-Você deve estar pensando que eu sou uma louca ou algo do tipo-seus lábios tremeram-E eu vou entender se você não quiser mais falar ou olhar pra mim, só por favor, me desculpa, eu...

Puxei sua boca contra a minha e colei nossos lábios, diferente de ontem, eu devorei sua boca, Giovanna demorou alguns segundos para sair do choque e passou as unhas pelo meu cabelo fazendo um arrepio correr meu corpo, pressionei meu corpo contra o dela enquanto ela montava em meu colo, puxei sua cabeça para encarar bem seu rosto

Giovanna: O que a gente tá fazendo?-murmurou contra minha boca enquanto encostava sua testa na minha

Pesadelo: Eu não faço ideia-respondi com a voz rouca e carregada

Não demos espaços para nada, colamos nossas bocas novamente totalmente perdidos no que sentíamos, sabia que era errado pra caralho e que quando saíssemos da nossa bolha o bagulho ia ser diferente, mas por enquanto eu iria aproveitar cada segundo disso.

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Ai gente, o Dani é o meu cristal

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Perdição-Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora