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Giovanna

Dani nunca dirigiu tão rápido, chegamos ao Rio por volta das nove da manhã, no momento que eu desliguei o telefone subi para arrumar minhas malas enquanto o Dani resolvia com a diarista para ficar de olho na obra que terminava semana que vem, um bolo na minha garganta se formou ao pensar nos meus pais e na minha situação, se antes seria difícil, agora estava impossível, foquei em arrumar tudo o mais rápido para ir conversar com a minha mãe, mandei mensagem para minha dinda e minha tia que avisaram estarem com ela enquanto meus dindos estavam com meu pai

O carro subiu o morro liberando nossa passagem e eu me senti tensa, tamborilei os dedos enquanto o Dani estacionava e ele me puxou para o seu colo assim que desligou o carro, como os vidros eram escuros não dava pra ver nada do lado de fora

Pesadelo: Eu amo você amor e nada vai mudar isso, vamos ajudar nossos pais e depois resolvermos nossa situação-acenei com a cabeça mordendo os lábios para não chorar

Giovanna: Eu também amo você

Dani puxou minha boca e me deu um beijo lento enquanto fazia carinho na minha coxa, fiquei um tempo com ele dentro do carro e depois descemos juntos, peguei minha bolsa no banco de trás e entrei em casa sentindo o clima pesado, minha mãe estava no telefone enquanto minhas madrinhas estavam no sofá conversando

Micaela: Garota, esqueceu que tem tia?-levantou e me abraçou, já sabemos da onde o Gui puxou o drama

Giovanna: Estava enrolada com a faculdade

Micaela: E você, irresponsável? Tá achando que só por que tem dois metros de altura não pode ir passar uma tarde com a sua tia preferida?-ela o abraçou e a minha dinda revirou os olhos

Manu: Eu sou a tia preferida-resmungou encarando nossas mãos entrelaçadas e vi nos seus olhos que ela sabia pelo sorriso que ela deu

Micaela: Nos seus sonhos, querida

Giovanna: Cadê meu irmão?

Micaela: Lá em cima

Giovanna: Vou lá falar com ele-avisei e abracei o Dani que me deu um beijo na testa e sentou no sofá esperando minha mãe sair do telefone, pela sua voz percebi que ela tinha chorado ou estava chorando, acho que estava falando com a minha vó

Subi as escadas e fui direto para o quarto reserva do meu irmão, tanto ele tanto o Dani já moravam sozinhos fazia tempo, mas os dois tinham um quarto reserva aqui, eu era a única que  ainda morava com meus pais, bati na porta do quarto que ficava no final do corredor e o encontrei sem camisa jogando vídeo game, fiz uma cara de nojo e joguei a camisa pra ele

Giovanna: Não sou obrigada-falei me sentando na cama enquanto ele vestia a camisa

Era nesse momento que eu via a diferença de sentimento que eu tinha pelo Dani e pelo meu irmão,  olhar para o Guilherme era tipo olhar para um poste, já se fosse o Dani eu ficaria babando em seu corpo por horas, como eu já tinha feito diversas vezes

Pitbull: Chegaram rápido

Giovanna: Viemos no mesmo momento que você ligou-peguei um controle perdido a liguei-O que aconteceu?

Pitbull: Não sei, escutei o grito dos dois e  quando cheguei aqui minha dinda tava abraçada na minha mãe que não parava de chorar, meu dindo me explicou por alto que eles brigaram por alguns problemas do passado e nosso pai saiu de casa

Eu já tinha reparado que eles dois estavam brigando mais que o normal, minha mãe de uns tempos pra cá também estava trabalhando mais e era visível o estresse e o cansaço que ela estava, durante dias ela estava mal dormia, comia e ia trabalhar

Giovanna: Você acha que tem volta?

Pitbull: Acho que sim, eles dois não vivem um sem o outro, nossa mãe está sobrecarregada e o nosso pai estressado por ciúmes, mais tarde vou lá conversar com ele-seu tom de voz era triste

Giovanna: Se eles se separarem eu não sei como vai ser, nossa mãe vai ficar arrasada e nosso pai eu nem consigo imaginar

Pitbull: Eles não vão, muito tempo de casado deve gerar essas crises-apoiei minha cabeça em seu ombro

Giovanna: Tô preocupada-confessei

Pitbull: Não fica, eles vão ficar bem, não tem um mundo onde General e Júlia não estejam juntos, não nessa vida

Me surpreendi ao ver ele sério e preocupado, geralmente meu irmão era mais solto e sempre com uma piadinha nos lábios

Giovanna: Vou descer pra falar com ela-desliguei o controle e levantei da cama beijando sua bochecha

Tava saindo do quarto quando ele me chamou e eu parei na porta

Pitbull: Da próxima vez que você e o Dani forem viajar, sejam mais discretos-minha boca se abriu em um O perfeito e senti meu rosto pegar fogo

Giovanna: Como você sabe?-perguntei preocupada com a sua reação

Pitbull: Câmeras de segurança, anta-respondeu como se fosse óbvio e pela minha expressão de choque ele continuou-Eu desliguei no dia que te liguei na piscina

Porra, como eu fui burra, esqueci das câmeras

Giovanna: E você não liga?

Pitbull: Não-deu ombros pausando o jogo-Acho que dividirmos a placenta nos deu uma conexão estranha, não sei como nossos pais não repararam os olhares de vocês-sua expressão se tornou séria-Eu quero que você seja feliz Gigi, eu amo você e não consigo imaginar em um filho da puta melhor que o babaca pra cuidar de você, por mais que eu queira matá-lo nesse momento

Fiquei impressionada com sua fala, geralmente nós funcionávamos na base da implicância vinte quatro horas por dia deixando nossa mãe louca, por isso fui até ele e o abracei dando um beijo babado que ele odiava na sua bochecha

Giovanna: Eu também amo você-apertei sua bochecha e ele me empurrou devagar

Pitbull: Nojenta-limpou minha baba-Quero aquela sua amiga de cabelos cacheado e bunda grande-levantei da cama e revirei os olhos

Giovanna: Maya é lésbica-respondi saindo do quarto

Pitbull: Não tem problema, eu amo ménage-gritou do quarto e eu fiz uma careta

Giovanna: Vai se tratar seu nojento-gritei de volta escutando sua risada e um peso saiu de cima de mim

-1 para eu ter que lidar, agora só faltava resolver a situação dos meus pais

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Bom dia amores, querem um capítulo do General?

Esses dois sempre me dando dor de cabeça....

25 comentários e 20 curtidas para o próximo capítulo.

Perdição-Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora