Vou fazer bom aproveito dele

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Dia após dia nessa vida miserável, Pete caminhava para a escola durante a manhã mais uma vez descontente com tudo.

- ME DIZ UNIVERSO QUANDO TUDO ISSO VAI ACABAR! - o dia mal havia começado e Pete já estava estressado por conta do acontecido da noite passada.

A mãe e o padastro o atormentaram, queriam que ele vendesse seu corpo pois os dois estavam endividados e precisavam de dinheiro.

O garoto sem querer se meter no problema dos dois e cansado de ser atormentado escapou para a casa do amigo, onde passou a noite, apesar de tudo teria que voltar para casa pois seus pertences estavam todos lá, se ele soubesse o que estava para acontecer não teria voltado naquela noite.

Depois de mais um dia na escola, foi para o trabalho junto com o amigo, dali ele tirava seu sustento, porque se não fosse pelo emprego de meio período ele passaria fome.

O dia foi quase tranquilo se não fosse por uma sensação ruim que o deixou com um leve mal- estar, e ao entardecer a sensação foi ficando pior, ele achou que poderia ser mais uma de suas crises e se esforçou ao máximo para parecer que estava tudo bem.

Como sempre no final do expediente Pete fechou a cafeteria e retornou a sua medíocre casa, chegando às oito da noite, ao adentrar o local foi diretamente para seu quarto arrumar seus pertences, já decidido de ir embora.

Tudo já estava pronto para sua saída de lá, quanto de repente escutou a porta da frente ser derrubada, ele começou a tremer e suar frio já sabendo que vieram acertar as contas com os dois mais velhos.

- P-Por favor senhor... nós vamos te pagar - ele pôde ouvir seu padastro dizer com uma voz falhada.

- CALE ESSA MALDITA BOCA SEU VICIADO DE MERDA -o barulho de um corpo sendo jogado no chão pode ser ouvido.

- De mais uma chance a nós dois, prometo não cometer o mesmo erro de novo senhor, por favor senhor- a sua mãe implorava com uma voz chorosa.

- Eu não dou segundas chances, vocês sabiam das consequências ao roubar todas aquelas drogas.

- Senhor eu tenho um filho não posso deixa-lo sozinho.

- Você não precisa se preocupar vou fazer bom aproveito dele- Vegas deu risada antes de continuar a falar - Chega de conversa, a morte de vocês será rápida então calem a boca.

Os dois viciados estavam de joelhos prontos para serem executados, choravam e pediam incansavelmente por suas míseras vidas, pedido que não foi acatado por Vegas que friamente atirou à queima roupa na cabeça dos dois dando fim às suas vidas.

Pete

Eu estava tremendo e suando frio já sabia o que aconteceria aos dois e não quero me juntar a eles, olhei para a janela do meu quarto, essa é a minha única saída se eu cometer algum erro vai me custar vida.

Eu escutava os dois implorando e apesar de tudo que eles me fizeram eu sinto pena deles, tenho pena da minha mãe, por que foi entrar nesse mundo e agora provavelmente vai acabar em uma cova rasa, eu já tentei convencer ela a parar, mas ela sempre me batia ou me xingava aos poucos eu desisti dela.

Agora tenho que tentar me salvar, coloquei em prática a minha fuga, fui abrindo a janela bem devagar para não fazer barulho ela é muito velha e enferrujada o que dificulta a sua abertura, estava quase lá, mas o som de tiros me assustou fazendo eu puxar com força.

Eles me ouviram com toda certeza, pois assim que me joguei pela janela a porta do meu quarto foi derrubada escutei gritos e xingamentos, então corri como se não houvesse o amanhã, consegui chegar a uma estrada e parei para recuperar meu fôlego.

- Universo me desculpe reclamar da minha vida, nunca mais farei isso novamente.

Caminhei para casa do meu amigo me escondendo ao máximo, fiquei meio paranóico pois achei que estava sendo seguido. Consegui chegar vivo na casa de Porsche.

- Cadê suas coisas Pete?- eu havia combinado de vir morar com Porsche no dia anterior, mas com o que aconteceu não consegui trazer nenhum pertence.

- Eles venderam tudo para comprar drogas- menti porque não queria deixá-lo preocupado.

- Àqueles malditos... Não ligue para isso você pode usar as roupas junto com meu irmão vocês tem a mesma altura, agora vá tomar um banho sua aparência está terrível.

- Obrigado, não quero incomodar seu irmão eu vou comprar novas roupas.

- Pode parando por aí, não não você não incomoda ninguém vou ficar feliz em dividir minhas roupas com você- Porschay apareceu de repente.

- Obrigado você é um garoto de ouro.

- Agora venha tome um banho vou preparar alguma coisa para comermos.

Tomei banho, me forcei a comer a macarronada de Porsche a comida estava boa, mas eu ainda estava em choque, terminei de me alimentar e deitei, não conseguia pregar os olhos, fiquei pensando que talvez eles estivessem me procurando para me executar também, o que me deixava cada vez mais ansioso.

- Pete você está bem? - Porsche se sentou ao meu lado.

- S-sim.

- Não minta para mim, eu sei que você está mentindo sobre o que aconteceu - depois que ele falou isso eu comecei a chorar.

- Estou com medo.

- Os dois não podem fazer nada eu vou proteger você.

- Eles estão mortos, o assassino deles pode vir atrás de mim, eu não quero morrer daquele jeito horrível.

- Você não tem nada haver com as coisas que eles fizeram, vai ficar tudo bem, eu vou proteger você deles- ele me abraçou, ele é como meu irmão mais velho que eu nunca tive.

- Obrigado obrigado, não sei o que seria de mim sem você - depois disso Porsche me deu um comprimido para ajudar a dormir só assim consegui descansar naquela noite.


CONTINUA...

Até o próximo bjs ꒰⑅ᵕ༚ᵕ꒱˖♡

Meu pequeno animalOnde histórias criam vida. Descubra agora