Um Amor a Distância

8. Capítulo Oito: O menino novo

Hoje é dia vinte e três de março e faz um mês que estou conversando com Enzo. Ele me disse que ia da um jeito de vir a minha cidade, da pra acreditar?

Ele não me falou nada sobre estar gostando de mim, sinceramente eu acho que ele só me ver como amiga.

- Amiga me empresta sua borracha - diz Beatriz apontando seu dedo para meu estojo.

Passo minha borracha para ela. E logo a professora chama a atenção da turma.

- Turma, temos um aluno novo, esse é o Guilherme, ele veio de outra cidade e espero que façam amizade com ele.

- Ele é gatinho - diz Beatriz olhando para mim.

Ele vem na minha direção, ele vai falar comigo? Por que é que ele está olhando para mim com essa cara?

Ele passa direto e logo se senta na cadeira vazia atrás de mim.

Ok, ele é uma gato e esse gato está sentado atrás de mim!!

Eu sinto ele se inclinando, estou suando, ele vai falar comigo? Por que ele está chegando tão perto de mim?

- Oi, você poderia me emprestar uma caneta por favor, a minha estourou enquanto eu vinha pra cá - diz ele com uma voz grossa e rouca.

Sua voz parecia de dublador de personagens em que toda menina fosse apaixonada, tipo caras sérios que não ligam para nada. Ele tinha um estilo mais despojado tipo menino rebelde. Sua mochila era cheia de figurinhas com nomes de bandas e fotos aleatórias de skates e ruas quando estão de noite.

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Deu a hora de ir embora, eu e Beatriz vamos direto para biblioteca procurar um livro para podermos fazer um trabalho.

Logo após ela vai embora e eu continuo na biblioteca lendo um livro que me chamou atenção. Era um livro empoeirado que falava sobre bruxas amaldiçoes. Vai que eu encontre algo sobre aquilo que tanto me assusta.

- Lendo oque? - chega o menino novo do nada.

- Que susto garoto - falo.

Eu realmente estava assustada. Eu estava lendo uma parte do livro em que falava de teletransportes. E que dizia que era um poder natural das bruxas. Mas sabe o pior? que quando eu era nova minha vó me falava essas coisas.

- Por que você está lendo livro de bruxas?

- Não é da sua conta - falo irritada.

- Nossa que menina mal, pera ai - ele faz uma pausa dramática - Você é uma bruxa?

Não sei oque falar, estou imóvel, e se, eu realmente for?

Ele solta uma gargalhada. Não o entendo.

- Tchau bruxa, vou pra casa que ganho mais - ele sai direto pro corredor.

- Espera - grito correndo atrás dele.

- Diga moça.

- Você acredita em bruxa?

Ele começa a rir e percebo que não era pra eu ter perguntado isso.

- Eu só acredito no que eu vejo. Se eu visse uma, eu acreditaria. Por que? Você é uma?

- Aaah - gaguejo - Não, obvio que não, até por que isso não existe.

- Então tá bom, eu vou indo. Até mais bruxinha bonita - ele dá um sorriso de canto e vai embora.

É hora de eu ir também.

Mas antes eu pego o livro coloco na minha bolsa e levo para casa.

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CONTINUA...