𝑪𝑨𝑷𝑰́𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑫𝑬𝒁𝑬𝑺𝑺𝑬𝑰𝑺

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Não revisado.

[...]

        𝐄ssa é a primeira vez que eu sou convida para um encontro e levo um bolo....

   Ele marcou às nove mas agora já passavam das dez, eu tentei ligar porém só dava caixa postal, acabei desistindo depois da sétima tentativa, estou começando a me irritar....

— Será que ele se perdeu no caminho? — Me debrucei na varanda da minha casa, as ruas estavam super escuras é só podiam ser vistas por causa da luz do poste, a maioria estava aceso mas mesmo assim não tinha muitas pessoas— Deve ter tropeçado em uma pedra e quebrou o pé, tenho certeza.

   Acho que vou dormir...se ele não apareceu até agora não vai aparecer mais.

— Já deu...— Me virei para entrar e assim que dei o primeiro passo ouvi alguém correndo, não olhe... não olhe....

— Ei! — Ouvi sua voz atrás de mim, ele está atrasado...— Você não está brava... né? Eu juro que foi por uma boa causa.

— Eu imagino — Cruzei os braços — Está tarde... é melhor você....

— Não vai me olhar? Eu trouxe um presente.

— Nada que você me dê vai....— De repente, ouvi um latido, isso seria... não....ele não fez isso...— Tá brincando?...— Quando me virei tomei um leve susto, ele estava segurando um cachorro...era um Golden retriever ainda filhote— ....sabia que esse cachorro é a sua cara? — Soltei uma risada sem querer, é fofo...

— Deveria ser a sua já que é a dona— Ele subiu as escadas até parar na minha frente.

  Que?

— Dona? Eu?? — Olhei para o cachorro — Esse é meu presente? Mas eu já tenho uma gatinha...

— Eu sei, Nana é um amorzinho então eu tenho certeza que ela não vai se importar com o Zeus.

— Zeus? Já escolheu o nome do cachorro? Achei que ele era meu — Dei um sorriso.

— Então já aceitou?— Se aproximou mais — Não quer segurar? Ele é mais dócil do que parece, não tentou fugir nenhuma vez desde que o peguei na adoção.

  Segurar ele significaria que eu aceito o presente?...

— Me parece um bom garoto — Peguei ele no colo e o ajeitei em meus braços, o filhote não latiu, pareceu até relaxar ainda mais ao ponto de fechar os olhinhos e cochilar, é mesmo dócil...— Eu adorei...— Falei sentindo o coração do pequeno, é reconfortante...me lembra um cachorrinho que eu tinha quando era criança, infelizmente tivemos que sacrificar ele porque ficou doente, depois disso eu nunca mais quis ter um cachorro....— Obrigada....— Notei meus olhos lacrimejarem, eu tinha me esquecido daquele sentimento ruim quando minha mãe o levou, mas agora tenho um novo amiguinho, vou fazer de tudo para que não fique doente nunca...— Quer que seja Zeus?...não é um nome ruim, é como foi você quem escolheu....

— Eu apenas o vi na internet ou algo assim, mas você pode escolher qual quiser— Segurou meu rosto com ambas as mãos — Está chorando? ... porque? Eu...

— Estou bem, mesmo...— Dei um sorriso — Eu posso... chama -lo de Blue?

   — Ele não é azul S/n....— Soltou uma risada — E muito menos uma arara.

— Está falando do filme?— Ele assentiu— A mas...eu quero chama-lo assim, azul me lembra você...— Falei baixo— Gosto de azul....

— .... então eu acho que não tem problema — Beijou o cantinho dos meus olhos — O Blue está feliz, não é?— Olhou agora baixo, o pequeno estava dormindo — Você ainda...quer sair? Eu juro que planejei várias coisas mas não tenho certeza se estão abertas...

𝑴𝑬𝑺𝑴𝑶 𝑸𝑼𝑬 𝑽𝑶𝑪𝑬̂ 𝑵𝑨̃𝑶 𝑴𝑬 𝑨𝑴𝑬Onde histórias criam vida. Descubra agora