odeio te amar

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Sentadas na cama de Natasha, era assim que se encontravam. Em meio a conversas, mesmo que o filme passasse na tela da TV, elas comiam os petiscos e trocavam assuntos aleatórios.

– eu acho que estou apaixonada.– Natasha falou após alguns minutos em silêncio.

S/n levantou o olhar de imediato, olhando nos olhos verdes da ruiva, tentando achar um rastro de que aquilo fosse mentira.

– eu sei que parece que eu não tenho coração– continuo.– mas estou apaixonada, de verdade.– sorriu.– sabe todos aquelas sensações clichês que sempre dizem sentir quando se apaixonam? Eu sinto.

– isso é muito bom, eu acho.– disfarçou.– quem é?

– Bruce!

– Uau! O Dr? E o que você vai fazer?– perguntou fingindo interesse.

– acho que vou tentar, vou falar com ele, mas eu tenho medo.– roeu as unhas.– fala com ele? Tipo, você trabalha junto com ele no laboratório então, pergunta o que ele acha de mim, ou se ele gosta, tem interesse em mim.– pediu.

– Natasha, eu não posso fazer isso, quem tem que fazer é você, não eu.

– por favor s/n, só pergunte se ele tem algum tipo de interesse em mim, por favor.– implorou.

Sua mente gritava para dizer não, mas seu coração queria apenas que Natasha ficasse feliz. Era uma batalha interna que não sabia controlar, tudo que sentia até aquele momento, seria enterrado no fundo do seu coração, até que desaparecesse.

– hum, ok! Eu faço isso por você.– assim que falou sentiu o corpo da ruiva colidir contra o seu.

– obrigada, obrigada! Você é a melhor amiga que alguém poderia ter.

S/n lutou contra as lágrimas que queriam se formar em seus olhos, ela não deveria chorar, mas a dor era inevitável.

Amiga!

[...]

No outro dia, s/n já estava logo cedo no laboratório, e talvez por obra do destino, Bruce estava lá.

Ela não queria de jeito nenhum falar com o homem, mas queria que Natasha ficasse feliz, e isso era o suficiente para ela falar com ele.

– bom dia Bruce!– cumprimentou o homem.

– bom dia s/n!– sorriu.– como está?

– bem, e você?

– estou muito bem também.– voltou a fazer o que estava fazendo.

– que bom.

Logo após o silêncio tomou conta do laboratório, e cada um ficou em um canto do lugar, fazendo seus experimentos ou o que fosse. Até o momento que Bruce quebra o silêncio.

– hum, s/n!– chamou.

– sim?

– você falou com a Natasha esses dias?

O corpo da cientista parou no lugar, e tentando disfarçar ao máximo, ela se virou para encarar o homem.

– estava com ela ontem depois de chegou da missão, fiquei cuidando dela, normalmente as missões são estressantes.– olhou para o chão.

– oh, então por isso não a vi pelos corredores essas semana.– falou e a mulher concordou.

– Bruce!– o homem a olhou.– você gosta da Natasha?– perguntou com um pesar.

– claro, a Natasha é uma mulher maravilhosa, bonita, inteligente, divertida, legal, corajosa... É, eu gosto dela.– disfarçou.

– ah, sim.– se virou de costas para o dr.– eu vou na cozinha comer alguma coisa e já volto.– avisou e saiu.

Sua cabeça girava com as informações, se Bruce falou tudo aquilo, significa que ele também é apaixonado pela ruiva. Isso quer dizer que se os dois correspondem ao mesmo sentimento, eles podem ficar juntos.

S/n queria não dizer nada para Natasha, ou então mentir, para que a ruiva não ficasse com Bruce.

Ao chegar na cozinha, a cientista encontra Natasha, pegando algo na geladeira.

– s/n! Então como foi?– fechou a porta da geladeira e caminhou até a mulher.– ele falou algo?

– bem, eu perguntei, mas ele pareceu não ter nenhum interesse.– mentiu.

Ela não poderia dizer que os olhos de Bruce chegaram a brilhar, só em falar nela, ela não poderia dizer isso.

– oh, entendi.– murmurou triste.– tudo bem, desculpa ter que fazer você perguntar por mim.– falou pegando seu suco e saindo.

Será que foi o certo mentir?

S/n se perguntava nas próximas horas que passaram.

[...]

Uma semana havia se passado, e nesse pequeno período de tempo, s/n tentou ficar mais próxima de Natasha, mais do que já eram.

Bruce a todo momento se aproximava da cientista, já que percebeu que a ruiva não estava falando se quer uma palavra com ele.

Natasha percebeu essa aproximação de Bruce, mas até achou que fosse s/n que estivesse se aproximando.

S/n estava em seu quarto, já era dez da noite, e ela estava lendo seu livro favorito, os sete maridos de Evelyn Hugo.

Sua porta foi aberta com brutalidade, o que a fez se assustar e deixar o livro cair no chão.

Olhando para a porta, viu Natasha, ela parecia estar brava, muito brava.

– por que mentiu?!

– o que...

– me responde, por que mentiu sobre o Bruce? Você disse que ele não tinha interesse nenhum, mas hoje quando conversei com ele, ele me chamou para sair, dizendo que gosta de mim. Então eu quero saber, por que mentiu?!!!– se aproximou da mulher que levantou da cama.

– Natasha, eu posso explicar ok?

– por que você não quer que eu fique com ele? Não quer me ver feliz? Ou.... Eu já sei o que é.– falou olhando com desgosto para s/n.– você é...– ela não conseguiu falar, apenas se virou e saiu.

– Natasha! Natasha!– s/n tentou chamar, mas foi em vão.

[...]

Um mês depois.

Natasha se afastou completamente de s/n, as vezes nem olhava para a mesma, sempre evitando ao máximo.

Isso deixava a mulher mal, ela quase não saia da cama, com muito esforço dos vingadores, e com muita ajuda de Thor, ela saia.

S/n se via muito mal, Natasha havia se aproximado muito de Bruce, e isso deixava a cientista acabada.

Naquela noite todos estavam reunidos na sala de lazer do complexo. Foram todos convocados por Bruce, já que o mesmo queria dizer algo.

S/n foi contragosto, não queria nem se levantar da cama, mas com muita insistência de Thor, ela foi.

– queríamos dizer isso para todos vocês, já que moramos aqui todos juntos, vocês precisam saber disso.– Bruce começou.

Natasha se levantou indo até o homem, ficando ao seu lado. Bruce estendeu sua mão na direção da ruiva, e a mesma aceito, entrelaçando seus dedos.

– eu e Nat, estamos namorando, e queríamos que todos soubessem disso, para não precisarmos mais nos esconder.

Todos pareceram em choque, mas logo se levantaram para parabenizar os dois.

S/n tinha seus olhos vidrados em Natasha, e ela via o sorriso no rosto da ruiva, via como ela estava feliz. Isso fez seu coração se apertar, seus olhos ficaram molhados, e no mesmo momento ela saiu de lá, sem que ninguém visse.

Ao chegar no seu quarto, ela desabou no choro, deitando na cama, se agarrando ao seu travesseiro, ela chorou.

– eu odeio te amar Natasha Romanoff!

One-shots Natasha Romanoff Onde histórias criam vida. Descubra agora