Moors?

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-Por quê a raiva se torna algo tão comum na minha vida? O fogo da ira se espalha de forma rápida e o rancor aumenta. Para que serve uma garota de 15 anos com rancores até do vento? Acontece que cresci no lugar errado! Se eu fosse de um lugar magico, ou no mínimo pudesse mudar de realidade como em um portal ou sei lá. Se em qualquer lugar que eu desejasse conhecer e eu pudesse ir eu seria mais feliz!

É triste sabe que algo lhe foi arrancado. E descobri isso tarde de mais...

MINHAS ASAS FORAM CORTADAS!

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-Vih! Vem aqui! - minha mãe gritava meu nome, sabia que era para ajuda-la com a janta. Como toda sexta feira jataríamos lasanha de frango. Não poderia sair para fora por que estava de pijama teria que ficar na garagem.

Enquanto esperava eu admirava o céu noturno, era algo que eu fazia com frequência, eu realmente gostava disso. Sempre gostei.

-Violetta acorda, pega isso aqui e entra. - minha mãe falava me entregando duas lasanhas.

Dei uma última olhada no céu e pude ver algo caindo. Parecia um grande pássaro caindo, e um menor ao seu lado.

Entrei para dentro e logo minha mãe aparecia com mais dois pedaços. Tratei de jantar antes que meu pai chegasse, pode ser horrível falar isso, mais não gosto muito do meu pai, por vários motivos eu me afastei dele, e não pretendo me reaproximar, até por que não daria em nada.

Janto de forma rápida, pensando no acontecido no céu, eu não sabia o que era, e se fosse um anjo?

Ponho o prato na pia e vou escovar os dentes. Vou arrumar a mochila e a cama para dormir, e depois tocaria o curativo da minha perna, a gata da minha prima atacou a mim e ao meu irmão, tinha sido um estrago maior em mim, ele teve apenas um arranhão na testa e no dedo, e eu estava com a pena e a região da barriga cortados.

Logo que termino vou dormir, são exatamente 21:00 é tarde pra quem se levanta as 05:20.

Posso ter conseguido dormir, talvez até chata sensação de estar despencado de uma altura muito grande. Acordo olhando ao meu redor e me desespero. Não tem nada do meu irmão no quarto, apenas as minhas coisas, me levanto rápido o suficiente para sentir minhas penas perderem a força e minha visão escurecendo. Volto a me levantar e saio do quarto, e tudo estava aparentemente normal. Estava escuro porem ainda tinham luzes , fui a caminho da garagem e outra vez me desesperei quando não vi os carros. Tínhamos apenas um, mas meu tio guardava o dele na nossa casa.

Peguei as chaves e sai pra fora da casa. Arvores e mais arvores ao meu redor. Não sabia se estava sonhando ou não.

Pude sentir lágrimas em minha pele. Ao abrir o portão vi que já não estava na minha cidade e sim no meio de uma floresta. Mas algo fez com que minha mente parasse de se preocupar nem que fosse por um segundo. Fadas, eram o que podia ver, haviam também árvores que andavam, e bichinhos que lembram peixe-bolha. Olhando para cima também podia ver as mesma criaturas que vim enquanto estava em casa. Lembrando no mesmo instante de onde estava sinto minhas penas perderem as forças e novamente o escuro invadindo minha visão. A ultima coisa que vi foi uma mulher com chifres e grandes asas. Acho que foi ataque de ansiedade. Abrindo meus olhos aos poucos percebo estar de volta em minha cama, olhando em volta vejo a mesma mulher e um homem com cicatrizes e roupas negras, por um impulso me afasto gerando um leve susto neles.

-Quem são vocês? - Pergunto me sentando na cama.

-Sou Diaval, e esta é... - Ele não pode terminar a fala, com poucos movimentos de dedos o homem se transforma em um corvo.

-Quem é você e como chegou aqui? Como trouxe uma casa pra cá? - perguntas que nem eu conseguia responder. Tentei me manter calma outra vez, nunca fui assim, sempre soube lidar bem com meus sentimento.

Flos Lunae  - Flor Da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora