apenas viva!

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 Apesar cansada, e muito dolorida eu me levantei e fiz minhas higienes, a água da casa tinha mudado, parecia brilhar ao tocar em minha pele. Ao terminar vou a cozinha e me deparo com ela totalmente limpa, louças em seu devido lugar, pia limpa... Mas o que mais me surpreendeu foi o fato de ter energia na casa outra vez, “o que estava acontecendo?” Eu pensava, olho para a mesa e vejo um prato com pães frutas e um copo de suco. Como e saio para fora com a intenção de caminhar pela floresta.

   O ar passava levemente em minha pele me causando arrepios, vejo o caminho para uma caverna, não deveria ir... Mas eu fui, estava prestes a entrar quando Malévola pousa em minha frente me fazendo cair logo em seguida, sujando meu vestido branco com a lama.

-O que está fazendo criança? – seus olhos brilhavam em esmeralda, estava com raiva de algo, isso era um fato. – Responda!

-Eu queria sair e andar sozinha, me sinto totalmente diferente aqui! – Ela me corta perguntando se eu era feliz aqui. – É lógico, mas como você acha que eu me sinto vindo parar em um lugar em que todos no meu mundo acredita ser fictício! Malévola, eu adoro esse lugar, e a vida aqui, más eu me sinto sufocada por não poder fazer nada sozinha, ter que usar esses vestidos o tempo todo... Eu só preciso que me entenda.

    Eu não esperava que ela realmente entendesse, mas como sempre ela me surpreendeu.

- A partir de agora, sempre que quiser se aventurar em Moors ou em qualquer lugar você me peça permissão. Existem seres que não são tão amigáveis com pessoas novas. – Eu assenti e ela me puxou para o local.

   Atravessamos e vi um vilarejo, e atrás dele um castelo. Malévola passava com desgosto pelo local e seguiu ao Palácio, logo vimos alguém correndo em nossa direção, era Aurora e vinha com um sorriso.

A tarde foi agradável, a fada parecia ficar confortável com o tempo, mas como sempre algo me incomodava, a sensação de me escondiam algo era torturante.  Sou retirada de meus pensamentos ao ver malévola se despedindo de sua filha e falando que o sol tinha dado espaço a lua, logo percebo estar no caminho para a floresta e logo depois em casa, ficando sozinha logo em seguida. Me pregunto “como vou tomar banho”, logo as fadinhas barulhentas chegam para perguntar sobre meu dia, sinceramente, eu não tinha mais paciência para suas vozes finas e irritantes, saio de casa as deixando para trás. Sei que não tenho permissão para me aventurar por ai, mas, não vejo problema em ficar apenas perto de casa.

     Eu apenas queria viver.

Flos Lunae  - Flor Da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora