Os sofrimentos da jovem veterana (ou, um monólogo chato)

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19 de setembro de 2002

Assim como os eventos acontecidos ao longo da história no mês de setembro, os eventos acontecidos no dia 19 de setembro são infinitamente imensos, repletos de tragédias e descobertas que envolvem parte da humanidade.

O meu nascimento, de longe, se configuraria em uma dessas coisas, ao menos se, em um futuro, eu me transformasse em um tipo feminino de Lenin ou até mesmo em um tipo não tão passivo de Gandhi.

A possibilidade de transformação singular, em um mundo plural, em que a singularidade está prestes a se extinguir, apesar de soar um discurso irracionalista pêgo dos filósofos idealistas (ou, até mesmo, dos existencialistas — em que a essência e o nada a nada restam), torna-se praticamente impossível a capacidade de reverberação global a partir de uma singularidade tão plural que não lhe resta mais que a singularidade coletiva.

Configuro a narrativa que vem a seguir, em uma história egoísta datada de um único universo, dentro de uma mente que não tem a capacidade absoluta de ponderar sobre os escritos deixados por inúmeros estudiosos a respeito da sociedade, ou de focar em desenvolver um portfólio para ganhar míseros reais. Tão desvalorizados quanto a minha história.

Não quero soar pessimista, no sentido schopenhaueriano sobre a inação social, apesar de saber que os máximos esforços para mudar o mundo não necessariamente o muda, há uma esperança contida em meu peito de poder levar pessoas à consciência que deveriam ter sobre a realidade concreta.

Sei bem que isto se trata de uma fatídica história de amor, mas não posso deixar de expandir-me em longas palavras introdutórias antes de, de fato, iniciar.

[Página de título da Primeira Edição de "Os Sofrimentos do Jovem Werther, por Johann Wolfgang von Goethe (1749–1832), Leipzig, 1774. Fonte: MeisterDrucke, publicado por: German School].

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