CAPÍTULO 6 - Um futuro promissor

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"Sei lá, só sei que a sorte um dia vem

Quando esse dia chegar

Vou mergulhar nesse seu mar

De sonhos impossíveis

Vou morrer no seu sorriso

E renascer todo dia no seu olhar"

(Sei lá - Projota ft Vitão)

Eric

― Querido, porque você e a Isabella não vão jantar em casa nesta semana? Tenho certeza que ela irá adorar o jantar preparado pelo Gaston.

― Eu iria adorar, Dona Bruna ― Isabella responde

Ótimo, mais um jantar horrível daquele chef fresco da minha mãe. Só me falta agora ela falar que ele vai fazer...

― ... com caviar.

Eca! Odeio caviar. Quem gosta daquela coisa nojenta?

― Eu amo caviar!

Aperto os olhos e coço minha cabeça, irritado. Eu definitivamente precisava de um tempo dos meus pais. Vê-los todos os dias estava me deixando extremamente mal humorado.

― Dor de cabeça? ― Meu pai, Luís Gustavo Albuquerque, pergunta quando aperto os olhos

― Sim... ― Respondo seco.

Eu só queria sair dali, daquele lugar, com aquelas pessoas, me sentia cada vez mais consumido por eles.

Aquele restaurante que eles adoravam, La Maison, era péssimo. Música horrível, comida horrível, só que eu era um Albuquerque e como um Albuquerque eu era obrigado a frequentar, porque ali, só famílias e pessoas importantes frequentavam, mas até o cheiro daquele lugar me incomodava, cheiro de banheiro e cigarros perfumados.

― Pensou sobre nossa última reunião? Estamos contando com você na próxima votação ― Continua

Bufo alto, virando os olhos.

― Claro papai ― Ironizo

Meu pai se aproxima com o olhar de reprovação que eu tanto conheço

― Estamos em um momento de crise Eric, precisamos de pessoas sérias no conselho, de apoio para as melhores decisões da empresa. Daqui duas semanas em todas as reuniões do conselho você terá que participar, então é importante saber que você estará do lado do seu pai.

Dou uma risada alta, atraindo a atenção de Isabella e da minha mãe

― Responde pai, essa pressão toda é porque você realmente quer que eu ocupe o meu lugar no conselho e comece a trabalhar na empresa ou você só me quer ali para ter mais um voto a favor do seu lado contra as idéias do tio Alberto? ― Falo

― Claro que não! ― Aumenta levemente seu tom ― Eu não vou viver para sempre, então enquanto estou vivo quero ter certeza de que você está sendo treinado e está tomando o que é seu por direito.

― Claro que é isso. ― Rio sarcástico.

Minha mãe se intromete na conversa

― Eric... ― Começa ― Nós confiamos em você, confiamos em tudo o que você escolher e decidir para a sua vida.

― Menos a fotografia.

Mamãe me olha feio.

― Eu já disse que vou nessa votação, não disse? Mas frequentar a empresa todos os dias, só após o fim do semestre.

Coração de AçoOnde histórias criam vida. Descubra agora