capitulo dez.

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Olá! Como vocês estão?

Eu pretendia atualizar ontem mas não me senti bem para terminar o capítulo zzz hoje estou bem melhor então cá estou!

Espero que gostem desse (talvez passem um pouco de raiva)

Perdoem os erros e boa leitura 💘








"Espero que esteja sonhando com coisas boas." Pete murmura baixinho na direção de Pen. Ele segura sua mão e aperta seus dedos juntos. "Você merece coisas boas."

O horário de visitas já está acabando e ele tem somente mais alguns minutos. No primeiro instante em que Pete colocou seus olhos sobre Pen, completamente pálido deitado naquela cama, com um tubo enfiado em sua garganta e os pontos da cirurgia de remoção dos projéteis, ele chorou. Foram lágrimas silenciosas escorrendo por suas bochechas enquanto Pete lamentava e odiava todas as decisões tomadas por seu pai que fizeram Pen estar naquela sala durante o tiroteio.

Depois disso, ele se sentou ao lado de Pen, segurou sua mão e conversou com ele. Não sobre como seus últimos dias tinham sido, ou sobre a crueldade Kan Theerapanyakul, Pete falou com ele sobre a infância. Sobre os feriados prolongados nos quais Pen podia voltar para casa e em alguns deles, estava chovendo então eles tomavam banho de chuva no jardim até que alguém estivesse gritando para que saíssem.

Pete conversou com ele sobre sua pré-adolescência, quando seu irmão ainda estava longe e Pym se tornou cada vez mais ausente, e sobre sua adolescência onde ele teve que aprender a lidar sozinho com seus próprios sentimentos uma vez que papai deixou claro que ninguém nunca faria isso por Pete se ele não pudesse fazer. Que ninguém pegaria seu coração nas mãos quando ele precisasse e que ninguém cuidaria de suas feridas.

E por fim, ele prometeu a Pen que descobriria quem havia machucado-o e o faria pagar sangue com sangue.

"Amo você." Pete levanta com cuidado a mão morna de Pen e beija seus dedos com carinho.

Há muitos carros dentro do estacionamento, mas o que chama sua atenção é uma moto estacionada ao lado de seu carro que não estava lá antes. É um modelo novo, como as motos de corrida, com a lataria toda vermelha e pneus tão grossos quanto sua cabeça.

"Você demorou." Vegas de repente surge em suas costas. Ele está encostado em uma das muitas pilastras de concreto, um cigarro entre os dedos e vestindo uma jaqueta de couro.

"Você me assustou." Pete diz a ele, com o coração acelerado. "O que está fazendo aqui?"

"Nós temos um compromisso." Vegas traga o cigarro, depois sopra a fumaça. "Achei que tivesse sido claro ontem."

"Você foi transparente." Pete diz a ele, afastando o cabelo da testa com a ponta dos dedos. Hoje não está tão quente mas o vento sopra forte e bagunça seus fios. "Aonde vamos?"

"Eu não ganho nem um beijinho?" Vegas caçoa, sorrindo. Embora Pete não o tenha visto sorrir muitas vezes, é bonito quando ele faz. Soa sincero.

Ele teve uma noite de merda tentando não pensar sobre o que havia acabado de acontecer com Vegas algumas horas antes. Pete só conseguiu pregar os olhos depois de se esfregar nos lençóis até gozar sobre sua própria barriga enquanto imaginava o sucessor da Segunda Família beijando todo seu corpo da maneira que ele havia feito com seus lábios. Foi torturante e vergonhoso.

"Não sou Pym, obrigado." Pete revira os olhos para ele, virando de costas para evitar o contato visual. Ainda é cedo. "E também não vou subir na sua moto, então você me guia."

"Espera." Vegas agarra seu braço, um pouco acima do cotovelo onde ele sabe que não há ferimentos. "Como está seu irmão?"

Pete olha em seu rosto mas não há nada que demonstre preocupação, talvez curiosidade. Ele também repara que os hematomas que havia no rosto de Vegas estão quase desaparecendo por completo, apenas marcas leves e um pouco de inchaço no supercílio. Pete afia os olhos para perto do maxilar, onde ele tem uma pinta marrom quase no mesmo lugar que a sua.

Twist | VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora