N\A: esse capítulo contém leves xingamentos homofóbicos e preconceituosos!
Boa leitura!
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- Minha mão vai cair!- Ranpo cochichou para Poe enquanto inclinava a cadeira para trás.
-Assim você vai cair!- cochichou de volta um pouco preocupado.
No minuto seguinte os alunos escutaram o sinal tocar, começaram a arrumar seus materiais para saírem da sala.
- Bom alunos, foi isso que vamos estudar nas próximas aulas.- Richard terminou de copiar o conteúdo que irá ser trabalhado nas próximas aulas no quadro.
Poe e Ranpo começaram a arrumar seus materiais para mudarem de sala, Ranpo olhou de relance para o lado de poe e percebeu que suas anotações eram diferentes das dele, Poe não escreveu nada do quadro, ele ficou escrevendo poemas e textos o tempo todo.
- Você gosta de escrever? - perguntou Ranpo olhando para o caderno de Poe na tentativa de ver o tinha escrito.
- A-a isso? Não é nada- Poe rapidamente fechou seu caderno e escondeu ele dentro da mochila, ficou um pouco constrangido sobre a situação, não gosta quando alguém quer ver seus escritos.
Ranpo riu do seu rosto avermelhado de vergonha e depois pegou sua bolsa no chão e caminhou até a porta, esperando seu novo amigo.
- Ei Poe, qual é a sua próxima aula? - Ranpo perguntou
- Minha próxima aula? Deixa eu ver...- Poe tirou um papel dobrado que estava em seu bolso. - É matemática, a professora esqueceu de colocar a sala, só tem o andar.- Poe disse e logo pôs sua bolsa em suas costas .
- Que droga hein! Odeio matemática! - Ranpo falou com ódio. - A minha é a aula de ciências, espero muito que esse professor não escreva a bíblia no quadro.
Poe seguiu Ranpo até a porta, começaram a andar pelos corredores até chegar na primeira escada, que seria aonde iriam se separar.
- Então beleza Poe, até a próxima! - Ranpo abriu um sorriso de orelha a orelha para Poe que também foi retribuído.
- Até...- Poe disse com um leve sorriso que surgiu em seu rosto, subiu as escadas em direção a sua sala no segundo andar, porém não sabia qual sala iria ser a sua aula de matemática.
Surgiu a ideia de ir ao banheiro na esperança de encontrar alguém que fosse da sua sala de matemática, e falasse o número da sala em voz alta, a probabilidade de isso dar certo era quase impossível, mas ainda sim ele tentou.
Entrou no banheiro, escolheu uma cabine aleatória na espera de um aluno. Quase 2 minutos se passaram e finalmente alguma alma entrou no banheiro, Poe fez o máximo de silêncio possível para os três alunos presentes não perceberem sua presença.
Os alunos conversavam sobre algo.
- Cara que saco, qual é a nossa próxima aula? - Um dos garotos falou cansado da última aula.
- A próxima? É matemática na sala 2c...- Outro do mesmo grupinho estava com um papel na mão.
"Finalmente! Agora é só esperar saírem..." Poe comemorou cedo demais, logo prestou mais atenção na conversa, não havia reconhecido as vozes até falarem seu nome.
- Vocês se lembram daquele menino que tinha um cabelão? Ele era bizarro! - Novamente um dos meninos falou com um semblante de "nojo".
- Ha! Eu lembro! Ele era muito gay, por isso era esquisito, aquele viadinho morreu de medo quando a gente mostrou os punhos! Haha!- um garoto saiu da cabine e foi lavar suas mãos, todos foram surpreendidos quando outra porta se abriu.
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Setembro
Novela JuvenilSetembro é o mês em que as crianças e adolescentes voltam a estudar em sua escolas. Nada mudou para Poe, mas um ano sem amigos, apenas livros e diários, seu único amigo é seu animal de estimação. Desde a morte de seu pai, Poe e sua mãe passaram a mo...