Capítulo 11

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Luna apertou o tecido do lençol que envolvia em volta de sua pele, olhava diretamente os pássaros negros de olhos cor de sangue- pulsam nos galhos altos das árvores, Brahãm se levantou da cama virou-se e olhou para trouxas de roupas.

_ Vai vai ter que ir, eles estão te chamando.

_ Eu não vou.

_ Eles não vão sem você.

Brahãm voltou a olhar para Luna que estava olhando diretamente para ele de volta abrindo um sorriso em seu rosto, era tão belo que poderia esquentar o coração dele.

Brahãm se inclinou abotoando a camisa e a calça escura, poderia ver o seu peitoral firme sobre o tecido fino, a fada mordeu os lábios vendo o quão forte ele era. O tecido era fino dando para ver os músculos de seus braços, ele não precisava tirar a camisa se quisesse poderia rasgá-lo com facilidade. A fada sabia de disso, já que o seu olhar desejava retirar aquelas roupas e beijá-los inteiramente.

_ Você precisa ir!

_ EU NÃO VOU!!!

Brahãm gritou e as nuvens ficaram escuras que viesse uma tempestade.

Estava irritado que suas bochechas ficaram vermelhas, ele não queria ir. Não tinha a coragem de encarar seus irmãos, gritar com ela poderia ser sua única opção. Mas não foi uma boa idéia gritar com a rainha.

Ele permaneceu imóvel com a mesma expressão séria, mas a atmosfera mudou, o vento veio mais forte, as nuvens se formando.

_ Você tem a coragem de gritar comigo?!

_ Sim. Eu tenho sim! Se eu puder eu grito de novo!

Respondeu direto, sua voz ecoou como um rosnado rouco.

Luna se levantou deixando o lençol cair deslizando pelo seu corpo caindo no chão; as suas pernas eram compridas e uma pele clara, os cabelos eram tão compridos que desciam até tocar nos pés.

Olhou para cima e olhou diretamente em seus olhos.

Nenhum sorriso havia formado em seu rosto. Seus olhos azuis estavam sérios, apertou os punhos.

_ Você vai lá, e vai fazer as pazes. E vão conversar e vai ficar tudo bem. Estamos entendidos?

Retrucou com a voz entre os dentes. Brahãm era um homem orgulhoso demais, mesmo sentido falta dos seus irmãos. No fundo estava com medo.

_ Não!

Respondeu com a voz rouca, ele permaneceu imóvel, estava ansioso, nunca havia visto nervosa daquele jeito. Ela sempre foi uma fada tão gentil, mais não sentiu medo de encarar ela de frente.

_ As vezes, você é um covarde que não tem a coragem de enfrentar seus medos. Eu te amo, eu me apaixonei por você desde que o dia em que eu te conheci, eu te amei desde que você não foi aceito para ser sei. Eu fiquei do seu lado quando ficou sem chão. Ser Rei Demônio era a única coisa que importava para você, você ficou tão frustado e com raiva que nem mesmo me enxergava. Mesmo assim eu fiquei do seu lado, eu aceitei ser o seu segredo porque tinha medo de que sua família não aceitasse. O pior de tudo é que você tem medo de tudo e deixa ele te consumir, não deixa que ninguém veja quem você é realmente, você tem tanto medo de si mesmo e de fracassar que as vezes eu sinto pena...

As lágrimas dela saíram, Brahãm sentiu um aperto no peito, era a primeira vez que a viu chorar, ele estava sendo um covarde e egoísta.

_ Lu...

_ Por favor não, não comece, não comece com isso, eu estou cansada, cansada de você se entregando ao medo, estou cansada de você julgar a si mesmo, estou cansada de ver você sofrer por nada. Estou cansada de acordar no meio da madrugada sozinha na cama e encontrando chorando sozinho e sentido culpado se sentindo como um fraco. Quem te disse que é fraco? Hã! Quem te chamou de fraco?! Eu?! Sua mãe?! Seu pai?! Seus irmãos?!

O Noivo Do Rei Demônio Onde histórias criam vida. Descubra agora