Capítulo 01

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A neve cobria seus pés descalços até os seus calcanhares, doía ao contato com ela.

Seu corpo pálido estava tremendo mesmo com os braços cruzados, havia machucados pelo corpo e alguns já haviam se cicatrizados e outros ainda eram recentes — e tinha sangue pela sua pele  fazendo rastros pelo chão.

Ele tinha andado muito desde de que conseguiu fugir do reino dos Elfos, aonde não bem vindo e ninguém de lá nem se quer se importava com ele.

As árvores estão cobertas pela neve.

Seus lábios estava tão pálidos, rangia os dentes contra si — as suas pernas doíam a cada vez que andava.

A única coisa que o protegia do frio era uma camisa suja que escondia o seu corpo nu.

Havia mas nada, ele sabia que iria morrer a qualquer momento. Não somente pelo frio, mas também pelo seu estado; estava tão magro que dava para ver a forma dos ossos no seu corpo.

Estava cada vez mais difícil dele respirar, ofegante tentando recuperar o fôlego — o ar frio parecia que iria congelar seus pulmões.

Estava sem forças, seus braços e suas pernas não tinham mais forças para continuar andando. Usou o restante de sua força e se encostar em uma árvore e ficou por lá tentando recuperar o fôlego.

As nuvens escuras começavam a se formar no céu, a tempestade de neve estava vindo e o elfo não havia para onde ir, estava sozinho sagrando e cansando no meio da floresta.

O Rei dos Elfo matou sua própria filha, a princesa só por ela ter se apaixonado por uma fada e engravidado dele. Contudo, kira nascera elfo híbrido; meio elfo e meio fada.

Kira iria morrer se continuasse no reino, então fugiu na esperança de que estaria livre nas mãos do rei Elfo. Atravessou a montanha e a barreira que separa de outros reinos.

O vento começou ficar mais forte e ficou cada vez mais difícil de respirar, a neve cobria até às suas panturrilhas.

Fechou os olhos com força, cruzou os braços sobre o peito e abaixou a cabeça.

Ele sabia que ninguém viria salvá-lo, e não tinha mais salvação, quem salvaria um mero meio elfo. Na visão de outras raças as fadas são seres insignificantes que não conseguiram sobreviver durante o inverno — diferente de outros.

As lágrimas caíam e doíam seu rosto pálido que estava congelando pelo vento frio —  que ele poderia fazer era chorar. Seu corpo inteiro doía.

O tempo ficou cada vez mais denso, ele tremia tanto pelo frio que chegava doer. Mesmo no frio se sentia cansado, se ele dormisse agora mesmo ele poderia sobreviver até amanhã?

Ele não queria saber da resposta mesmo já saber o que aconteceria, mais porquê se importar?

Ninguém se importou com ele durante anos, foi usado como uma fantoche para os outros e descartado quando eles quisessem, se encostou na árvore e fechou os olhos.

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A Sala pegava fogo, as chamas estavam por todo cômodo do salão do castelo. O Rei Demônio bufou rouco alto enquanto jogava os móveis para o alto quebrando tudo, ele estava furioso — só queria destruir as coisas. O Rei Demônio já havia quebrado a mesa as cadeiras e destruindo a parede abrindo um imenso buraco com o seu punho. Um vapor quente saía do seu corpo bronzeado como se estivesse fervendo de raiva.

Os outros demônios não chegavam perto dele por medo de acabar queimando eles, e todos sabiam que não era uma boa ideia chegar perto dele quando ele está com raiva.

O Noivo Do Rei Demônio Onde histórias criam vida. Descubra agora