𝗠𝗘𝗨 𝗣𝗥𝗢𝗙𝗘𝗦𝗦𝗢𝗥 | 𝗜
KIRA está retornando para seu antigo colégio após seis anos, depois de abandoná-lo no meio do último ano do ensino médio quando mudou-se para Londres, onde terminou o colégio e formou-se na universidade.
Sua saída repe...
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NEGAN ME guiou até a entrada de sua casa. Eu não imaginava que a casa dele fosse ser assim, tão... normal. É estranho. Eu esperava que a casa de alguém como ele fosse ser àquele típico lar de solteiro, mas não. É como uma casa de família, e muito bem cuidada na verdade. Senti uma pontada em meu peito por isso. Com certeza ele manteve tudo da mesma maneira que Lucille mantinha.
— Sua casa é muito bonita. Comentei enquanto deixava o casaco no gancho ao lado da porta.
— O que você esperava? Ele pergunta.
— Não sei exatamente, talvez uma toca de lobo – Tentei brincar para aliviar o clima.
Negan riu e balançou a cabeça. — Lamento decepcionar você, princesa.
Eu caminhei com ele através do corredor de entrada. Negan me levou até a sala de estar.
— Você trás muitas mulheres aqui? Perguntei.
— Não, na verdade – Ele deu de ombros e indicou o sofá para que eu me sentasse. – Ao contrário do que você disse, aqui não é um abatedouro.
Eu franzi as sobrancelhas. — Então não trás as mulheres com quem dorme para cá?
— Não, você é a primeira com quem já transei que trouxe aqui – Ele disse virando de costas e mexendo em seu bar. – Não gosto da idéia de trazer outras mulheres aqui, você sabe... é a casa onde eu e Lucille vivíamos, não me parece certo. Vinho ou uísque?
— Mas aqui estou eu – Falei em tom pensativo. Ele se virou para mim e eu dei de ombros. – Vinho.
Ele fez um sinal para que eu esperasse um minuto e então deixou a sala. Eu olhei em volta, curiosa e atenta, tentando reconhecer o terreno. Negan voltou poucos instantes depois com uma garrafa de vinho, foi até o bar onde estava mexendo antes e apanhou duas taças. Depois de servir a bebida, ele veio até mim e me entregou uma.
Tomei um pouco, tentando desviar minha mente da pergunta que eu queria fazer, já que eu não sabia se queria ouvir mesmo uma resposta. No final, eu desisti de me segurar e decidi perguntar. Não é como de tivesse muito o que perder. Encarei a taça, talvez assim fique mais fácil, e perguntei em tom de voz baixo:
— Por que me trouxe para cá?
Houve um momento de silêncio, pensei que Negan não tivesse escutado minha pergunta, então ergui os olhos para ele e encontrei um Negan pensativo que estava encarando o teto. Abri a boca para falar novamente, mas ele finalmente falou.
— Porque eu não queria ficar sozinho.
Ele deslizou os dedos pela barba, evitando meu olhar tanto quanto eu estava evitando o dele. Só que eu não quero mais fazer isso. Desviar de olhares sinceros e forçar minha personalidade ao extremo só para esconder o que estou sentindo.
— Olha para mim – Pedi. Ele hesitou, mas o fez. Os olhos dele pareciam queimar, mas eu o olhava de volta na mesma intensidade, era fogo no fogo. – Eu nunca deixaria você sozinho.
