Ou respeito, ou nada feito, mamãe

134 13 0
                                    

POV REGINA

- Olha, eu vou te contar, essa história de não poder saber das coisas está começando a me tirar do sério e você sabe muito bem que posso me transformar numa pessoa nada agradável quando fico aborrecida.

- Eu sinto muito você ter que acordar a bruxa má que existe aí dentro, mas não vai rolar. Emma e eu decidimos assim e assim será.

- Regina, sou irmã e posso ajudar se eu souber um pouco mais das coisas.

- Já me ajuda saber que posso contar com você.

- Pelo menos pode me dar notícias do meu improvável sobrinho?

- Ou sobrinha. Brinquei. - Estamos bem a princípio. Consegui uma indicação para um profissional acompanhar meu pré-natal. E não estarei sozinha nas consultas, Emma vai comigo.

- Isso significa que vocês estão próximas. Posso deduzir que está em Roma.

- Se eu fosse você não faria suposições porque isso geraria perguntas e já te falei que não vai ter respostas. Pelo menos por enquanto.

- Tá bom sua chata. Rimos. - E sobre o processo? Alguma novidade.

- Na próxima semana será feita a exumação do corpo e isso significa que estamos a um passo do fim. Só não estou convencida de que será um final feliz pra mim.

- Seu advogado não deu nenhuma previsão?

- Emma disse que pensou em alguma coisa, mas só me contaria depois que conversasse com meu advogado.

- Viu só como é horrível ficar sem saber das coisas?!?!

- Nem adianta usar esse subterfúgio, maninha... Basta saber que estamos seguros.

- E já ligou pra nossa mãe? Ela está uma onça com você...

- Que bom você ter me lembrado disso. Ligarei agora mesmo.

- Regina, não seja tão dura com ela. Nossa mãe está muito preocupada.

- Você também vai passar a mão na cabeça de dona Cora? Bufei. - Zelena, nossa mãe vai ter que aprender a respeitar minha namorada. Gostando ou não, isso não tem mais volta. Eu a amo.

- Que lindo... Minha irmãzinha abriu mesmo o seu coração. Estou feliz por você. Só não seja tão severa com a velha, tá legal?! Amo você e fiquem bem. Desligamos. Num primeiro momento, a ligação chamou até cair. Olhei as horas e já estávamos nos encaminhando para a hora do almoço. Me assustei quando ligaram da portaria dizendo que havia um motoboy com uma encomenda lá embaixo. Num primeiro momento pensei em despachar o cara, mas logo uma mensagem de Emma chegou dizendo que ela mesma tinha mandado levar minha refeição até o apartamento da irmã. Eu não conhecia nada naquela redondeza mesmo, então, o pedido veio bem a calhar. No meio da tarde Emma e eu nos falamos e ela me contou sobre a conversa pesada com Ashley e de como a ordinária quase tinha se entregado sobre meu sequestro. Além disso, avisou que passaria na mansão para conversar com os pais. Resolvi deitar um pouco pois as costas já estavam reclamando, porém, meu descanso não durou praticamente nada porque o telefone começou a tomar incessantemente.

- Olá, mamãe. Atendi tentando manter a calma.

- Regina, você vai dizer agora mesmo onde está escondida! Eu exijo isso. Disse autoritária.

Amor a segunda vistaOnde histórias criam vida. Descubra agora