A volta pra casa

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POV REGINA

Eu estava num sonho lindo onde Emma, eu e nosso filho andávamos de mãos dadas pelas areias de uma praia deserta com um mar azul clarinho e um clima agradável. Por mais que a medicina já tivesse deixado claro e evidente que teríamos um menino, sempre, em meus sonhos, aparecia uma menina. Na verdade, uma fotocópia da Emma, com exceção dos olhos que eram castanhos como os meus, no mais, as duas eram iguaizinhas. Senti meu lado da cama afundar aos poucos, uma mecha de cabelo ser colocada atrás da minha orelha e um toque familiar deslizar em meu maxilar. Aos poucos fui despertando e abrindo os olhos, mas logo pensei que estava sonhando de novo ao ver o amor da minha vida sorrindo como só ela conseguia e com os olhos marejados.

- Oi, minha rainha. Disse baixinho, mas não respondi crente de que ainda estava sonhando. - Sou eu mesma. Estou aqui. O sopro da realidade gritou em meu ouvido e me dei conta de que tudo era real. As palavras sumiram de meus lábios assim como qualquer capacidade de raciocinar naquele momento. Com a sua ajuda me sentei e, com certo receio daquilo ser ilusão, levei meus dedos até seu rosto e fui tateando por seus olhos, as sobrancelhas, seu nariz e até chegar em seus lábios. E foi somente aí, quando senti o calor deles é que fui acreditar que não estava delirando.

- Emma... Me lancei em seus braços e abracei com todas as forças que conseguia, deixando as lágrimas molharem meu rosto. - É você mesmo? Segurei seu rosto entre minhas mãos. - Oh meu Deus, você está aqui. A abracei de novo.

- Estou, sim, meu amor e nunca mais vou sair. Me afastei o suficiente para poder selar nossos lábios. Como estava com saudades daquele beijo molhado, da sua língua buscando espaço dentro da minha boca. Eu precisava respirar, mas a ânsia ainda era grande demais, então mandei o fôlego esperar. Só quando fiquei realmente segura de que Emma estava ali em carne e osso é que parei nosso beijo. Olhei ao redor e o quarto estava vazio, só com nós duas. - Eu pedi à sua mãe para nos deixar à vontade. Olhei de volta para ela e minha mente ainda estava querendo me pregar uma peça.

- Como? Você deveria estar no hospital.

- Eu estava com a alta encaminhada. Só movi alguns pauzinhos para adiantar o processo e assim conseguir fazer essa surpresa para você. Abracei seu corpo novamente. - Eu senti tanto a sua falta. Disse ao pé do meu ouvido.

- E eu quase morri com medo de te perder para sempre. Ela se afastou e segurou meu queixo.

- Chega de medo daqui em diante. Colocou a mão sobre a minha barriga. - Águas calmas daqui pra frente. Eu te juro que teremos nosso filho e seremos felizes para sempre. Ao ouvir a voz de Emma, nosso bebê também resolveu dar o ar da graça com um baita chute. - Sentiu isso? Emma sorria toda boba.

- Nós sentimos mesmo a sua falta. Swan beijou onde o bebê tinha chutado.

- Não precisa ficar agitado meu garoto. A mamãe também está muito feliz, mas terá que ser um bom menino e permanecer valente por mais alguns dias. Se me prometer que será obediente, a mamãe promete que vai te paparicar pelo resto da vida. A movimentação do bebê foi ficando menor.

- Acho que ele gostou da proposta. Falei. Emma se voltou para mim e enxugou meus olhos.

- E não será só ele quem eu vou paparicar todos os dias da nossa vida. Sorri e encarei seus olhos. - Eu te amo, Regina. Mais do que posso dizer com palavras.

- Então diga com seus beijos. A puxei para se deitar ao meu lado e ficamos ali matando a saudade por um tempo considerável até alguém bater na porta. - Devem estar aflitos com nossa demora.

Amor a segunda vistaOnde histórias criam vida. Descubra agora