Voltando pra casa

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POV EMMA

Pensa numa mulher linda, gostosa e com o corpo escultural. Agora coloca uma dose generosa de fogo e tesão. Essa era a fórmula perfeita para resumir a mulher que cavalgava freneticamente no meu colo. Regina tinha muitos atributos, mas, em matéria de sexo, ela era uma professora e tanto. Os olhos fechados, boca entreaberta, cabeça inclinada para trás, as unhas arranhando meus ombros e pegando impulso para subir e descer, tudo tão erótico. E seus gemidos, nossa, eu morreria feliz só assistindo aquilo, mas morrer não era mesmo uma opção porque minha esposa se contraia ao redor de mim tão deliciosamente que me fazia lembrar o quanto viva eu estava. Eu nem ligava mais para o fato de estarmos no carro e dentro do estacionamento a céu aberto de uma boate. Ela abraçou minha cabeça com força quando o orgasmo a atingiu e gemeu meu nome baixinho e quase sem ar. A abracei de volta e consegui ir mais fundo e acabei gozando forte também.

- Você me deixa completamente louca, sabia?! Ela perguntou ofegante enquanto ainda estávamos sentindo os efeitos do sexo.

- Minha sanidade também vai para o espaço quando você assume e controle de tudo e me deixa à mercê das suas vontades.

- Eu tive uma ótima ideia agora. Nos afastamos um pouco. - Que tal juntarmos a minha loucura com a sua falta de sanidade e continuarmos essa diversão no quarto. Prometo que também ficarei à mercê de suas vontades. Chegou seus lábios próximo do meu ouvido. - Só que farei isso de quatro. Instantaneamente senti o corpo inteiro enrijecer. Eu até tentei dirigir devagar, mas a ansiedade e o desejo não deixaram. E, antes mesmo de trancar a porta, Regina já começou a tirar suas roupas. Quando ficou somente de calcinha, correu na minha direção e pulou no meu colo. - Me leva pra cama e me faz gozar até não aguentar mais. Disse antes de selar nossos lábios num beijo cheio de luxúria. Nos conduzi com certo desespero até chegar no colchão e deitei Regina primeiro para poder tirar as minhas roupas. Ela se apoiou no cotovelo para assistir meu afoitamento para ficar nua. - Vem cá. Me puxou para cima do seu corpo. - Eu adoro sentir esse encaixe perfeito de nós duas. Enlaçou suas pernas na minha cintura. - Me preenche. Eu preciso de você dentro de mim, Emma. Sem delongas eu atendi o seu pedido.

- Puta que pariu, Regina. Urrei quando ela moveu o quadril me fazendo ir muito fundo.

- Me fode, Emma, quero dar pra você a noite toda. Comecei a estocar num ritmo lento, sentindo suas paredes se contraírem ao meu redor enquanto distribuía carícias em seu pescoço e suas unhas marcavam minhas costas. - Ahhh, como você é gostosa, meu amor. Segurou meu rosto entre suas mãos e uniu nossos lábios. Sua língua invadiu minha boca e ela chupou a minha como se estivesse saboreando um sorvete. - Eu adoro essa sua calmaria, mas agora quero você voraz, rápido, forte e bem fundo. Seus calcanhares impulsionaram minha bunda ditando o ritmo que ela queria. Sem delongas obedeci sua vontade e acelerei meus movimentos. Não sei o tempo que aquilo durou, mas o resultado foi um orgasmo tão avassalador que deixou nós duas com a respiração pesada e descompassada. Regina não era somente uma chama, ela era o próprio inferno e eu iria me queimar naquele fogo pra sempre.

- O nosso táxi chegou. Anunciei após atender o interfone.

- Já estou terminando. Regina respondeu do banheiro. Resolvi ajeitar as malas na porta. Ela saiu do cômodo colocando os brincos e veio até mim. - Estes foram dias mágicos. Passou seus braços ao redor da minha cintura. - Obrigada por tudo, meu amor. Sorriu. Abracei seu corpo e selei nossos lábios.

- Nós faremos muitas outras viagens incríveis assim. Beijei sua testa. - Sua irmã disse que vai buscar a gente no aeroporto.

- Só espero que ela leve mesmo a Lívia junto, estou morrendo de saudade da minha mini Swan.

- Também não vejo a hora de abraçar minha pequena. O voo de volta a Roma não foi muito tranquilo porque pegamos uma baita turbulência e Regina chegou ficar pálida de medo, mas pousamos em segurança algumas horas depois.

- Olá mamães!!! Zelena apareceu na sala de desembarque com Lívia nos braços. Minha princesinha estava linda usando o moletom de frio que eu tinha comprado antes da viagem. Regina correu para pegá-la nos braços e a pequena abriu um sorriso banguela.

- Oi, amor da mamãe, que saudade. Minha esposa beijava sem parar o rosto de nossa filha. - Gente, não é possível você ter crescido tanto assim em poucos dias.

- Pelo jeito ficou tudo bem por aqui. Falei com a Zelena.

- Eu disse que ficaria. Deveria confiar mais na sua cunhada. E como foi a viagem?

- Numa palavra: perfeita.

- Pelo brilho da pele da minha irmã, existe uma possibilidade imensa dela ter voltado grávida desta lua de mel. Acabei sorrindo sem jeito.

- O que você quer tanto saber que está deixando minha esposa com as bochechas vermelhas, Zelena? Regina entrou na conversa.

- Nada demais, irmãzinha, eu perguntei se a maratona foi suficiente para te engravidar de novo. A morena franziu o cenho. - Ah, qual é?!?! Vão bancar as recatadas agora?!?! Sexo é vida, gente.

- Não irei fazer propaganda da minha vida íntima, mas, se quer saber, estamos muito bem, obrigada. E quanto a voltar grávida, essa possibilidade é remota agora porque estou no puerpério, contudo, isso não significa que iremos deixar de planejar um segundo herdeiro. As palavras de Regina me pegaram de surpresa e até me fizeram engasgar. - O que foi? Achou mesmo que iríamos parar por aqui? Eu quero um menino também. Disse.

- Sim, senhora, meu amor. Mas, desta vez, terá que parecer com você. Cheguei mais perto e segurei seu queixo. - De preferência com esses lindos olhos castanhos. Beijei seus lábios.

- Sabem de uma coisa? Zelena quebrou nosso momento. - Essa coisa de maternidade está começando a mexer comigo também. Acho que vou propor um segundo filho para Ruby, o que acham?

- Irmã!!! Vai ser incrível. As duas se abraçaram.

- E então, Swan, será que sua amiga vai topar?

- Zelena, do jeito que Ruby está completamente apaixonada por você, é capaz dela topar assaltar um banco que dirá ter um outro filho com a mulher que ela ama.

- Nossa mãe vai ter um infarto quando eu contar a novidade. Disse Zelena.

- Emma cuida dessa parte. Disse Regina e nós três caímos na risada. Lívia, literalmente, caiu de boca no peito de Regina e mamou praticamente todo o caminho de voltar até nossa casa nova. - Você não me disse que tudo estaria aqui quando voltássemos. Minha esposa olhava surpresa para a mobília toda montada. Deixei as malas no canto e fui ao encontro das duas.

- Eu pensei que seria legal a gente vir de vez pra nossa nova vida.

- Eu adorei. Quanto fomos nos beijar, Lívia resmungou alguma coisa indecifrável e sorriu. - Ihhh, já está com ciúmes da sua mãe loira? Nem começamos isso direito, mocinha. Estendeu a pequena na minha direção. - Por hora eu vou deixar sua mãe te dar 100% de atenção enquanto irei desfazer as malas.

- Deixa isso pra depois, meu amor, eu ajudo você. Agora vem ficar com a gente, vamos sentar na sala e curtir nossa pequena. Lívia estendeu os braços na direção de Regina pedindo colo. - Viu só? Não é somente eu quem te quer por perto. Regina a pegou no colo de volta.

- Você é muito indecisa, minha mini Swan. Ficamos o restante da tarde matando a saudade da nossa bebê. Eu fiquei com a incumbência de dar banho nela e colocar a roupa que minha esposa tinha separado. A noite caiu e o sono embalou a Lívia após sua última mamada no dia. Regina e eu relaxamos na água quente da banheira e fomos dormir logo depois. A felicidade estava por todos os cantos, mas, especialmente, nos braços daquela que me fazia completa e realizada.

Amor a segunda vistaOnde histórias criam vida. Descubra agora