A pista

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POV REGINA

Horas se tornaram dias. Dias viraram semanas. E as semanas já somavam dois meses em que toda a polícia de Roma estava à procura da empresária sequestrada e que, por alguma desagradável brincadeira do destino, era mãe do meu filho. Ashley, simplesmente, desapareceu do mapa levando consigo a mulher da minha vida. Em meio a isso tudo, nosso filho crescia saudável e já estávamos entrando no sétimo mês. O segredo de Mérida foi revelado e parecia até outra piada sem graça. A irmã de Emma passou esse tempo longe para se formar na academia de polícia e se tornar uma das melhores investigadoras de Milão. Minha mãe e Zelena não voltaram mais para Boston, principalmente porque, com tudo o que estava acontecendo, minha gravidez ficava cada dia mais delicada por conta dos picos hipertensivos.

- Como assim, estamos ficando sem opções? Sua irmã foi sequestrada. Falei aos berros com minha cunhada.

- Regina, eu sei que está nervosa, eu também estou, só que...

- Você não tem a menor noção do que é me ver com raiva, Mérida. Eu sou capaz de matar a Ashley com as minhas próprias mãos.

- Por que essa demora, minha filha? Disse Margareth enquanto Zelena me oferecia um copo com água. - O telefone de Neal já não está nas mãos da polícia?

- A ameaça feita naquela ligação pode estar ligada ao crime, mas só será confirmada após a perícia do carro. Quanto ao sumiço de Emma, em tese, não existe nada que comprove o sequestro, mãe. Para a polícia, as duas podem estar juntas por livre e espontânea vontade e até agora não estou conseguindo anular essa possibilidade.

- Mas isso não é verdade. Onde está o dossiê que seu irmão entregou para Emma? Insistiu Margareth.

- Ashley deve ter encontrado. Disse Ruby. - Eu revirei cada canto do escritório de Swan e não tem nada lá. Levantei e comecei a andar de um lado para o outro com as mãos na cabeça.

- Deus, Emma está correndo risco de vida e ninguém consegue dar uma solução. Ela foi sequestrada. Do que mais eles precisam... INFERNO!!!

- Nós todos sabemos, mas a lei precisa de mais do que só a opinião familiar. Para colocarmos a polícia atrás das duas, temos que ter alguma coisa que incrimine a Maclover.

- Eu vou olhar de novo no escritório. Disse Luccas.

- Faça isso. Disse Mérida. - Vou conferir meu apartamento de novo também.

- E quanto a mim? Perguntei. Mérida veio e segurou minhas mãos.

- Mantenha essa criança segura porque, independente de qualquer coisa, é isso que Emma gostaria que estivesse fazendo. Ficar enfurnada no quarto de Emma não ajuda em praticamente nada no meu sossego. A todo momento pesadelos terríveis assombravam meu sono e nosso filho estava pagando um preço caro por isso. Mais uma semana passou e na terça, à tardinha, o telefone tocou e todo mundo saiu correndo para atender, mas Mérida foi quem chegou primeiro. - Eu entendi pai. Vou passar pra ela. Estendeu o telefone na minha direção. - Ele quer falar com você. Bastante ressabiada, peguei o aparelho e pus no ouvido.

- Regina? Está me ouvindo?

- Pode falar, Pierry.

- Neal acordou do coma. Disse com alegria.

- Que boa notícia. Foi pra me contar isso que o senhor pediu para falar comigo? Deveria contar pra dona Margareth.

- Não é com a Margareth que Neal quer falar e, sim, com você.

Amor a segunda vistaOnde histórias criam vida. Descubra agora