Selene Relish foi criada como uma simples humana. Sua vida era monótona e triste até descobrir que sua mãe, Cassandra, na verdade era uma bruxa. E consequentemente, ela também.
Em suas veias correm sangue de uma linhagem muito antiga e poderosa. Se...
Notas da autora: Olá, o que estão achando da fanfic? Estão gostando? Espero que sim. Passando só para avisar que em breve irei disponibilizar a playlist. Boa leitura, Sonhadores. . . . .
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Os olhos curiosos de Selene observavam o interior do palácio com muita atenção. Ela nunca havia sonhado com aquele lugar antes. Aparentemente estava numa sala. Não uma sala qualquer, a sala onde ficava o trono do Rei dos Sonhos, mas ela ainda não sabia.
A jovem bruxa conjurou um feitiço que a permitiria sonhar por vários dias. Ela estava exausta do mundo real, cansada de se sentir sozinha e chorar toda noite. Às vezes, preferia pensar que era apenas uma humana. Mas não era. Não completamente.
Há um ano descobriu que fazia parte de uma linhagem muito antiga de bruxas. Há um ano sua mãe morreu. Há um ano sua vida mudou completamente.
Ainda assim, de que adianta ter tanto poder, tantos sonhos e ninguém para compartilhar?
— Como você chegou até aqui?
Selene ouviu uma voz firme, sedutora e convidativa. Ela virou-se dando de cara com um homem magro, alto e pálido. E lindo. Com cabelos tão escuros quanto a noite e olhos azuis que poderia comparar com o cosmos.
A jovem bruxa ficou hipnotizada tempo suficiente para fazer o até então desconhecido lhe olhar com ainda mais impaciência.
— Desculpe, eu… — Selene engoliu seco. — Acho que errei o feitiço, ou não. Você nunca apareceu nos meus sonhos, digo, eu nunca consegui ver o seu rosto.
Selene se aproximou devagar do homem trajado de preto.
— Eu apareço nos seus sonhos? — Ele indagou arqueando levemente as sobrancelhas grossas.
— Por que não aparecia? Você é meu sonho.
Selene teve vontade de chorar e correr para os braços do homem que sempre a visitava nos sonhos. Seu sonho mais feliz. Um homem alto, de roupas escuras aparecia em seus sonhos representando um grande amor. Ele a levava até a praia para sentir a areia quentinha em seus pés e também faziam juntos longos passeios por jardins exuberantes.
Mesmo sabendo em seu coração que aquele homem era a representação do amor da sua vida, ela nunca conseguiu ver o seu rosto. Nunca pode unir seus lábios, sentir a textura e maciez. Selene e seu sonho nunca uniram seus corpos, apesar de estarem ligados pela alma.
— Você está me confundindo com outra pessoa, criança. — O mais alto lhe ofereceu um leve sorriso.
— Não, eu… — Selene olhou em volta da sala. Não conhecia aquele lugar. Estava claramente confusa.
