༄ 11

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— Wei Ying. Por favor, entre.

Ele permite que Wei Ying passe pela porta. Algo sobre isso ecoa da noite passada, invertido. Ele sente como se Wei Ying estivesse aqui para fazer um julgamento final. Ele não tem ideia do que possa ser.

Silenciosamente, Wei Ying entra na sala, então para, como se não soubesse como proceder. Lan Zhan caminha atrás dele. Seus dedos coçam para tocar – para segurar seus ombros, passar as mãos pelos braços. Junte os dedos deles. Ele quer beijar a parte de trás vulnerável de seu pescoço, logo acima da gola de sua camiseta. Esse ponto sempre foi sensível para Wei Ying. Costumava deixá-lo absolutamente louco por ser beijado ali. Todo o corpo de Lan Zhan quer.

— Por favor sente-se. — Ele anda ao redor de Wei Ying e indica a poltrona, da qual ele se despiu de suas roupas. Ele passou os últimos vinte minutos pegando itens e guardando-os, até que o quarto parecia que ele não passou as últimas duas semanas morando nele.

Wei Ying acena com a cabeça e se senta.
Ele não disse uma palavra, Lan Zhan percebe. Cautelosamente, Lan Zhan se abaixa na cadeira da escrivaninha e, com o mesmo cuidado, diz:

— Obrigado por vir me ver. Eu... aprecio sua disposição em fazê-lo.

A fachada de Wei Ying racha, por apenas um momento - ele parece irritado. Então ele estuda suas feições e finalmente diz:

— Pare de soar como se eu estivesse aqui para bater em você, Lan Zhan. Precisamos conversar, então estou aqui.

Lan Zhan cora.

— É claro.

— Sim, então... — Wei Ying olha para seu próprio colo, onde seus dedos estão entrelaçados. Então ele olha para cima e fixa Lan Zhan com seu olhar escuro.Ele parece...perdido. Confuso. Chateado. — O que foi aquilo ontem à noite? — ele exige.

Lan Zhan engole, coração acelerando, e mantém seu olhar.

— Eu realmente sinto muito por me intrometer do jeito que eu fiz. — Wei Ying acena, sem desviar o olhar. — Eu queria... dizer a você. Primeiro. Você é a primeira pessoa para quem estou contando isso... Estou voltando para Xangai.

A respiração de Wei Ying visivelmente trava.
Ele também engole.

— Você quis dizer isso ? — ele pergunta baixinho. Lan Zhan quer saber o que está por trás de sua pergunta, quer saber para onde ele vai voltar.

Ele acena com a cabeça, certificando-se de manter o olhar de Wei Ying.

— Sim. Sim, eu quis dizer isso.

— Mas você... ainda não perguntou ao seu tio?

Lan Zhan desvia o olhar, pela janela, onde o sol poente está dando um brilho dourado a tudo.

— Eu não tenho. — Ele limpa a garganta. — Se não houver vaga para mim aqui, eu procurarei trabalho em outro lugar.

Wei Ying solta um suspiro incrédulo.

— Você deixaria a empresa de sua família? Por quê?

Lan Zhan olha para ele. O tempo se move pela batida de seu coração.

— Eu acho que você provavelmente sabe por quê.

Wei Ying não desvia o olhar. Suas sobrancelhas se contraem, e em seus olhos há uma pergunta. Sua boca está frouxa e ele aperta os lábios, uma linha dura e sem sangue.

— Você deveria me dizer — diz ele depois de um longo momento.

— É você, Wei Ying — Lan Zhan diz a ele calmamente. É uma sensação boa, como se alguém tivesse tirado uma pedra de seu peito.
A liberação da pressão parece quase selvagem, como se ele estivesse incapaz de respirar por anos e finalmente tivesse a liberdade de fazê-lo.
Ele se sente como uma árvore jovem na primavera, folhas brotando de todos os galhos, libertadas do cativeiro de inverno. Seu coração bate descontroladamente em seu peito. — Eu quero ficar aqui para você, e eu não me importo como eu consigo fazer isso.

Você de Volta • Wangxian !Onde histórias criam vida. Descubra agora