༄ 07

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Ele acorda naturalmente, como sempre, às cinco. Ele não quer - ele se sente caloroso, contente, embora não saiba bem por que, a princípio. Então ele sente Wei Ying se mexendo em seus braços e sabe. As costas de Wei Ying estão pressionadas contra sua frente, e o pau duro de Lan Zhan está aninhado contra sua bunda. Eles ainda estão nus, e Wei Ying se sente absolutamente incrível em seus braços.
Ele sente que pertence ali. A luz que entra pelas cortinas é turva, já amanhece.

Outra mudança, e ele sabe – Wei Ying está acordado.

Com o máximo de cuidado que consegue, Lan Zhan dá um beijo em seu ombro. É uma liberdade. Ele não sabe onde eles estão esta manhã. Cabe a Wei Ying mostrar a ele, do jeito que Wei Ying mostrou a ele na noite passada.

Wei Ying se move e se vira até encarar Lan Zhan. Ele não deixa o aperto de seus braços.

— Ei — diz ele, piscando lentamente, preguiçoso como um gato.

— Bom dia — diz Lan Zhan baixinho. — Como você dormiu?

— Como se ninguém precisasse de mim para fazer o café da manhã às seis da manhã. — Ele sorri brevemente. Então o sorriso cai, e ele está se inclinando para frente, e então eles estão se beijando.

Ambos têm gosto de sono, e o beijo é quente e suave. A língua de Wei Ying desliza contra a dele preguiçosamente, e Lan Zhan geme e os rola. Ele descobre que Wei Ying também está duro, e eles se chocam até ficarem ofegantes, incapazes de se beijar. Lan Zhan enterra o rosto no pescoço de Wei Ying, onde seu cheiro é forte e vem em primeiro lugar, incapaz de se conter. Wei Ying segue, um pequeno soluço sufocado contra a clavícula de Lan Zhan. Em algum lugar ao longo do caminho, eles juntaram as mãos e Lan Zhan leva a mão de Wei Ying à boca e beija cada junta, lentamente, sem vontade de soltá-lo ainda.

Depois, Wei Ying o observa enquanto eles estão deitados de frente um para o outro. Ele está descansando sua bochecha em sua mão, do jeito – do jeito que ele costumava fazer, há muito tempo. Ele tira o fôlego de Lan Zhan com o quão certo ele parece na cama de Lan Zhan.

— Eu tenho que ir logo, eu tenho que chegar em casa primeiro e me trocar.

O batimento cardíaco de Lan Zhan é uma coisa oca dentro dele.

— Sim, eu entendo.

— Há quanto tempo você está na cidade?

Tentar esmagar a esperança que floresce em suas veias é impossível. Cuidadosamente, ele diz:

— Pelo menos duas semanas, até o lançamento. Meu tio não especificou por quanto tempo ele vai precisar de mim.

— Duas semanas, hein?

— Mn.

Wei Ying suspira e se vira de costas. Ambos ainda estão cobertos pelo gozo um do outro. Lan Zhan espera que Wei Ying fique tempo suficiente para um banho. Talvez eles possam tomar um juntos. Eles podem se beijar sob o spray, prolongando o inevitável.

— Eu não deveria fazer isso — diz Wei Ying, imediatamente jogando Lan Zhan de volta à realidade. — Eu realmente não deveria.

Lan Zhan, sem saber o que dizer e sem saber se seria capaz, fica em silêncio.

— Eu tenho um filho, não é mais só sobre mim. Entendeu?

Lentamente, Lan Zhan acena com a cabeça.

— Sim, então. — Ele volta a olhar para o teto. Lan Zhan estuda seu perfil, tão dolorosamente familiarizado com os lábios carnudos e o osso da testa inclinado. Ele tem cílios lindos também. Ele está lindo na luz nebulosa da manhã. — Mas eu não posso simplesmente... saber que você está aqui e não ver você. Mesmo que seja estúpido.

Você de Volta • Wangxian !Onde histórias criam vida. Descubra agora