Capítulo 5 - Inferno no hospital.

1.2K 127 137
                                    

Avia se passado três meses já, você estava saindo do trabalho e indo direto ao hospital buscar aqueles dois, e eles não mataram ninguém lá, quem diria, você sobe no transportador de pobre, mais conhecido como ônibus e se senta no mesmo lugar de sempre, você olha para o lado e tem uma leve sensação de nostalgia, você se lembra da primeira vez que viu John Doe, você se pergunta como ele conseguiu se apaixonar por você para começo de conversa, bem, não é muito importante mesmo, você já se acostumou com o jeito misterioso dele. . . Ou melhor, deles, você ainda não faz a menor ideia de como ele conseguiu se dividir em dois. Finalmente, depois de uns 15 minutos, você chega ao hospital, você vai até recepção falar que veio buscar dois pacientes que já levaram alta, a enfermeira se levanta e te leva as pressas até a sala deles, ela parecia apressada para se livrar dos dois, quando vocês chegam na frente da porta da sala, por algum motivo, tinha uma médica trancando a porta com um monte de cadeados.

- Doutora! Doutora! Destranca a porta, essa pessoa veio levar eles embora, rápido! Destranca! Destranca! Pra eles irem embora logo. - A enfermeira falava desesperada pegando as chaves da médica e destrancado a porta com dificuldade, pois ela estava tremendo.

- Finalmente! Obrigada, meu senhor! - A médica pulava de alegria enquanto pegava as cópias das chaves, ajudando a enfermeira a destrancar a porta.

- Minha nossa, eu não sabia que eles tinha dado tanto trabalho assim. - Você fala se perguntando o que eles fizeram.

- Dar trabalho? Eles dois não nos deram trabalho nem um, eles fizeram logo da nossa vida um inferno! - A médica fala quase como se quisesse dar um tapa na sua cara por deixar aqueles dois com eles.

- Mas o que eles dois fizeram? Foi tão ruim assim?

- Ruim é pouco! O que eles faziam era torturante! O que tem cara de psicopata começava a correr no meio da madrugada no hospital só pra poder ver as cirurgias ou assistir televisão na sala de espera, no último volume, em plenas 4 horas da manhã! Você sabe o quão traumatizante é isso? Um velhinho que estava internado aqui, teve um ataque cardíaco porque ele pensou que fosse um defunto correndo por aí, porque pelo cheiro daquele cara não me admira que aquele senhor tenha confundido ele com um morto vivo, e teve até uma velhinha que pensou que ele fosse um demônio, o pior é que ela era muito fofoqueira, então ela contou pro hospital inteiro que " tinha um demônio correndo a solta pelo hospital no meio da madrugada ", e você tinha que ver o quanto de pacientes a gente teve ouvir chorando e gritando de desespero, pedindo pra ir embora daqui o mais rápido possível, e isso não é tão ruim quanto no meio da madrugada ele começar a gritar e berrar " EU QUERO IR EMBORA! EU QUERO O MEU AMOR! EU QUERO O MEU AMOR! EU NÃO AGUENTO MAIS FICAR AQUI SEM O AMOR DA MINHA VIDA! EU QUERO UM BEIJO DO AMOR DA MINHA VIDA! " o trabalho que a gente tinha pra calar a boca daquela desgraça você nem imagina!

- Ei, não precisa chamar o meu bixin assim. - Você passa pano.

- Não preciso chamar ele assim!? Meu bem, você não sabe o tanto de coisa que eu quero xingar aquelas praga! Aquele outro lá, o mais bunitin, que eu aqui iludida pensava que ele não ia dar trabalho nenhum, era o pior! Aquela praga no meio madrugada, porque por algum motivo aqueles dois só gostam de meter o louco de madrugada, enfim, eu não sei se você sabia, mas aquele bicho é sonâmbulo, e volta e meia, aquele homem tava junto com o irmão gêmeo dele, andando pelo hospital, e diferente do irmão dele que só ia pra sala de espera ou ficava nas janelas das salas de cirurgia assistindo, ele entrava nas salas de outros pacientes e ficava em pé na frente das camas e segundo o que alguns dos pacientes relatavam, ele ficava sussurrando coisas do tipo " Cadê meu casaco? ", " Cadê o meu amor? ", " Cadê? Cadê? Cadê? Cadê? Cadê? Cadê? Cadê? Cadê? Cadê? Cadê? Cadê? Cadê? Cadê? Cadê? Cadê? Cadê? ", " Eu vou arrancar seus ossos! ", " Eu quero comer os seus dentes! ", " Eu quero esfaquear um hamster! " e mais um monte de outras coisas sinistras, e pior que isso era quando ele ficava só em silêncio encarando as pessoas no canto da parede! Dava muito trabalho levar ele de volta pra cama dele, a gente chegou a trancar as portas pra ver se eles paravam, mas aí eles ficavam gritando a plenos pulmões a noite toda dentro da sala e só paravam quando amanhecia!

- Aí minha nossa. - Você colocava a mão na boca com um rosto completamente incrédulo, mas ao mesmo tempo com vontade de rir.

- Poisé, agora eu acho bom você levar logo aqueles demônios pra fora do hospital, e nunca mais é pra deixar eles aqui de novo! - A médica te empurra para dentro da sala com tudo, você olha para os seus dois namorados, enquanto eles te olhavam de volta com cara de sonso e se fazendo de idiotas, você solta um pequena risa e chama eles para irem pra casa, os dois felizes da vida, pulam das macas e te seguem para um banheiro unissex para eles poderem se trocar.

Continua. . .

Dois problemas. . .Onde histórias criam vida. Descubra agora