Um Partir de Dezembro

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E hoje aprendi que não importa quantos motivos para sorrir você teve ou quais foram eles para fazer o seu coração palpitar de alegria, se teve UMA coisa que te deixou quebrado, a tristeza irá prevalecer em tua alma.
Não importa se um abraço te aqueceu ou se disse que não queria perder o outro. Se arriscou para salvar a tua luz, logo ele, que era a luz mais brilhante. E logo a moça que queria achar uma alegria nessa semana triste, só concluiu que foi a semana que a mais fez chorar.
Mais e mais estrelas estão brilhando no céu, assim como seus olhos castanhos estavam por um curto período. A única coisa que ela queria era uma história que a fizesse acreditar que o amor existe (independentemente da maneira expressada) e ela conseguiu. Bem, se era errado para os outros, não importava para aquela menina guiada pelo brilho do luar.
Cada abraço era como se o meu coração estivesse recebido aquilo, aquele beijo me fez perder o ar e cada frase fofa fazia o meu coração suspirar. E eu queria mais, eu amava saber que existia outras maneiras além do padrãozinho de amor verdadeiro. O coração pulava de alegria, estava nas nuvens; aquela brisa me fazia sentir um anjo. Isso podia acontecer comigo?
Mas nesse dia, assim como vários, quando tudo parecia que ia aparecer um sorriso e ser um dia feliz, tudo foi quebrado. Aquele sorriso se transformou em lágrimas, a felicidade se transformou em dor, o coração de aço se transformou em cacos de vidro. O brilho da lua foi se escondendo entre as nuvens
Tudo isso na noite do dia seis de dezembro de dois mil e dezoito. Na noite onde se encontrava um corpo vazio, com a sensação de ser perfurado por balas de prata. A moça movida pela lua agora queria ir para a sua verdadeira casa, no lado oculto. A doce alma estava cansada de tudo. Foi nesse dia que eu realmente descobri que nesse mundo não há como ser feliz por muito tempo, descobri que a dor estará sempre comigo mesmo eu não querendo. Foi nesse dia que o sorriso se foi e as lágrimas tomavam conta de meu rosto.
Eu ainda estou viva, porém não sou mais como era. Estou debilitada, com o coração machucado e a mente perturbada. Agora eu entendi que nem tudo é o que queremos. Tenho medo de mais belos sorrisos serem baleados no futuro e eu vivo com a tristeza, que sempre esteve presente em minha vida, mas que agora passou a tomar conta de mim.
No dia seis de dezembro de dois mil e dezoito...

São José dos Campos, 6 de dezembro de 2018

São José das Angústias - Uma Coletânea de Textos de uma Joseense Solitária Onde histórias criam vida. Descubra agora