delírio

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Sou um coração batente no mundo.

Que reverbera,  que delibera

Sou alguém com sonhos profundos,

Que afundam, que redundam.


Sou como um bicho selvagem

Que está enjaulado.

Espelhando-me, esta imagem

Nada tem de formado.


Meus amores são ilusórios

E se tornam compulsórios.

Devido a falta de mim mesma,

No meu pensamento tal qual uma lesma.


Que é embasado na minha convicção,

Corroborado por minha imaginação,

Que é completamente fora de noção.


Por isso, te digo:

Não sou bom amigo

Para alguém são

Por gentileza, solte-me então.


imagem: Ofelia. Paul Steck, 1895 

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Mariposas vagam a noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora