𝐌𝐞 𝐏𝐞𝐫𝐝𝐨𝐚, 𝐂𝐡𝐮𝐮𝐲𝐚?

Oceano

Se decisões pudessem falar
O que elas me diriam?
Será que devo seguir minhas paixões
Sem medo de me afogar nesse abismo?

Quem diria... Nas tardes chuvosas,
É você quem me faz visita.
Não desejada. Não bem-vinda.
Mas que me aquece de uma maneira tão estranha...
Tão esquisita...
Eu não sei se isso deveria me fazer companhia.

Você vem e volta.
Como as quebras da onda de um Oceano.
Ora está mais calmo, ora está mais turbulento.
Navegar nesses mares é tão difícil...
Sua tempestade me acalma em contrapartida.
Por que algo tão irônico?
Algo tão... Abissal?
Você é uma incógnita pra mim.
Contraditório. Como eu deveria me portar?

Você me faz me sentir... Uma garota.
Você me faz sentir leve
Como chuva de primavera
Nos primeiros raios de sol junto da garoa.
Me faz palpitar o coração.
Mas... Eu não sei sua linguagem ou expressões;
Muito menos se elas me devorarão.

Assim como o Oceano...
Eu não sei se nado ou se me afogo.
Não sei se temo ou se remo na sorte.
Não sei de bússolas... Não possuo nenhum mapa.
As estrelas e constelações mal me são de ajuda...
Pra que serviriam se não sei medir a direção?

Você me afunda.
Ao mesmo tempo... Você me ajuda.
E eu estou banhada disso...
De significados onde se diz que água é vida.
E meu nome... Significa vida.

Para onde devo levar meu barco para velejar?