Eu me deitei por cima de Soojin, sentia suas mãos alisando minhas costas, elas desciam até minhas nádegas e a segurava com força. Eu a beijava, beijava com toda a ferocidade que eu tinha, por mais que a beijasse com delicadeza. Eu sentia suas mãos indo para debaixo de minhas roupas, mesmo por cima de minhas roupas íntimas, ela me tocava. Suas duas mãos foram para o meu rosto, era sua perna que estava entre mim, não iríamos tirar nossas roupas. Era perigoso demais por ser tão cedo, tínhamos que fazer isso em silêncio, apenas aproveitar essa deliciosa tentação que tanto queríamos. Eu me remexia por cima dela, a sentia beijar meu pescoço, tentei ao máximo não emitir algum som, mas aquilo estava bom. Nós queríamos continuar, queríamos ir até o fim, mas precisávamos parar, precisamos descolar nossos lábios e parar de deixar nossas línguas brigando por quem tomaria a liderança. Foi então que Soojin deitou sua perna, nos olhávamos e eu passava minha mão por seu rosto para tirar uma madeixa de cabelo de cima de seus olhos.
Saí de cima dela, fiquei ao seu lado e a vi se levantar. Ela sorria e eu também. Soojin caminhou até seus armários, pegou um livro e voltou a se sentar ao meu lado. Eu prestei atenção em sua leitura, não era uma história que fazia jus ao que tínhamos quase feito, muito pelo contrário, parecia que era o livro perfeito para esquecermos que havíamos nos beijado com tanta intensidade por tanto tempo. Quando a história acabou, Soojin me fitou, ela deixou o livro de lado e apoiou-se na cama com uma das mãos. Estávamos em silêncio, provavelmente pensando em nosso beijo, querendo continuá-lo. Eu estava nervosa e sentia que ela também estava, queria me levantar e beijá-la outra vez, puxá-la para cima de mim e ficar o máximo de tempo possível com a minha boca na dela.
Mas não podíamos e por sorte, Soojin disse algo antes que eu a puxasse para mim.
- Este conto se chama O Conto de Kong Jwi e Pat Jwi - disse Soojin - ele não tem uma versão certa.
- Não parece uma história muito agradável.
- Esta é a versão mais agradável da história.
Eu não conhecia aquele conto de forma alguma, mas não conseguia imaginar como a história poderia ser pior, talvez se em alguma das versões Pat Jwi entrasse em um colapso, tenta-se desesperadamente matar a todos e no final, seria violada sexualmente e esquartejada. Algo completamente perturbador que eu não queria ter pensado.
Para a minha surpresa, Soojin se virou na cama, ela estava deitada ao meu lado, me olhava com aqueles olhos carinhosos, levou sua mão até o meu rosto e dessa vez foi ela quem tirou alguns fios de cabelo que estavam atrapalhando minha visão. Soojin logo me acariciou, sua mão descia pelo meu rosto até a cama e eu sentia que ela estava se segurando para não me beijar.
- Posso ensinar-lhe a ler - disse Soojin.
Um assunto fajuto só para não florescerem mais climas... mesmo que já tivesse florescido.
- Está ensinando-me demais.
Soojin sorriu.
- Por isso somos amigas.
Por algum motivo não gostei de ter escutado isso, desviei o olhar dela e encarei o teto. Minhas mãos ficaram por cima do meu corpo, eu pensei bastante no que diria. Não queria parecer que tinha ficado incomodada por ser uma amiga.
- Vim aqui para ser tua criada e me transformei em uma amiga.
- Para mim isso é ótimo.
Eu sorri, talvez tivesse entendido o que ela pretendia dizer com "amiga".
- Pretendo fazer as duas coisas bem - eu disse olhando para ela, seu olhar era satisfeito, como se agradecesse por eu ter entendido.
- Poderia fazer muito mais.
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Minha Criada Yoo Su-hwa || sooshu
Roman d'amourEm meio uma era de dinastias, diversos grupos de camponeses foram capturados e levados à força para servirem como escravos para a dinastia do Rei Lee Jong-Suk. Yeh Shu Hua, também chamada por Yoo Su-Hwa, foi tirada muito jovem de sua família para s...