Cheguei em casa, minha filha correu até mim e vi aquela bela mulher ali com minha filha e com minha prima. Aquele sorriso e aquele olhar, simplesmente me chamou atenção e encantou. Nossos olhares se cruzaram, ficamos nos olhando um para o outro por alguns segundos até que aproximei-me e estendi a mão, apresentando-me. Pensei que ela seria a babá de minha filha, mas parecia que não era ela.
— Oi eu sou Conde Luis Manrique, muito prazer. Você é a nova babá da minha filha?
— Me chamo Maria Hipólita, não, não sou a nova babá. A pessoa que será a babá está agora mesmo falando com a Condessa Vitória, eu apenas vim acompanhar.
— Ah uma pena, Maria Hipólita! Você tem um jeito para babá.
— Como sabe que tenho jeito?
— Eu não sei, apenas sinto isso. Você mora por aqui perto?
— Não, sou do povoado, não muito longe da fazenda.
— Você não me é estranha, sinto que já te vi em algum lugar.
— Provavelmente deve ter me visto pelo povoado. Pois quase não venho aqui na fazenda, na verdade, é a primeira vez que venho.
— Nunca fui ao povoado. Saio da fazenda e vou a cidade ou para outro país. Mas você nunca saiu do povoado?
— Não, vivo com minha mãe desde que nasci e nunca sai do país.
— Hum..Mas não gostaria de trabalhar na fazenda? Você e sua amiga podem cuidar da minha filha, intercalando, cada dia, uma fica com ela.
— Eu não sei, preciso pensar.
Clarita olhou-me sorrindo, pareceu que ela gostou muito de Maria Hipólita e queria ela como sua babá, deixei minha filha com Maria Hipólita e fui falar com minha tia-avó que estava na biblioteca conversando com essa amiga da Hipólita. Queria saber como era essa mulher candidata a babá da Clarita, pois pelo pouco que conversei com Hipólita, percebi que é uma moça carinhosa e parece saber como lidar com minha filha. Sua energia parecia maravilhosa e seu perfume, tão gostoso, conseguia sentir ao longe e me fez lembrar de Amélia, minha falecida esposa, a mãe de Clarita, que morreu em um acidente de automóvel que por sinal, um acidente suspeito.
— Papai eu gostei muito da Hipólita..ela tem cara de mamãe e quero ela comigo, sendo minha babá.
— Também gostaria que Hipólita fosse sua babá, princesa, mas quem decide é sua vovó. Vou falar com ela. Hipólita, fique a vontade, vou falar com minha tia-avó.
Hipólita deu um sorriso encantador.
— Claro, senhor Conde, fique a vontade!Mas não quero tirar a vaga de babá de minha amiga, pois ela quer e precisa muito desse emprego.
— Não se preocupe, não vou tirar a vaga de sua amiga.
Olhei para Hipólita, peguei de sua mão e dei um beijo e fui até a biblioteca, a porta estava entre aberta e pedi licença para entrar, as duas estavam sentadas nas poltronas.
— Posso entrar?
— Oi meu filho, entra...
Entrei e apresentei-me a moça que estava com minha tia-avó.
— Olá você deve ser a amiga da Maria Hipólita que veio para entrevista de emprego. Eu sou Conde Luis Manrique, prazer.
— Prazer, eu sou Alba! Estava conversando com a sua tia-avó, gosto muito de crianças e preciso muito de um emprego.
Sentei-me com elas.
— Ela me parece uma boa moça e responsável, meu filho!
— Não duvido disso,tia! Mas conversei um pouco com Maria Hipólita e a observei, ela parece ter jeito com crianças além do mais, minha filha gostou muito dela, pensei que ela também poderia ser a babá de Clarita, contratamos duas babás para minha filha, assim não fica muito cansativo para as duas.
— Minha amiga ama crianças, por mim ela poderia trabalhar como babá e eu fazer qualquer coisa, sei fazer de tudo, desde passar, lavar, limpar a casa ou arrumar o jardim. — Revela Alba.
— Então, tia? Podemos dar essa oportunidade a Hipólita? Minha filha gostou dela.
— Bom, se Clarita gostou e Hipólita for responsável, não chegar atrasada, pois sabe que não permito atrasos, então não vejo nenhum inconveniente.
— Minha amiga é responsável, Condessa! Tenho certeza que não vai se arrepender.
— Alba! Você gostaria de trabalhar em que? O que mais sabe fazer? — Pergunta minha tia-avó.
— Gosto muito de cozinhar, senhora Condessa! Sei fazer muitas receitas, na qual crio da minha cabeça.
— Ótimo! Então, você irá trabalhar com uma outra cozinheira que temos: a Dalva! Poderá ajuda-la com as refeições e saiba que todas as refeições tem horário certo e gosto que todos os empregados sejam pontuais.
— Claro, Condessa! Também gosto de pontualidade!
Levantamos, saímos da biblioteca e fomos até a sala. Maria Hipólita estava com Clarita em seu colo e minha prima Isabella a seu lado, elas estavam conversando, Clarita com a cabeça encostada no ombro de Hipólita, uma linda cena, logo lembrei de Amélia, pois ela também era muito carinhosa com Clarita, que quando morreu, minha filha tinha três anos.
— Vovó....papai...a Hipólita vai ser minha babá? Quero ela!
— Sim, minha princesa! Hipólita será sua babá. — Diz Condessa Vitória. — Hipólita, a pedido do meu sobrinho-neto e da sua amiga, você está contratada para babá da Clarita, mas quero que saiba que não permito atrasos, gosto muito de pessoas pontuais e responsáveis.
— E minha amiga? Alba amiga você desistiu?
— Eu não desisti amiga! Vou trabalhar aqui junto com você, mas como cozinheira, sabe bem que amo cozinhar.
— Sei sim, minha amiga, você como sempre criativa nas receitas e fará pratos ótimos.
— Então você pode começar hoje mesmo, Maria Hipólita!
— Muito obrigada, Condessa!
Clarita abraçou Hipólita e beijou seu rosto, estava super feliz, nunca vi minha filha ficar tão próxima a uma moça que acaba de conhecer. Existe uma forte ligação entre as duas que não sei explicar, parecia que as duas já se conheciam de muito tempo. Sentei-me ao lado de Hipólita, minha tia-avó levou Alba até a cozinha para mostrar a ela e apresentar a outra cozinheira até que chegaram duas mulheres na qual não estava esperando naquele momento. Eram Verônica e sua mãe Doña Juana. Verônica era uma amiga de anos que se tornou minha noiva logo que Amélia faleceu. Verônica me consolou da morte de Amélia e após alguns dias nos tornamos noivos, pode parecer estranho e rápido demais, mas não sei o que aconteceu, Verônica sempre foi apaixonada por mim e acabei noivando, mas confesso que, o que sinto por Verônica não é um amor que sentia por Amélia, tenho admiração por Verônica, mas não é amor. Mãe e filha entraram se aproximando de nós, levantei-me para recebê-las.
— Olá Luis — Diz Doña Juana.
— Oi meu amor! — Diz Verônica se aproximando de mim e me dando um beijo diante de todos ali.
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A força do Verdadeiro Amor
FanficA plebeia Maria Hipólita e o Conde Luis Manrique se apaixonam no exato instante em que seus olhares se cruzam pela primeira vez. Viver essa paixão, porém, parece impossível diante dos inúmeros empecilhos que surgem em seu caminho. Além do compromiss...