Capítulo 2

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Cheguei em casa, minha filha correu até mim e vi aquela bela mulher ali com minha filha e com minha prima

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Cheguei em casa, minha filha correu até mim e vi aquela bela mulher ali com minha filha e com minha prima. Aquele sorriso e aquele olhar, simplesmente me chamou atenção e encantou. Nossos olhares se cruzaram, ficamos nos olhando um para o outro por alguns segundos até que aproximei-me  e estendi a mão, apresentando-me. Pensei que ela seria a babá de minha filha, mas parecia que não era ela.

— Oi eu sou Conde Luis Manrique, muito prazer. Você é a nova babá da minha filha?

— Me chamo Maria Hipólita, não, não sou a nova babá. A pessoa que será a babá está agora mesmo falando com a Condessa Vitória, eu apenas vim acompanhar.

— Ah uma pena, Maria Hipólita! Você tem um jeito para babá.

— Como sabe que tenho jeito?

— Eu não sei, apenas sinto isso. Você mora por aqui perto?

— Não, sou do povoado, não muito longe da fazenda.

— Você não me é estranha, sinto que já te vi em algum lugar.

— Provavelmente deve ter me visto pelo povoado. Pois quase não venho aqui na fazenda, na verdade, é a primeira vez que venho.

— Nunca fui ao povoado. Saio da fazenda e vou a cidade ou para outro país. Mas você nunca saiu do povoado?

— Não, vivo com minha mãe desde que nasci e nunca sai do país.

— Hum..Mas não gostaria de trabalhar na fazenda? Você e sua amiga podem cuidar da minha filha, intercalando, cada dia, uma fica com ela.

— Eu não sei, preciso pensar.

Clarita olhou-me sorrindo, pareceu que ela gostou muito de Maria Hipólita e queria ela como sua babá, deixei minha filha com Maria Hipólita e fui falar com minha tia-avó que estava na biblioteca conversando com essa amiga da Hipólita. Queria saber como era essa mulher candidata a babá da Clarita, pois pelo pouco que conversei com Hipólita, percebi que é uma moça carinhosa e parece saber como  lidar com minha filha. Sua energia parecia maravilhosa e seu perfume, tão gostoso, conseguia sentir ao longe e me fez lembrar de Amélia, minha falecida esposa, a mãe de Clarita, que morreu em um acidente de automóvel que por sinal, um acidente suspeito.

— Papai eu gostei muito da Hipólita..ela tem cara de mamãe e quero ela comigo, sendo minha babá. 

— Também gostaria que Hipólita fosse sua babá, princesa, mas quem decide é sua vovó. Vou falar com ela. Hipólita, fique a vontade, vou falar com minha tia-avó.

Hipólita deu um sorriso encantador.

— Claro, senhor Conde, fique a vontade!Mas não quero tirar a vaga de babá de minha amiga, pois ela quer e precisa muito desse emprego.

— Não se preocupe, não vou tirar a vaga de sua amiga.

Olhei para Hipólita, peguei de sua mão e dei um beijo e fui até a biblioteca, a porta estava entre aberta e pedi licença para entrar, as duas estavam sentadas nas poltronas.

— Posso entrar?

— Oi meu filho, entra...

Entrei e apresentei-me a moça que estava com minha tia-avó.

— Olá você deve ser a amiga da Maria Hipólita que veio para entrevista de emprego. Eu sou Conde Luis Manrique, prazer.

— Prazer, eu sou Alba! Estava conversando com a sua tia-avó, gosto muito de crianças e preciso muito de um emprego.

Sentei-me com elas.

— Ela me parece uma boa moça e responsável, meu filho!

— Não duvido disso,tia! Mas conversei um pouco com Maria Hipólita e a observei, ela parece ter jeito com crianças além do mais, minha filha gostou muito dela, pensei que ela também poderia ser a babá de Clarita, contratamos duas babás para minha filha, assim não fica muito cansativo para as duas.

— Minha amiga ama crianças, por mim ela poderia trabalhar como babá e eu fazer qualquer coisa, sei fazer de tudo, desde passar, lavar, limpar a casa ou arrumar o jardim. — Revela Alba.

— Então, tia? Podemos dar essa oportunidade a Hipólita? Minha filha gostou dela.

— Bom, se Clarita gostou e Hipólita for responsável, não chegar atrasada, pois sabe que não permito atrasos, então não vejo nenhum inconveniente.

— Minha amiga é responsável, Condessa! Tenho certeza que não vai se arrepender.

— Alba! Você gostaria de trabalhar em que? O que mais sabe fazer? — Pergunta minha tia-avó.

— Gosto muito de cozinhar, senhora Condessa! Sei fazer muitas receitas, na qual crio da minha cabeça.

— Ótimo! Então, você irá trabalhar com uma outra cozinheira que temos: a Dalva! Poderá ajuda-la com as refeições e saiba que todas as refeições tem horário certo e gosto que todos os empregados sejam pontuais.

— Claro, Condessa! Também gosto de pontualidade! 

Levantamos, saímos da biblioteca e fomos até a sala. Maria Hipólita estava com Clarita em seu colo e minha prima Isabella a seu lado, elas estavam conversando, Clarita com a cabeça encostada no ombro de Hipólita, uma linda cena, logo lembrei de Amélia, pois ela também era muito carinhosa com Clarita, que quando morreu, minha filha tinha três anos.

— Vovó....papai...a Hipólita vai ser minha babá? Quero ela! 

— Sim, minha princesa! Hipólita será sua babá. — Diz Condessa Vitória. — Hipólita, a pedido do meu sobrinho-neto e da sua amiga, você está contratada para babá da Clarita, mas quero que saiba que não permito atrasos, gosto muito de pessoas pontuais e responsáveis.

— E minha amiga? Alba amiga você desistiu?

— Eu não desisti amiga! Vou trabalhar aqui junto com você, mas como cozinheira, sabe bem que amo cozinhar.

— Sei sim, minha amiga, você como sempre criativa nas receitas e fará pratos ótimos.

— Então você pode começar hoje mesmo, Maria Hipólita!

— Muito obrigada, Condessa!

Clarita abraçou Hipólita e beijou seu rosto, estava super feliz, nunca vi minha filha ficar tão próxima a uma moça que acaba de conhecer. Existe uma forte ligação entre as duas que não sei explicar, parecia que as duas já se conheciam de muito tempo. Sentei-me ao lado de Hipólita, minha tia-avó levou Alba até a cozinha para mostrar a ela e apresentar a outra cozinheira até que chegaram duas mulheres na qual não estava esperando naquele momento. Eram Verônica e sua mãe Doña Juana. Verônica era uma amiga de anos que se tornou minha noiva logo que Amélia faleceu. Verônica me consolou da morte de Amélia e após alguns dias nos tornamos noivos, pode parecer estranho e rápido demais, mas não sei o que aconteceu, Verônica sempre foi apaixonada por mim e acabei noivando, mas confesso que, o que sinto por Verônica não é um amor que sentia por Amélia, tenho admiração por Verônica, mas não é amor. Mãe e filha entraram se aproximando de nós, levantei-me  para recebê-las.

— Olá Luis — Diz Doña Juana.

— Oi meu amor! — Diz Verônica se aproximando de mim e me dando um beijo diante de todos ali.

A força  do Verdadeiro AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora