capítulo 19

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A luz fraca do sol passa pela janela, sinto algo molhado em meu rosto. Penso em Aaron, sorrio e abro os olhos, é Kili lambendo meu rosto, gargalho e o pego.
— Bom dia – digo, esfregando sua cabeça. Jogo as cobertas para o lado e sinto um frio incomum. Coloco um conjunto de moletom cinza e pantufas, vou até o banheiro e faço a minha higiene matinal. Depois, pego Kili e desço com o mesmo para a cozinha, olho no relógio da parede, já são quase onze.
Meu pai está na cozinha com o jornal na mão, nem sinal de Aaron. Coloco Kili no chão, que sai correndo e pula nas pernas de meu pai.
— Pensei mesmo ter ouvido latidos à noite – fala, olhando-o e passando a mão nele. – Ele te deu?
— Bom dia, pai – desejo, fungando o nariz. Estou com um pouco de coriza, droga. – Sim, foi Aaron quem me deu, ele se chama Kili – respondo e o beijo no rosto, sentando-me na cadeira em sua frente. – Por acaso você o viu? – pergunto, começando a me servir, espirro.
— Sim. Ele saiu e pediu para avisar que volta daqui a uma ou duas horas. – Concordo e ficamos em silencio. – Conversei com ele.
— Conversou o quê? – pergunto interessada, ele sorri.
— Coisas de homem. Ele me contou dos quadros de Picasso e me convidou para ir ver as obras que tem. Você contou sobre sua mãe? – Olho para meu pai e faço que não.
— Não é por vergonha, mas é que ainda não estou pronta – começo a me explicar.
— Não estou te julgando, filha, mas acho que devia contar. Ele parece gostar realmente de você. Ele se preocupa.
— Eu sei – digo, assustando-me com as palavras do meu pai.
— Ótimo – fala, passando o jornal. Depois, o fecha para me encarar. – Gosta mesmo dele, filha? – pergunta.
— Sim, pai, muito.
— E ele te faz feliz? – Sorrio.
— Acho que ainda não inventaram palavra que defina o que ele me faz sentir.
Loucura, talvez. Acho que sou capaz de me jogar em um abismo se estiver com ele, e isso me assusta muito – digo, sentindo um frio na barriga.
— Entendo o que quer dizer – diz com um sorriso. – Fico feliz que tenha encontrado alguém por quem possa se sentir assim. Amor é um sentimento muito bonito.
— Não sei se o amo ainda – falo e meu pai suspira calmo.
— Você diz não saber, mas, no fundo, já tem a resposta – ele termina, coloca a xícara de café na pia, depois, beija a minha cabeça.
— Vamos ver mamãe? – pergunto, mudando de assunto.
— Sim, daqui a algumas horas. – Concordo.
— Está com saudades?
— Muitas. – Suspira. – Bom, beba seu café. Vou subir e ler um pouco. — Aaron pode ir com a gente?
— Mas é claro. Fungo devido ao resfriado e sorrio para ele, depois, volto a comer. — Kili, vem aqui, lindinho – chamo quando meu pai já subiu e dou a ele um pedaço de bacon. Ele come e fica me olhando em busca de mais, dou mais dois pedaços, termino de comer e junto tudo.
Pego Kili e subo para o quarto, resfriados me deixam com uma péssima falta de disposição. Deito em minha cama e fico fazendo carinho em Kili, que não sossega.
Fica todo espoleta, pulando sobre a cama. Cubro-me. Estou sentindo mais frio que o normal. Fico lendo para passar o tempo, alguns minutos depois, Scarlet aparece no meu quarto.
— Bom dia, lindo! – fala, não para mim, mas para Kili, que pula na mesma.
— Bom dia para você também – brinco. Estou começando a falar pelo nariz.
— Bom dia, B. Vim ver como está. Ontem você estava espirrando à beça – fala, sentando-se ao meu lado.
— Estou bem, só um pouco indisposta, mas bem. – Fungo.
— Sei... Está com coriza e nariz entupido.
— É só uma gripe, logo passa.
— Vou fingir que acredito. Onde está Aaron? – pergunta.
— Não sei. Quando acordei, ele já não estava mais aqui – explico. – Meu pai disse que ele pediu para me avisar que estaria aqui em uma ou duas horas.
— E aí, como foi a noite? – pergunta maliciosa.
— Normal, não rolou nada. Meu pai pediu, todo envergonhado, para que não fizéssemos sexo aqui. – Scarlet gargalha.
— Ele disse isso com todas as letras?
— Não, a palavra “sexo” não saiu. – Ela e eu gargalhamos juntas. – E a sua como foi? – Ela para de rir.
— Não foi. Derek dormiu antes que eu chegasse no quarto. – Gargalho da cara dela. – Não tem graça.
— Tudo bem, parei – digo, segurando o riso. Depois, nós ficamos conversado.
Scarlet vai embora. Estou sem fome, então, não almoço, mas fico na cozinha, vendo meu pai fazer o almoço. Depois que ele come, eu vou para a sala.
Sentada no sofá, ouço a campainha tocar. Papai está no andar de cima, atendo a porta, Aaron. Ele está com uma calça jeans e uma blusa grossa, cinza, de frio, tênis e sacolas na mão. Não quero nem pensar no estrago que ele fez nesta cidade vestido assim, lindo.
— Bom dia – desejo, beijando-o.
— Bom dia, amor – deseja de volta.
— Onde esteve? – pergunto, espirrando.
— Fui trocar de roupa – explica. – Tinha deixado as minhas coisas em um hotel, pois não sabia se você iria me perdoar, mas hoje fui lá pegar. – Concordo com a cabeça e ergo a sobrancelha, olhando para as sacolas. Ele abre e tira um saco de ração para cachorro dentro de uma, e da outra, vasilhas para colocar ração e água.
— Obrigada – agradeço, beijando-o. Meu nariz está pior, fungo e espirro. – Você vai ficar gripado. – Afasto-me dele, que me enlaça a cintura e me beija.
— Não ligo.
— Mas eu, sim.
— Vem, vamos arrumar isso aqui – diz, puxando-me até a cozinha, fingindo não ter ouvido o que eu falei. Coloca-me sentada em cima da bancada, como seu eu fosse uma criança.
— Ei, quero ajudar – protesto.
— Quando você melhorar, quem sabe...
— Estou bem – minto.
— Os seus espirros te condenam. – Bufo.
Depois que Aaron termina de arrumar, coloca as vasilhas em um canto da cozinha e Kili come. Aaron vem até mim e pousa as mãos em minha cintura, devagar.
Sentada em cima da bancada, consigo ficar do tamanho dele. Passo os braços em volta de seu pescoço e busco seus olhos a centímetros de distância dos meus. O puxo para mais próximo de mim e o beijo de leve, fechando os olhos. Ele me abraça como se pudesse me proteger de tudo, e eu sei que tenho que lhe contar. Não posso adiar mais.
— Aaron, quero que conheça uma pessoa. – Nos afastamos um pouco. Ele me olha e concorda. Desço da bancada e seguro sua mão, vamos a caminho do quarto dos meus pais, bato na porta, que está entreaberta. Depois, abro devagar. – Pai, oi – chamo sua atenção, ele me olha e, depois, Aaron. – Vamos? – pergunto, ele faz que sim e se levanta. Rapidamente, passo em meu quarto e coloco um jeans skinny e gorro. Luvas e cachecol, fora as duas blusas de frio e botas. Quero ir caminhando, mas como estou resfriada, meu pai não quer que eu fique andando nesse frio, e Aaron, muito menos. Então, vamos de carro. Vou atrás e meu pai vai na frente, com Aaron.
Meu pai lhe dá as coordenadas e não demoramos a chegar. Entramos na casa de repouso. Seu hall de entrada é bem grande e aconchegante, em tons claros e calmos. Cumprimento a todos que vejo. Aaron está segurando a minha mão. A recepcionista já nos conhece e não pede nossos dados, mas pede o de Aaron, devido às regras do local.
Terminada a inscrição, somos encaminhados para o quarto da minha mãe.
Entramos, e ela, deitada na cama, logo sorri para meu pai. Aproximo-me e cumprimento-a de maneira calorosa, mas ela me cumprimenta como se eu fosse qualquer outra pessoa, como diversas vezes aconteceu. Meu pai nos dá um espaço quando chamo Aaron para perto da cama dela.
Preciso de uns minutos para começar e, então, olho para ela.
— Aaron, esta é minha mãe, Emily – começo. Ele fica olhando para ela, que também o olha. – Oi, mãe, como você está? – pergunto, sentando-me na poltrona ao lado da cama.
— Quem é você? – pergunta. Meu estômago dá uma fisgada. Aaron observa a tudo em silêncio.
— Sou Becker, mãe, sua filha, lembra? – pergunto calma, como faz meu pai, ela fica me observando, parece pensar um pouco.
— Não tenho filha – diz por fim, não quero olhar para Aaron, não mesmo. – Pode chamar meu marido? – pergunta um pouco irritada. Meus olhos lacrimejam e eu faço que sim.
— Vou chamar seu marido para você – digo. Ela concorda e, depois, pega o livro que está sobre as suas pernas. Levanto-me e pego na mão de Aaron, tentando não olhá-lo. Chamo meu pai, que me olha triste, tento sorrir. Levo Aaron para o outro lado do quarto, sento-me no pequeno sofá branco. Ele se senta ao meu lado.
— Amor, se não quiser, não precisamos conversar sobre isso – fala Aaron, afagando as minhas costas.
— Aquela é a minha mãe, como você já sabe – começo a falar, como se ele não tivesse dito nada. – Ela tem Alzheimer – continuo e, depois, conto toda a história, sem esconder nada. – Por isso tem chegado cobranças em minha casa. Por isso estou sem carro, por isso eu não uso o meu plano de saúde... Eu não posso simplesmente deixá-la. Eu pago os tratamentos para que ela fique mais calma, os remédios, este lugar e também as contas da casa. Eu estava dando conta de fazer tudo, mas, agora, não estou conseguindo. – Aaron me abraça, afagando a minha cabeça. Só quero dormir. Estamos sentados. Fico observando meu pai conversar facilmente com a minha mãe e uma inveja me bate. Queria eu conversar com ela sobre a empresa.
Sobre os amigos que fiz, sobre as pessoas que conheci, sobre os homens que fiquei.
Sobre Aaron. Mas as coisas não são como imaginamos. Neste tempo em que ficamos na casa de repouso, Aaron tenta me distrair.
Conversamos um pouco com meu pai sobre obras de arte. Eles conversaram sobre beisebol. Carros. Enquanto eu fiquei ao lado da minha mãe, que estava dormindo, e logo a hora de ir embora chega. Meu pai e eu nos despedimos. Meu pai parece sem a mínima vontade de ir, então, eu o mando ficar. Mesmo que ele esteja no impasse por minha causa. Depois de me perguntar mil vezes se eu tinha certeza daquilo, ele ficou.
Aaron e eu vamos pra casa. Fazemos todo o trajeto em silêncio. Quando chegamos, logo na porta, Aaron já me pega no colo e me carrega para o quarto. Beijo sua boca e fungo.
— Que tal dormirmos um pouco? Você parece cansada. Quero que você durma e fique tranquila, tudo vai se resolver – me consola, com a voz baixa e serena.
Faço que sim. Aaron me envolve em seus braços fortes e beija meu rosto. Fica fazendo carinho em minhas costas até eu cair no sono.
Acordo, sinto o peso de uma mão em minha cintura, me viro e vejo Aaron dormindo. Sorrio, olho no relógio, quatro da tarde. Faço movimentos vagarosos para sair da cama, leves, de modo a não acordá-lo, mas é em vão. Logo sinto a outra mão dele me segurando mais firme na cintura. Viro-me novamente para o mesmo, que ainda permanece de olhos fechados. Beijo-o, sorrindo. Depois, acomodo-me perto dele, encolhendo-me. Ele me abraça mais, estou sentindo mais frio que antes, e isso não é bom.
— Você está bem? – pergunta Aaron, beijando a minha cabeça. Faço que sim, mas não estou. Meu nariz está entupido, minha garganta arranha, incomoda, e estou com uma horrível dor no corpo, além do frio. Pelo menos, a vontade de chorar já passou.
— Meu pai já chegou?
— Sim, mas saiu para ir ao mercado e aproveitou para levar Kili. – Concordo, ficamos em silêncio, e eu tento não pensar no episódio na casa de repouso. Aaron, o tempo todo, acariciando-me. Ficamos um tempo assim até faltar ar e, então, sinto que preciso dele. Preciso muito! Fico em cima do mesmo, passo uma perna de cada lado de sua cintura e começo a beijá-lo com mais vontade. Aaron passa as mãos pelas minhas costas e chega até a minha bunda, apertando-a forte. Gemo baixo sobre a sua boca e começo a descer os beijos até seu pescoço. Quando desço as mãos para tirar sua camisa, ele as segura. Paro de beijá-lo e o encaro.
— Seu pai pode chegar a qualquer momento, e você não sabe o autocontrole sobrenatural que estou tendo que fazer – fala sério e se levanta. – Vem, vamos fazer algo para você comer.
— Não estou com fome – falo, levantando-me com certa dificuldade devido à dor nas costas e nas pernas.
— Mas vai comer mesmo assim – ordena e vai para a cozinha. Vou até o guarda roupa e pego uma coberta felpuda, embrulhando-me nela. Assim, não sinto frio. Desço devagar as escadas, sento-me em um banco e escoro os cotovelos na bancada. Aaron olha a coberta e ergue a sobrancelha, vindo até mim.
— Estou com muito frio – explico, ele toca a minha testa com a mão e depois me olha.
— Aqui tem um termômetro? – pergunta, faço que sim.
— Acho que está na segunda gaveta do armário, dentro de uma caixinha de primeiros socorros. – Ele vai até a gaveta e logo acha o termômetro, vem até mim.
— Tire a coberta – pede. Faço o que ele pediu. Ele levanta gentilmente a minha blusa, colocando o termômetro embaixo de minha axila. – Acho que você está com febre, mas vou ver se está muito alta – fala, cobrindo-me de novo, e me beija. – Você está sentindo alguma coisa?
— Não – minto, ele me olha sério.
— Não minta para mim, amor, quero cuidar de você e, para isso, tem que me dizer o que sente. – Sorrio.
— Gosto disso – digo, ainda sorrindo. Ele me olha sem entender. – Quando me chama de amor – explico, ele concorda e me beija.
— Também gosto de te chamar assim – ele responde. – Agora, pare de me enrolar e diga o que está sentindo – pede, meio que manda. Bufo, rolando os olhos.
— Estou com um pouco de dor no corpo e a minha garganta também dói – falo. É uma meia verdade, as minhas costas então me matando de dor, assim como as minhas pernas.
— Tudo bem – diz, e depois de um tempo, pega o termômetro, bate duas vezes na mão e o olha. Fico vendo seus movimentos e me pergunto se ele já não cuidou de ninguém, ele faz isso tão bem e é tão gentil. – Vem, amor – chama e me pega no colo sem dificuldades. – Você está com quase quarenta graus de febre. Tenho certeza que não está sentindo só uma dorzinha no corpo. – Não protesto, até porque não tenho forças, ele me deita em minha cama e me cobre. – Vamos ligar para a farmácia e pedir um anti-inflamatório para sua garganta – fala. – Onde tem um catálogo?
— Na sala, dentro da gavetinha do móvel do telefone – explico e ele sai para pegar. Logo já volta, conversando no celular, dá o endereço da minha casa sem me perguntar e, depois, desliga.
— Fique aqui, quietinha, que vou fazer algo para você comer. – Concordo, ele me beija terno e desce. Acomodo-me sobre os travesseiros. Meus olhos, aos poucos, vão se fechando e durmo. Acordo com o barulho da campainha. Logo depois, ouço passos na escada. Aaron aparece na porta com um prato de panquecas, uma xícara e a sacola em um braço.
Primeiro, ele me dá o anti-inflamatório e, depois, me ajuda a comer as panquecas, que têm morango e calda chocolate. Por fim, quando acabo, bebo o chocolate quente. Termino, Aaron leva tudo à cozinha e volta. Fecha a porta e, depois, deita comigo para ficar abraçado a mim embaixo das cobertas. Ele fica afagando meu cabelo e me beija, o beijo de volta. Seguro seu pescoço, prendendo-o, e começo a beijá-lo com mais vontade, acariciando os cabelos de sua nuca. Sua mão fria percorre a lateral do meu corpo quente e me sinto arrepiar. Sento-me em cima dele novamente. Este, que estava deitado, se senta. Faço movimentos leves com os braços e pernas para que não doa. Beijo toda extensão de seu pescoço e passo as mãos por baixo de sua blusa, arranhando as costas. Aaron arfa e começa a beijar meu pescoço, apertando a minha perna com força. Gemo de dor. Ele percebe e para de me beijar.
Fico tentando controlar a minha respiração, olhando para o mesmo.
— Te machuquei? – pergunta preocupado.
— Não, só as minhas pernas que doem um pouco – digo, ele concorda e afaga o local onde apertou. Volto a beijá-lo e ele corresponde, segurando apenas a minha cintura. Seguro a barra de sua blusa de frio para puxá-la, ele me para.
— Amor, não. Você está doente, com o corpo todo dolorido, não quero te machucar – diz sério, alisando minhas costas por cima da blusa.
— Aaron, eu preciso – digo manhosa. Ele me olha absorto, me abaixo e sussurro em seu ouvido: – Preciso de você dentro de mim – falo e volto a beijar seu pescoço.
— Amor, não diga uma coisa dessas – pede, enquanto eu o beijo. – Estou tentando me controlar desde ontem, quando cheguei aqui e você estava toda gostosa com aquele vestido. – Sorrio maliciosa e seguro a barra de sua blusa.
— Eu sei que você vai ser cuidadoso, confio em você – digo e tiro a sua blusa, ele me olha, enquanto faço meus movimentos vagarosamente, parecendo uma idosa.
Ele me puxa mais para si, dando-se por vencido, e começa a beijar meu pescoço com delicadeza.
Fico arfando com seu toque gentil e terno, então, ele tira o meu moletom.
Fico de sutiã, sentindo frio, mas não protesto. Meus pelos se arrepiam, faço carinho em sua nuca enquanto ele beija meus seios e, depois, desabotoa meu sutiã. Meus mamilos rígidos devido ao frio. Aaron me olha, sorri de lado e abocanha um seio meu.
Ele não o mordisca, só o lambe devagar, depois, faz o mesmo com o outro. Gemo baixo, então, ele se move e me coloca deitada na cama com cuidado. Parece que tem medo de que eu me quebre, sorrio com isso. O chamo com a mão, ele vem até mim e eu o beijo, beijo seu pescoço. Aaron mesmo tira a calça, ficando apenas de boxer branca, depois, começa a beijar o meu corpo, chegando até a barra da calça. Ele a desce devagar, junto com a minha calcinha, jogando a roupa em algum canto, e logo volta beijando as minhas pernas, e sem que eu esperasse, ele beija a minha intimidade.
Arqueio as costas inevitavelmente, sentindo-a doer, só que ignoro. Gemo baixo de prazer, seguro as cobertas, cravando as unhas nelas.
— Tão doce minha Becker... – Aaron fala, sorrio. Adoro as suas palavras. – Tão doce e só minha – fala de modo tão possessivo, lambendo-me, fecho um pouco a perna, involuntariamente. Ele as abre devagar.
— Sua, só sua – rendo-me. Ele beija minha intimidade com mais vontade, aperto mais as cobertas, gemendo baixo, minha intimidade se aperta, gemo mais e mais a cada instante, então, gozo. Aaron parece se deliciar com isso. Sorri com o seu feito de me fazer gozar e volta a beijar cada parte de meu corpo. Depois, me beija. Correspondo, inverto as posições. Mesmo com o corpo doendo, quero participar. Começo a beijar o seu peito, descendo até a barra da cueca, a tiro vendo o seu membro duro, o seguro e logo, sem pensar, o abocanho.
— Céus! – Aaron fala e geme torturantemente, enquanto eu lambo a cabeça de seu membro o chupo, engolindo-o quase que todo. Sinto-o bater em minha garganta e depois volto, repito esse movimento. – Você vai me matar, amor. – Aaron se contorce sobre a cama. Lambo toda a sua extensão, começo a fazer mais rápido e mais rápido, enquanto o vejo se descontrolar com cada movimento meu. Então, Aaron me para e, logo depois, goza. Volto os beijos até a sua boca. – Você é maravilhosa – fala, ainda com a respiração entrecortada. Corresponde aos meus beijos, e depois me deita devagar. Sei que, depois disso, meu corpo ficará doendo ainda mais, porém, não ligo, pois agora não estou sentindo dor alguma, só Aaron sobre a minha pele. Ele fica em cima de mim, escorado sobre os cotovelos, enlaço a sua cintura com as pernas. Aaron roça as nossas intimidades, fazendo-me gemer em seu ouvido. O quero dentro de mim agora, mas ele não o faz, beija o meu pescoço e, depois, a boca. – O que você quer, amor? – pergunta em meu ouvido. De algum modo, ele tem que se sentir no controle, isso me faz rir. Eu não tenho vergonha nenhuma em pedir que ele me foda, mas ele não o faria, vai me tratar delicado, com medo de que eu me machuque.
— Faça, Aaron – peço, ele alisa os meus cabelos, esperando. – Faça amor comigo – insisto, olhando-o nos olhos. Ele me olha, me beija delicado e sorri depois.
— O que você quiser – diz e, logo depois, me penetra devagar. Gemo baixo, enlaçando seu pescoço, enquanto ele faz movimentos que não me machucam, com um braço de cada lado de minha cabeça. Beijos seus lábios, depois, o pescoço. Arranho as suas costas, Aaron passa uma mão pela minha perna e pela minha bunda delicadamente, beija minha boca, meu pescoço e, depois, lambe meus seios, nós gememos em conjunto. Percebo cada parte de seu corpo sentindo e desejando o meu, cada parte do meu corpo clamando mais pelo dele. Aaron beija entre o vale dos meus seios, enquanto me estoca devagar, mas firme. Sinto-o em mim e eu nele, e acho que viramos um só. Aaron segura as minhas mãos, entrelaçando-as com as suas. Olho em seus olhos, sentindo suas estocadas prazerosas. Acho que sempre ficarei surpresa com a sua face corada enquanto fazemos amor. Minha intimidade se aperta aos poucos, Aaron geme mais, assim como eu. — Goza para mim, amor – pede em meu ouvido, e esse foi o estopim para que, o que ele pedisse, acontecesse. Logo, Aaron geme e goza, fazendo-me gemer.
Ficamos em silêncio por um tempo e, nesse tempo, Aaron depositava beijos delicados por todo o meu rosto, bochecha, testa, nariz, boca.
Já deitada e acomodada sobre os travesseiros, meu corpo dói um pouco mais pelo esforço, mas não me importo.
— Te machuquei? – pergunta Aaron, preocupado. Faço que não e o beijo. – Ótimo – fala, levantando-se, e me pega no colo. – Vou te dar um banho – informa, indo comigo até o banheiro e me colocando dentro da banheira. Depois, abre os registros, enchendo-a com água morna, que mais parece gelada. Protesto, mas Aaron diz que isso vai abaixar a minha febre. Ele entra comigo e tomamos banho. Depois, nos secamos e ele me leva para o quarto, escolho uma roupa e Aaron me ajuda e colocá-la, gargalho com isso. – O que foi? – pergunta, vestindo-se.
— Nada. Só é bonitinho quando cuida de mim – falo, ele termina de colocar a blusa e vem até mim.
— Você cuida tanto dos outros, acho que agora é a sua vez de ser cuidada – fala, fazendo-me sorrir.
— Mas ajudar a colocar a roupa?
— Até a beber café, mesmo que não precise – ele fala. O beijo e depois vamos para a cozinha, onde Aaron prepara algo para comermos, fazendo-me sentir cuidada e segura, como há muito tempo não me sentia.

O cretino do meu chefe Onde histórias criam vida. Descubra agora